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Baixa audiência de "A Infância e Romeu e Julieta" preocupa a direção do SBT

A trama é produzida em parceria com a Prime Vídeo.

por Redação, em 01/06/2023

Baixa audiência de "A Infância e Romeu e Julieta" preocupa a direção do SBT

A direção artística do SBT está preocupada com o baixo desempenho dos primeiros capítulos de "A Infância de Romeu e Julieta". A trama de Iris Abravanel tem o pior início de uma produção de uma novela infantil desde que a emissora passou a investir no gênero com Carrossel (2012). 

A três primeiras semanas da produção estrelada por Vittória Seixas e Miguel Ângelo registrou uma média de 5,7 pontos com share de 8,9% (participação entre aparelhos ligados) na Grande São Paulo, principal mercado do Brasil. No mesmo período, a Record TV ficou na segunda posição, com 6,3 pontos e 10% de share, com o "Jornal da Record" e a novela bíblica "Reis".

Desde "Corações Feridos", a última produção adulta do horário das 20h30, o SBT não registrava índices tão baixos.

"A Infância de Romeu e Julieta" é uma produção conjunta do SBT com o Prime Video. Os capítulos da semana são disponibilizados no streaming da Amazon antes da exibição na televisão, o que pode prejudicar o seu desempenho de audiência. 

A produção conta ainda com Bianca Rinaldi, Juliana Schalch, Fábio Ventura, Karin Hils, Luiz Guilherme e Lu Grimaldi nos papéis principais.

Diretor do SBT defende a produção de novelas com mais de 300 capítulos

A emissora de Silvio Santos não pretende diminuir a duração das novelas infantis.

A saga de Poliana chegou ao fim no SBT após mais de 870 capítulos e cinco anos no ar. E sua substituta, "A Infância de Romeu e Julieta" tem previsão de mais de 300 capítulos.

"As Aventuras de Poliana" começou com 15 pontos de audiênica e "Poliana Moça" chegou ao fim com somente 6 pontos. 

Apesar do desgaste do gênero e a fuga do público, Fernando Pelegio, vice-presidente do departamento artístico e diretor criativo do SBT, não pretende diminuir a duração das novelas infantis. E cita como exemplo a obras produzidas norte-americanas: “Deixa eu só corrigir um pouquinho: nós temos novelas que estão há 40 anos no ar. General Hospital [1963-] está há 60 anos no ar. Então nossas novelas, que tem 300, 350 capítulos, não são nada [perto das demais]... Não é um padrão mundial. Na Alemanha, tem uma novela que está cinco anos no ar. É porque no Brasil não se tem esse costume. A Globo não tem esse costume. Mas não quer dizer que a gente precise respeitar. Nós temos o sistema brasileiro de fazer telenovela.”

A parceria do SBT com a PrimeVideo não deve alterar a longevidade das novelas. António Forjaz, gerente comercial da Amazon no Brasil, admite que a enorme quantidade de horas de reprodução é benéfica para os resultados na plataforma. "Existem provas de que esse tipo de conteúdo funciona", afirma.

De certa forma, Forjaz tem razão. Carrossel (2012) e Chiquitas (2013) costumam figurar entre as obras mais vistas mundialmente na Netflix, mesmo estando disponibilizadas apenas no Brasil.


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