A transmissão em tempo real no streaming possui um atraso em relação à transmissão tradicional.
De acordo com informações do jornalista Ricardo Feltrin, do Uol, as pessoas que assistissem à Copa no serviço de streaming Globoplay teriam que ter paciência: no ranking de velocidade de transmissão de um evento ao vivo, o streaming é o último da fila.
Ou seja, seus usuários são os últimos a ver e comemorar (ou lamentar) os gols. Pela ordem, o sinal e exibição acontecem assim: 1) TV digital; 2) TV a cabo / fibra; 3) TV por satélite; 4) streaming. Não é culpa do Globoplay, mas da chamada "latência".
A Globo explicou em nota enviada à coluna do jornalista Ricardo Feltrin, do Uol, que vários aspectos da transmissão não estão sob seu controle.
Bastou o primeiro jogo da Seleção Brasileira no Catar (2 a 0 na Sérvia, ontem) para que os assinantes do Globoplay postassem queixas ou ironias nas redes sociais, por causa do atraso na recepção do jogo.
"Globoplay tá com 1 min de delay. Soube dos gols pela vizinhança", postou o perfil @luizjcs.
"Assistir ao jogo do Brasil pelo Globoplay é assim: os vizinhos gritam gol, daí você pode prestar atenção na TV pois o delay é de uns 30 segundos? hehehehe". (@poajunior).
"É como ver o jogo do Brasil com spoiler", ironizou @EPArantes.
"Legal que tô sabendo do gol pelos vizinhos, porque minha Globoplay tem um delay de 40 segundos? KKKK", escreveu @nathpaaz. "Tô vendo o jogo do Brasil pelo Globoplay e descobri q o Brasil fez gol 5 min depois!" (@itsbrunofraga).
A pedido da coluna do jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, o Grupo Globo, por meio da CGCom, enviou a seguinte nota a respeito do atraso (inevitável) da transmissão. Ao menos atualmente, porque tudo pode e deve mudar e melhorar com a implantação completa do sistema 5G.
"O Globoplay é um serviço que utiliza o protocolo IP nas suas transmissões e qualquer serviço que esteja apoiado nesta solução tecnológica está sujeito a delay em relação a transmissões por meio da TV terrestre tradicional".
Vale frisar também que o atraso no streaming ao vivo pela internet depende de diversos fatores, muitos dos quais não estão no controle da Globo, e sua intensidade pode variar de acordo com o dispositivo onde o consumo está ocorrendo e com as condições de rede local do usuário, da sua operadora, do serviço de streaming e, no caso das transmissões por TV paga, de seus provedores.
No que se refere à sua atuação, a Globo está constantemente investindo em soluções para entregar a melhor experiência para os usuários minimizando ao máximo o delay percebido em suas transmissões ao vivo.
Evoluímos, desde a última Copa, nossa arquitetura de rede com a expansão da nossa CDN (Content Distribution Network) com mais servidores mais próximos dos usuários, dentro do seu provedor ou conectados no ponto de troca de tráfego (PTT) mais próximo. Além disso, esses diversos servidores conversam entre si, em uma arquitetura multicamadas, de forma a minimizar a distância do usuário até o conteúdo.
Um ponto muito importante que deve ser levado em consideração é que o Globoplay é uma plataforma que atende milhões de usuários e é necessário garantir um equilíbrio entre segurança operacional e performance/delay, de modo a permitir que todos os nossos consumidores tenham acesso de qualidade aos conteúdos.
Sobre o 5G, sem dúvidas a adoção desse padrão ajudará na redução do delay entre o evento ao vivo e seu consumo em uma plataforma de streaming. Além disso, teremos um ambiente móvel muito mais estável e com grande acréscimo de banda, o que reduzirá bastante situações de "rebuffering" ou indisponibilidade do conteúdo e/ou do evento enquanto o usuário está em movimento pela cidade. Grupo Globo".