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Esperança: triângulo amoroso e luta de imigrantes marcam trama que chega ao Globoplay

Escrita por Benedito Ruy Barbosa em 2002, novela agora no streaming é a oportunidade de rever Ana Paula Arósio como antagonista.

por Redação, em 22/05/2023

Esperança: triângulo amoroso e luta de imigrantes marcam trama que chega ao Globoplay

Esperança é a novidade do catálogo do Globoplay a partir desta segunda (22/5). Ambientada na década de 1930, a novela de Benedito Ruy Barbosa narra a história de amor dos italianos Toni (Reynaldo Gianecchini) e Maria (Priscila Fantin); a luta de imigrantes em São Paulo e a formação do movimento operário. Grandes desafios e romances em 209 capítulos, exibidos originalmente em 2002.

Triângulo amoroso

As primeiras cenas foram gravadas na pequena cidade Civita di Bagnoregio, no norte da Itália, onde vive Toni, jovem escultor apaixonado por Maria. Os pais do casal são inimigos por questões do passado. Porém, tanto ódio não conseguiu evitar a paixão entre os filhos.

Em busca de uma nova vida e animado com as histórias sobre o Brasil que escuta do tio Giuseppe (Walmor Chagas), Toni decide vir para São Paulo, mas a namorada é impedida pelo pai, Giuliano (Antonio Fagundes). O rapaz embarca sozinho e, tempos depois, Maria descobre que está grávida. Para não prejudicar sua reputação, ela é obrigada a se casar com o fascista Martino (José Mayer).

Enquanto isso, já em solo brasileiro, Toni fica sem notícias da jovem e se envolve com Camilli (Ana Paula Arósio) - aliás, ótima oportunidade de matar a saudade da atriz longe da TV desde 2010. Quando o italiano reencontra Maria no Brasil, tem início o principal triângulo amoroso da trama. Relação que vai desencadear em uma cena clássica, na qual Camilli, em um acesso de ciúmes, quebra a estátua em homenagem à italiana.

Outras tramas

Mais do que romances inesquecíveis, Esperança levou para a TV questões políticas e trabalhistas. Os reflexos da Grande Depressão de 1929 e a transformação do Brasil em um país formado por imigrantes de várias nacionalidades foram temas para o roteiro. Além de italianos, a novela contou com núcleos de judeus, portugueses e espanhóis.

A luta pela terra foi abordada pela personagem de Lúcia Veríssimo, a viúva Francisca: uma baronesa que não admite estrangeiros como proprietários de terra no Brasil. Esperança traz, portanto, um retrato social do estado de São Paulo, que chegou a abrigar cerca de 2,5 milhões de imigrantes, de aproximadamente 70 países diferentes, desde a segunda metade do século XIX até 1949.

Na trama, a pensão de Mariusa (Regina Maria Dourado) era cenário de debates calorosos. Personagens discutiam sobre Getulismo, Estado Novo, a queda do ciclo do café e a Revolução Constitucionalista de 1932. Maria Fernanda Cândido se destacou ao viver Nina, jovem que trabalha em uma fábrica de tecelagem e, constantemente, é assediada pelo patrão. Com a personagem, a novela discutiu a luta operária e os direitos das mulheres. Nina torna-se uma espécie de líder dos funcionários e passa a reivindicar por aumento de salário e melhores condições de trabalho.

Uma história como esta escrita por Benedito Ruy Barbosa é sinônimo de sucesso. Ainda tem dúvidas? Pantanal, Sinhá Moça, Cabocla, Renascer e O Rei do Gado são só algumas das produções escritas pelo autor. Em comum, o estilo em abordar a vida rural e interiorana, bem como a imigração no Brasil.

Soma-se ao talento de Benedito, um elenco que traz Fernanda Montenegro, Raul Cortez, Laura Cardoso, Gabriela Duarte, Sheron Menezzes, Emílio Orciollo Netto, entre outros. E na abertura, Laura Pausini entoando o refrão “Vita, vite e speranza”. Juntar tudo isso não dá outra: clássico da teledramaturgia resgatado pelo Globoplay!


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