Emílio Dantas e Fernanda Torres estrelam a produção.
Paulo (Emilio Dantas) é um homem apaixonado. Pela liberdade, pela poesia e pelas mulheres. Por todas as mulheres. Do mundo. É capaz de encantar-se à primeira vista por diversas vezes e se entregar, a cada relação, com a intensidade de quem vive o eterno amor. Arquiteto, morador de Copacabana, Paulo tem a paixão como combustível para a vida. Acredita firmemente que o amor alimenta sua alma de poeta e enxerga a essência de cada uma das mulheres com as quais se relaciona.
‘Todas as Mulheres do Mundo’, série original Globoplay’, faz uma homenagem à obra do autor, diretor e dramaturgo Domingos Oliveira, que morreu em março de 2019, aos 82 anos. A releitura, adaptada aos dias de hoje, traz reflexões filosóficas sobre a vida, o amor e a morte com um humor inteligente e refinado, características marcantes do universo de Domingos. “‘Todas as Mulheres do Mundo’ é uma série sobre o amor, sobre liberdade. É uma oportunidade para os brasileiros conhecerem a poesia de um grande artista”, afirma o autor Jorge Furtado. No elenco, estão nomes como o da atriz Sophie Charlotte – considerada uma das “musas” do dramaturgo – que dá vida à Maria Alice, além de Lilia Cabral, Fernanda Torres, Maria Ribeiro, Fábio Assunção e Felipe Camargo, entre outros.
Aos seus dois melhores amigos, Cabral (Matheus Nachtergaele) e Laura (Martha Nowill), Paulo faz confidências sobre sua vida e suas aventuras amorosas, assim como busca consolo para suas frustrações. A cada episódio, uma nova história de amor vivida pelo arquiteto, que se apaixona à primeira vista por mulheres livres, inteligentes, intrínsecas e autênticas. Únicas. “O que liga essas mulheres é o fato de se relacionarem com o mesmo homem em algum momento de suas vidas e por coincidência o abandonarem”, afirma Patricia Pedrosa, que assina a direção artística da série.
A partir de uma ideia original de Domingos Oliveira e Maria Ribeiro, ‘Todas as Mulheres do Mundo’ é uma série criada e escrita por Jorge Furtado e Janaína Fischer, com direção artística de Patricia Pedrosa e direção de Ricardo Spencer e Renata Porto D’Ave. A série exclusiva Globoplay é produzida pelos Estúdios Globo e estreia no dia 23 de abril.
“O mundo é uma festa elegante, cheia de gente”.
Amor à primeira vista
Coração acelerado, boca seca, frio na barriga, pernas bambas. Quem nunca se apaixonou à primeira vista? É assim que Paulo (Emílio Dantas) se sente todos os dias, inebriado. Paulo ama o amor, ama amar e se envolve de corpo e alma em cada uma das relações que vivencia. Se deixa levar a um estado de êxtase que só o amor sem clichê é capaz de proporcionar.
O ator Emilio Dantas descreve seu personagem como alguém capaz de enxergar uma verdade nas paixões sem as amarras dos conceitos sociais. “O Paulo é um cara que distribui afeto. Ele é muito afetuoso com o Cabral (Matheus Nachtergaele), com a Laura (Martha Nowill), que é a melhor amiga dele, com todas as mulheres com quem ele se relaciona. O que bate nele é a paixão da inflamação por se conhecer alguém muito interessante. E, muitas vezes, uma paixão pode desvirtuar para uma bela amizade, para uma grande admiração, ou até para uma conquista, uma relação”, descreve Emilio Dantas.
A diretora artística da série endossa a visão do ator. “O Paulo percebe que é muito difícil se apaixonar por uma mulher só. Cada uma tem as suas características, suas idiossincrasias, suas qualidades. E são muitas e muito diferentes umas das outras. Então, ele se vê numa grande cilada porque todas são envolventes, todas têm coisas muito interessantes, universos pelos quais ele transita com paixão, afeto e admiração. O Emilio (Dantas) tem um carisma e uma doçura muito importantes para o personagem. Ele consegue reunir diversas qualidades do Paulo”, relata Patricia Pedrosa.
