Com mais um prêmio na prateleira, dessa vez um Emmy por Império, Aguinaldo Silva já trabalha no seu retorno à televisão, novamente no horário das nove. Aliás, Aguinaldo se orgulha de ser o único autor da Globo que só escreveu novelas para o horário nobre, fora séries e minisséries. E é nas séries que ele enxerga a possibilidade de renovação. “O mercado de séries é muito amplo. Não é nem o futuro mais. É o mercado do presente. Novela é um produto datado. Não é que esteja se desvalorizando, mas a novela já atingiu um ponto que, a partir de agora, se torna repetitiva. É difícil fazer algo original. Seriados são mais elaborados, mais curtos”, disse Aguinaldo, que defende o conservadorismo no gênero que mais mobiliza a atenção dos brasileiros há décadas.
Aguinaldo, como é de praxe, não revela muito sobre a novela que prepara a partir de um primeiro capítulo desenvolvido na mais recente Master Class que liderou, em novembro. “Tem o título provisório, mas não posso dizer o nome. Se passa na cidade do interior do Sul de Minas. É uma história que foi produzida em equipe, assim como Fina Estampa (2011/2012). E essa é a história em que estou trabalhando”, disse o autor ao jornal Diário de Pernambuco. Agora, a sua Casa de Artes está sendo usada para o desenvolvimento de séries. “Se interessar para a Globo, posso assinar com meus roteiristas. Caso ela venda para outro canal, meu nome não pode constar porque tenho contrato de exclusividade com a emissora”, esclareceu Aguinaldo, que não descartou o oferecimento de projetos para a Netflix.
Apesar de defender uma visão menos revolucionárias para as novelas, Aguinaldo ressalta que a linguagem dos seriados é de grande valia às suas obras: “Eles influenciam na utilização de ganchos, na forma mais elaborada de contar história sem deixar de ser popular. Eu aprendi muito com eles. Aprendi a fazer, do ponto de vista de linguagem, uma novela mais moderna, menos esquemática. Em Império, por exemplo, o protagonista morre. E isso é um tabu. Eu aprendi com os seriados que podia fazer isso”.
Sobre Doctor Pri, seriado que foi engavetado em 2014, Aguinaldo revelou que não pretende realizá-lo para exibição na Globo. “É um projeto que só me interessaria fazer na TV a cabo. E a TV a cabo para mim só pode ser Viva, GNT ou canais da Globo. Minha ideia é conseguir autorização. Porque acho que a Globo está com bastante seriado com o que se preocupar. Como não foi produzida na época, teria que atropelar vários outros para de novo entrar na linha de produção”, disse o autor.
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Tem tantos autores inovando com suas novelas, Aguinaldo que sempre foi repetitivo. Criar três novelas onde a vilã mata suas vítimas empurrando escada abaixo é mta falta de criatividade. As novelas dele dos anos 90, apesar de ótimas, são mega parecidas (Tieta, Pedra Sobre Pedra, Fera Ferida, A indomada - e ainda Porto dos Milagres em 2001). Suave Veneno nem se fala, deboche haha. E Depois da revolução na perfeita Senhora do Destino, só vieram mais repetições.
Fina Estampa foi uma bobagem só. Deu audiência? Deu. E isso é o que interessa à empresa. Há tempos não vemos uma novela boa no horário nobre. As das 18h tem dado de lavada.
Aguinaldo Silva é sem dúvida um dos melhores autores juntamente com Glória Peres, João Emanuel Carneiro, Ricardo Linhares, Walcy Carrasc e Benedito Rui Barbosa.
Com novelas fantásticas como A Indomada, Porto dos Milagres e Tieta.
Olha não concordo, não.
Acho que isso é uma tentativa de justificar falta de criatividade. Novelas pode ser sim inovar e continuar manter traços de novelas; A favorita, Avenida Brasil. Só bastar ter uma ideia bacana, desenvolver o roteiro. (falar é mais fácil kkk)
As novelas dele podem até ter dado audiência, mas pra mim ele é o autor mais brega e cafona das 9, nem ele mesmo acredita mais nas suas novelas, claro, coisa de autor que não te criatividade (do contrário defenderia o gênero). Eu acho que o Aguinaldo podia aproveitar essa onda de tv a cabo e começar a escrever trabalhos para o Gloob (canal infantil da globo), suas vilãs fariam muito sucesso com o público do canal. ;D
bj
Se for tramas interioranas com realismo fantástico vou gostar que venha Aguinaldo onde muitos o criticam mais acabam assistindo!Saudades de novelas como Tieta Pedra sobre pedra A indomada .......
Querer justificar a falta de criatividade utilizando-se do modismo de que novela é algo estático é muito comodismo. Aguinaldo Silva é autor das piores novelas das 9 que já assisti. Exemplos: Fina Estampa, Porto dos Milagres e Suave Veneno. Autor Fraco e que se acha a última bolacha do pacote.
As novelas dele são basicamente mais do mesmo, o atrativo é que alguns personagens caem na boca do povo e roubam a cena...
Um grande criador de personagens e tipos, constrói muito bem suas personagens e sabe contar história, mas é 0 de enredo.
Um "campo" mal e porcamente explorado nas novelas brasileiras é o dos relacionamentos entre pessoas de mesmo gênero. Explorar (bem mais e de forma digna e fidedigna) sexualidades não-heterossexuais e pessoas com sexualidades não-heterossexuais abre um leque enorme para a criatividade e inovação se considerarmos o folhetim tradicional, aquele caracterizado, basicamente e primordialmente, por histórias de amor, superações e relacionamentos interpessoais. Isso sem falar das pessoas trans e maior quantidade de personagens negros, que também traria novo vigor às telenovelas.
Imaginem uma novela contando a saga de uma mulher trans, interpretada por uma mulher transgênero, para vencer na vida e lutar contra preconceitos enquanto vai modificando o corpo para adequá-lo à sua identidade de gênero e, paralelo a isso, ama um rapaz que, apesar de amá-la também, não fica com ela por puro preconceito - que deve ser desconstruído para que ambos tenham um final feliz juntos e ele perceba que ele continua sendo heterossexual por amá-la porque ela, antes de ser transgênero, é uma MULHER.
Imaginem uma novela com a saga de amor impossível do casal principal, formado por 2 homens, interpretados por 2 atores gays, em que 1 dos caras é casado com uma mulher e enrustido, o que causa sofrimento ao outro, que o ama, e ambos precisam lidar com a homofobia no decorrer da trama, por exemplo em determinado ponto da história lidando com a família homofóbica do ex-enrustido, que faz de tudo para separar o casal, e a ex-mulher do ex-enrustido, que não aceita a separação e se vinga se aliando á família do ex-enrustido.
Esses e outros tipos de histórias seriam dignos de novelas das 8. Seriam dignos do tempo atual.