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Globoplay lança série, atualizada às pressas, sobre a extrema direita no país

A série conta com oito episódios no total

por Micael Constantino, em 20/01/2023

Globoplay lança série, atualizada às pressas, sobre a extrema direita no país

Impulsionada nos últimos anos no antigo governo, se tornou tema de uma série documental para o Globoplay. Contando com oito episódios, foi lançada na plataforma no último dia 11. A equipe da produção precisou atualizar o material às pressas, graças aos atos terroristas ocorridos no domingo (8), segundo informações do Notícias da TV, do UOL.

As eleições de 2022 foram disputadas entre Luiz Inácio Lula da Silva e Silva e Jair Bolsonaro. A série conta com a narração da atriz Malu Mader e acompanha a organização de grupos do movimento de direita que tentaram impedir a reeleição do atual presidente.

O início da produção começou em março de 2021,  um mês antes do início da CPI da Covid-19. Além do discurso negacionista presente no grupo analisado, Caio Cavechini, diretor da série, também se aprofundou em temas como o armamentos, religião e engenharia de algoritmos.

No primeiro episódio da série, Cavechini expôs algumas estratégias dos militantes radicais. Um dos entrevistados, que preferiu não ser identificado, trabalha com marketing de indignação e é pago para destruir a reputação dos adversários de seus clientes ao disparar notícias falsas nas redes sociais.

O documentário mostra as manifestações que exigiam o voto impresso em frente à quartéis do Exército brasileiro e como são as reuniões dos integrantes que lutam contra o "fantasma do comunismo". A estreia coincidiu com os atos terroristas que ocorreu no último domingo (8).

Entre os influenciadores da direita, Extremistas.br conta com depoimentos de Sarah Winter e Paulo Bilynskyj.

A série também mostra o lado dos militantes antibolsonaristas, entre eles o deputado federal André Janones (Avante), mostrou como as redes sociais mostraram-se como uma importante ferramenta para a reeleição de Lula como novo presidente do país. 

Os donos do perfil Sleeping Giants Brasil, responsáveis por combater o discurso de ódio e a desinformação na internet foram entrevistados para o documentário, inclusive a série acompanha o dia a dia de infiltrados em grupos de direita no Telegram.

O ex-vereador Ari Friedenbach, pai da jovem Liana Friedenbach, morta em 2003, também deu seu depoimento para a série e reagiu ao comentário do ex-presidente ao defender a posse de arma no Brasil.

"Eu sei o que eu passei e eu tenho a minha postura. Agora, ele quer defender essa postura de extrema direita no meu nome? Usando a minha história?", rebateu Friedenbach, defensor dos direitos humanos e contra o armamentismo.


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