Paulo se apaixona à primeira vista quando vê Maria Alice (Sophie Charlotte), que chega em seu apartamento para a festa de Natal. “Um momento de beleza é uma alegria para sempre”. A jovem bailarina, que está noiva de Leopoldo (Ricardo Gelli), acha graça da gentileza exagerada do anfitrião. Com o tempo, compreende a verdade do sentimento do arquiteto por ela e acaba se envolvendo com ele.
Considerada uma das “musas” de Domingos Oliveira, a atriz Sophie Charlotte interpreta na série o papel que foi de Leila Diniz no filme homônimo da década de 60. “A Maria Alice é uma mulher livre, para além de qualquer amarra, de qualquer convenção. E, ao mesmo tempo, muito doce. É um pouco raro encontrar personagens femininos falando de amor e dos encontros de uma forma bonita, livre e poética. Isso diz muito sobre o Domingos, sobre a Leila e sobre mim também. A Maria Alice e o Paulo retratam um pouco da história de amor da Leila com o Domingos”, aponta a atriz.
A tentativa frustrada de uma vida a dois com Paulo, no entanto, faz com que Maria Alice decida ir morar na Alemanha. E, com o passar do tempo, Paulo conhece Adriana (Samya Pascotto), Elisa (Marina Provenzzano), Martinha (Veronica Debom), Renata (Maria Ribeiro), Pâmela (Sara Antunes), Gilda (Mariana Sena), Sara (Maeve Jinkings), Natália (Natasha Jascalevich) e Pink (Naruna Costa). E, com elas, vive diferentes histórias de amor.
“O Paulo tem uma grande paixão, mas ele acha que todas as outras mulheres também são apaixonantes. A ideia de que fosse um amor à primeira vista a cada episódio foi da Patricia (Pedrosa, diretora artística). Ela queria que, a cada capítulo, uma atriz fosse apresentada. Então, o Paulo vai se apaixonar à primeira vista e nós, espectadores, também vamos”, aponta o autor Jorge Furtado, explicando a escolha proposital de atrizes menos conhecidas do grande público com a intenção de gerar, também na audiência, um amor à primeira vista.
Duas grandes paixões da vida de Paulo são seus melhores amigos: Laura (Martha Nowill) e Cabral (Matheus Nachtergaele). “A Laura é um pouco de todas as mulheres do mundo. Acho que ela é uma mulher não idealizada e cheia de defeitos. É uma mulher que quer ser feliz, quer ter filho, não importa se será fruto de um amor romântico ou não. E é uma amiga fiel, leal e dedicada. Ela, Paulo e Cabral são como os três mosqueteiros, muito amigos”, descreve a atriz Martha Nowill.
“Os três são alter egos, cada um a seu modo, do Domingos Oliveira, homenageado desta série. O Cabral é um homem mais velho, que tem um pouco mais de sabedoria por estar há mais tempo no mundo, e é quem carrega em si as falas mais filosóficas do Domingos Oliveira. Cabral ama a vida, apesar de saber que a vida é muito dura. Tem um único amor, ao qual ele é totalmente dedicado, a Glorinha (Priscilla Rozenbaum)”, detalha Matheus Nachtergaele sobre o personagem que está sempre acompanhado do mascote da turma: o cãozinho Oliveira.
“Amar é querer o bem do outro”.
A Domingos, com amor
Reconhecido e referenciado por sua atuação como cineasta, diretor de teatro, roteirista, dramaturgo e ator, Domingos Oliveira era um homem à frente do seu tempo e se consagrou com uma vasta produção no cinema em quase 60 anos de carreira. Engenheiro de formação, Domingos nunca trabalhou na área. Se envolveu no teatro amador, campo pelo qual se apaixonou e onde começou a escrever e produzir. Quando lançou seu primeiro longa-metragem, “Todas as Mulheres do Mundo” (1966), já havia escrito dezenas de peças de teatro e dirigido diversos filmes nacionais. “Domingos era um poeta da paixão. Era apaixonado pelo amor, pela vida e pela arte, e apresentava sua visão de mundo, sua originalidade, em tudo que produzia”, relata Jorge Furtado, que assina o roteiro da série com Janaína Fischer.
Segundo o autor, o projeto da série tomou forma dois anos antes da morte do dramaturgo. A obra ganhou histórias e personagens inéditos e contou com a valiosa contribuição do próprio Domingos, que ainda em vida leu roteiros e fez sugestões ao que foi escrito pelos autores. “Domingos e eu trocamos muito sobre os personagens. Nos episódios, há vários trechos originais e poesias inéditas dele”, explica Jorge Furtado. Sete textos originais do dramaturgo foram usados como referência: “Todas as Mulheres do Mundo”; “Amores”; “Separações”; “Os Inseparáveis”; “A Primeira Valsa”; “BR 716”; e “Largando o Escritório”.
Diretora artística da série, Patricia Pedrosa destaca a importância da obra de Domingos para a dramaturgia brasileira e conta os desafios de manter a essência de seu universo ao trazer a narrativa para os dias atuais. “O filme ‘Todas as Mulheres do Mundo’ foi muito importante para a época. Domingos conseguiu conduzir essa narrativa de uma forma muito naturalista em um período em que Glauber Rocha (cineasta 1939 - 1981), Nelson Pereira dos Santos (cineasta 1928 - 2008), por exemplo, faziam filmes mais políticos. E veio o Domingos fazendo essa dramaturgia mais leve, mais solar, e ao mesmo tempo, um retrato muito fiel da sociedade e das pessoas daquela época. Na série, tentamos pegar a essência do que o Domingos fez em sua obra, adaptando e transportando-a para o agora. Fizemos esse trabalho com todos os personagens, em todos os episódios, trazendo-o para mais perto do que vivemos hoje, fazendo essa transposição”, explica.
A presença de Domingos também se reflete no elenco. Fazem parte do casting atores que trabalharam ou conviveram com Domingos Oliveira, como a filha, Maria Mariana, a produtora cultural Renata Paschoal, com quem o dramaturgo trabalhou por 15 anos, as atrizes Maria Ribeiro e Fernanda Torres e a companheira Priscilla Rozenbaum.
“Jorge Furtado (autor) foi até a minha casa e me disse, emocionado: - Finalmente vamos conseguir mostrar para muita gente quem é o Domingos. Na série, faço uma participação afetiva, a Glorinha, o grande amor do Cabral (Matheus Nachtergaele). Patricia (Pedrosa, diretora artística) é só delicadeza, parecida com o Domingos no set: nada pode atrapalhar o ator. Foi bonito, todos se emocionaram”, conta Priscilla Rozenbaum.
Maria Mariana também conta sobre o clima no set. “Essa produção foi muito bem cuidada, com presença do coração, com amor, com sensibilidade. Desde a escolha dos atores e da diretora artística. Achei genial ser uma mulher”, afirma.
“É um desafio muito grande dirigir uma série que homenageia Domingos Oliveira. Eu quis me cercar de pessoas que fizeram parte da vida dele e que pudessem agregar, trazer informações e essa energia. É impressionante como todas as falas sobre o Domingos são repletas de afeto e, hoje em dia, de muita saudade. Fomos atrás dessas pessoas para compor o universo e tentar trazer o que o Domingos tinha de mais importante, que era o afeto nas relações e o amor ao trabalho e à vida”, relata a diretora Patricia Pedrosa.
“Meus olhos, quando veem uma coisa deslumbrante, não podem parar de ver”.
Releitura adaptada aos dias de hoje
Integralmente gravada no Rio de Janeiro, a série tem o bairro de Copacabana, reduto de Domingos Oliveira, como o coração das cenas. “O Domingos morou por muitos anos em Copacabana. É o lugar onde todas essas mulheres que passam pela série podem transitar, existir. Copacabana ferve, tem gente de todos os tipos”, comenta Patricia Pedrosa sobre a escolha das locações. Ao todo, foram escolhidas 71 locações externas para rodar 60% das cenas. A produção também gravou sequências na Região Serrana do Rio de Janeiro, onde uma casa virou cenário para um dos episódios.
“A biografia do Domingos Oliveira foi uma fonte de pesquisa muito preciosa. O mundo particular dele está muito presente em todo seu trabalho. Identificamos traços e características de muitos personagens que ele criou, assim como os lugares, as situações. A unidade entre os ambientes é a arte. A arte que inspira, que apaixona, que subverte, que resiste”, explica Anna Helena Saicali, que assina a produção de arte da série.
Anna Helena aponta que os cenários dos apartamentos de Paulo (Emilio Dantas), Laura (Martha Nowill) e Cabral (Matheus Nachtergaele) são os mais expressivos, com mais referências e riqueza de detalhes. A cobertura de Paulo em Copacabana ganhou ares sustentáveis. “Um projeto moderno de loft amplo e luminoso, com elementos ligados a literatura, arquitetura e artes plásticas para despertar a criação e celebrar o amor. É o espaço onde Paulo escreve poemas nas paredes, desenha as mulheres por quem se apaixona, lê seus autores prediletos e dá muitas festas”, detalha.
O cenário do personagem de Matheus Nachtergaele também conta com muita literatura, música e arte, porém com o ar nostálgico da arquitetura dos prédios de Santa Teresa. “É onde ele lê, ouve música, recebe seus melhores amigos e filosofa sobre a vida e sobre o amor. O sobrado tem pilhas de livros, objetos antigos que ele guarda pelo valor afetivo, pôsteres de filmes a que assistiu, inclusive alguns de Domingos Oliveira”, aponta a produtora de arte.
Já Laura tem afinidades com os mundos de Paulo e Cabral. “Ela cuida dos dois, é a companheira de todas as horas. Sua casa tem elementos ligados ao seu trabalho na área cultural – ela promove saraus de poesia, música, leituras – mas também tem detalhes mais pessoais, alguns toques mais delicados como plantas, objetos, cores”, afirma.
A paleta de cores, aliás, é um detalhe à parte. A diretora Patricia Pedrosa conta que, no processo de conceituação da série, a intenção era fazê-la em preto e branco. “Eu quis trabalhar com o mínimo de cor possível. Os planos têm pouquíssimas cores para ter o efeito do preto e branco com cor”, explica.
Essa suavidade é logo percebida na cenografia e no figurino. “Optamos por cores mais agradáveis aos olhos. São várias histórias de amor, românticas, e quisemos dar esse tom quentinho, aconchegante”, explica Fumi Hashimoto, que assina a cenografia da série. “A seleção de materiais também foi feita dentro da gama de cores que atendesse à paleta. Desde roupas de cama, louças, impressos, capas de livros, objetos de decoração até rótulos de produtos cenográficos. O resultado é muito agradável, harmonioso e de muito apuro estético”, endossa a produtora de arte Anna Helena.
Natália Duran, que assina o figurino da série com Cao Albuquerque, conta que entre as peças de Maria Alice (Sophie Charlotte) são comuns os tons rosados. “A Maria Alice usa roupas politicamente corretas. Tivemos uma pegada mais consciente na construção do figurino da personagem. Por isso, apostamos em profissionais que trabalham com sustentabilidade e tingimentos orgânicos”, explica. “O figurino dança junto com a caminhada da Maria Alice. Ela caminha e a roupa desfila com ela, flui. E tem os tons do amor, os rosados, tons agradáveis de serem vistos”, complementa.
Para a personagem Laura (Martha Nowill), a aposta foi no vermelho. “A Laura é a consciência, a intensidade, a amiga que vai falar para o Paulo a verdade do que está acontecendo”, detalha. Para o Paulo (Emilio Dantas), foram adotados os tons de cinza e verde. “Pensamos em um jovem arquiteto dos dias de hoje que não está nem aí para roupa. É um personagem que repete muita roupa. Já para o Cabral (Matheus Nachtergaele), a pesquisa levou em conta o perfil de filósofos e professores universitários. O Cabral é todo de brechó, de roupa usada. Aliás, usamos muito brechó na série, de maneira geral”.
Natália endossa que, em todos os personagens, está presente a ‘carioquice’ do Domingos Oliveira. “Tivemos a intenção de transportar o clima carioca dos anos 60 para os dias de hoje de uma maneira bem gostosa. É um figurino despretensioso, que conta a história de uma maneira mais cinematográfica. É como se uma personagem passasse o bastão para a personagem do próximo episódio. Elas têm um salto de personalidade de uma para outra, mas existe uma harmonia no visual no figurino todo”, descreve.
A atemporalidade é um ponto forte da produção, que traz referências de todas as décadas, sem ficar datada. Anna Van Steen, responsável pela caracterização da série, explica que cada personagem homenageia uma época ou estilo, e todas fazem parte das décadas em que Domingos Oliveira viveu. “Definimos, por exemplo, modelos de cabelos do século passado e que ainda usamos hoje em dia. A beleza está em todas as mulheres, seja qual for o estilo. A Maria Alice é a mais clássica e atemporal de todas. A Laura foi inspirada na Monica Bellucci. A Renata (Maria Ribeiro) e a Pâmela (Sara Antunes) revisitam os anos 60. A Natalia (Natasha Jascalevich) vem de uma pin up dos anos 50. A Martinha (Verônica Debom) tem livre inspiração na cantora Patty Smith nos anos 80. A Elisa (Marina Provenzzano) lembra uma mulher dos anos 40 e a Pink (Naruna Costa) está mais antenada com o nosso século, aproveitando a beleza dos cachos naturais”, detalha.
“Fernanda Torres, que interpreta Estela, mas que já foi Maria Alice na década de 90, homenageia esta época, com os cabelos levemente repicados. Já Dionara (Lilia Cabral), foi inspirada na atriz britânica Tilda Swinton nos anos 2000. Para Mariana Sena, que na série interpreta Gilda, a inspiração foi Grace Jones nos anos 70 e Sara, vivida por Maeve Jinkings, revisita a atriz dinamarquesa Anna Karina, também nos anos 60. Adriana (Samya Pascotto) representa a androginia – mistura de características femininas e masculinas em uma única pessoa – que é extremamente atual”, explica a caracterizadora.
Trilha sonora
Considerada uma das obras mais importantes da música popular brasileira, “Carinhoso”, de Pixinguinha, é o tema de abertura de ‘Todas as Mulheres do Mundo’ e será interpretada, a cada episódio, por uma grande cantora. A primeira é Marisa Monte. Foi a própria Marisa quem teve a ideia de que a clássica canção da MPB fizesse parte da abertura”, conta Patricia Pedrosa.
Rafael Langoni Smith, que assina a produção musical da série com Iuri Cunha, explica que o uso da música é pontual, ao invés de um pano de fundo para a ação. “A série é sobre mulheres e dá destaque a grandes intérpretes que, uma por uma, sonorizam os 12 episódios. ‘Todas as Mulheres do Mundo’ celebra essas cantoras e suas grandes personalidades quase como se fossem narradoras da história”, afirma o produtor.
“Como cada episódio tem uma mulher protagonista, pensei que seria envolvente ter uma cantora diferente fazendo a trilha de cada uma delas. Sendo assim, temos apenas vozes femininas, num leque bastante diverso, caminhando em paralelo à narrativa, ajudando, com sua obra, a contar nossas histórias e desvendar os universos de nossas personagens. Revisitamos, então, discografias de vários nomes nacionais, como Alcione, Rita Lee, Elis Regina, Cassia Eller, Marisa Monte, Céu, Ana Canãs, Nara Leão, Elza Soares e Maria Bethânia”, explica a diretora artística.