Julio Andrade e Marjorie Estiano são os protagonistas.
É diante de uma rotina pesada em um ambiente caótico e extremamente precário que os médicos de Sob Pressão tentam salvar a vida dos que chegam à emergência de um hospital público do subúrbio do Rio de Janeiro. Na série médica, os profissionais liderados pelo Dr. Evandro (Julio Andrade) improvisam com o que podem e colocam em prática todo o amor que têm pelo ofício. E usando, principalmente, a criatividade, se tornam heróis no atendimento aos pacientes na luta entre a vida e a morte. Formada por três cirurgiões – Evandro, Carolina (Marjorie Estiano) e Rafael (Tatsu Carvalho); um anestesista, Amir (Orá Figueiredo); um clínico-geral, Décio (Bruno Garcia); um residente, Charles (Pablo Sanábio); uma técnica de enfermagem, Kelly (Talita Castro), e uma enfermeira, Jaqueline; a equipe de ‘Sob Pressão’ precisa superar todos os limites para manter os pacientes vivos. No hospital administrado por Samuel (Stepan Necerssian), eles fazem o impossível todos os dias. Para o elenco, interpretar esses personagens como estes tem um grande significado e representa o privilégio de levar ao público uma reflexão sobre o ofício da Medicina.
Julio Andrade, sobre a experiência de viver Dr. Evandro, o cirurgião-chefe do hospital:
“O tema hospitalar é muito atual e mostra a importância do trabalho dos médicos da saúde pública no nosso país, que também sentem as suas dores. O Evandro acaba improvisando e se torna quase um McGuiver da Medicina. Ele sempre dá um jeito. O principal conflito do personagem é a perda da mulher. É uma cicatriz que não fecha e que o acompanha, fazendo com que ele não consiga se alimentar direito, dormir etc. É um cara que carrega essa dor. O Evandro é comprometido com o seu trabalho e salvar vidas é quase uma obsessão, tanto que ele tem uma frase: ninguém morre no meu plantão. Ele é extremamente ético, mas tem um lado mal-humorado, quase não sorri. É muito exigente com as pessoas com quem trabalha. Durante o laboratório para o filme e,depois, para a série, me interessei muito pelos olhares dos médicos e a relação entre eles. Até porque tivemos a consultoria do Dr. Marcio Maranhão na parte técnica. O amor ao próximo e a preocupação com o ser humano é uma das coisas que o personagem tem me ensinado muito, pois são suas características muito fortes. Além disso, a tomada de decisão tem que ser muito rápida diante de uma situação extrema, e isso acontece o tempo todo em ‘Sob Pressão’."
Marjorie Estiano, sobre viver a cirurgiã Dra. Carolina:
“Fico muito honrada de fazer parte desse trabalho. Acho que a série é uma maneira inteligente de trazer todos para esse universo da saúde, que diz respeito a todo mundo. É muito mobilizador representar algo de ordem tão necessária e tão básica. Na série, a gente acompanha diversos casos que chegam à emergência, onde a falta de estrutura é desesperadora. Apesar de fazer parte da rotina deles, os médicos não se acostumam com aquilo, pois é uma situação extrema, uma situação limite. Eles fazem de tudo para conseguir salvar essas vidas. A Carolina é uma mulher muito íntegra. Ela não tem uma religião definida, é aberta. Ela acredita nas pessoas e acredita que tem algo superior. Ela vê a Medicina pelo viés humanitário e se interessa pelo paciente. Tem uma história de superação de certa forma, pois sofreu uma violência muito forte e encontrou uma forma de conviver com isso. A autoflagelação é um mecanismo que a Carolina encontrou para extravasar. É uma forma de manifestar uma angústia mental, psicológica. Através disso, ela muda o foco e se acalma. Eu me baseei em muita pesquisa para construir essa faceta da personagem."
Orã Figueiredo, sobre o Amir, o anestesista:
“Amir é o homem que tira a dor e que permite as cirurgias mais profundas, como as intervenções no cérebro, nas vísceras e órgãos. Dentro da equipe, talvez, ele seja o mais experiente, pois é o mais velho de todos. Lida com a falta de recursos com garra, paixão, vocação e honra seu juramento de fidelidade à vida humana e a missão de salvar pessoas. Esse é um sentimento não só do Amir, mas de todos os personagens. Medicina é uma profissão muito nobre. E essa talvez seja a principal mensagem da série: a valorização do médico. Dentro do hospital, o Amir é muito amigo de todos. Além de ser um parceiro na batalha diária de salvar vidas, ele é também um amigo, dá força, é um confidente. Por outro lado, ele é o respiro cômico da série, porque tem duas namoradas que não sabem uma da outra. Às vezes, elas resolvem fazer visitas ao hospital, causando algumas trapalhadas na trama e ele tenta equilibrar isso”.
Bruno Garcia, sobre o Dr. Décio, o clínico-geral:
“O Décio é um médico muito importante dentro do hospital, mas que não atua nas cirurgias. Eu, como espectador, acho isso muito vibrante na série. Por ser um clínico-geral, ele é um profissional um pouco mais carinhoso, usa palavras menos secas, toca nos pacientes, é afetuoso e tenta, de certa forma, minimizar a dor também pela via psicológica. A falta de recursos é o terror de todos os médicos. Uma das coisas mais atraentes em fazer uma série médica, que é muito popular no mundo inteiro, é esse modelo de saúde pública brasileiro, que é o nosso diferencial. É uma espécie de Medicina de guerra, em que os médicos precisam improvisar o tempo todo para levar adiante o seu juramento de salvar vidas. Existe muita parceria entre os médicos de ‘Sob Pressão’. Muitas vezes o Décio participa das cirurgias, mesmo que não seja costume, justamente pela falta de médicos no hospital. Ou quando o Amir (Orã Figueiredo) precisa se dividir em duas cirurgias, por não ter outro anestesista para cobrir outros procedimentos. Viver essa experiência da série nos faz ver como os médicos são heróis e são pessoas completamente vocacionadas."
Pablo Sanábio, sobre o Charles, o residente do Hospital:
“Charles é um personagem extremamente apaixonado pela profissão. Ele tem um senso de justiça muito grande e está sempre querendo propagar o bem e resolver as coisas da melhor forma possível. Ele tem muita admiração pelo Evandro (Julio Andrade), mas também tem muitos embates. Ele discorda e questiona o colega muitas vezes. Mas sempre no papel de aprender. Em algum lugar, ele quer ser o Evandro por quem tem muita admiração. Às vezes, ele tem uma certa inocência e um jeito atrapalhado de ser, mas por ser muito ansioso. O Charles é muito estudioso. É um personagem muito apaixonado, prático e objetivo. Quando fizemos as preparações eu me encantei muito pela profissão. Tivemos um trabalho intenso de leitura e também prático, com visitas a hospitais, observando as cirurgias. E isso foi muito interessante, conhecer residentes que acabaram de entrar no hospital ou que já estão há bastante tempo nessa jornada. Foi interessante ver como cada um dos médicos lida com o trabalho. E ‘Sob Pressão’ emociona muito ao mostrar essa rotina dos médicos. A série também vai ajudar a levantar e colocar em debate as questões atuais da saúde pública."
Heloisa Jorge, sobre Jaqueline, a enfermeira:
“Ela é uma enfermeira 'linha dura', pois trabalha em um hospital sucateado. Digamos que ela é uma enfermeira de um hospital em guerra. Ela lida com a falta de recursos de uma maneira muito sóbria. Uma das coisas que mais me dá prazer em fazer parte desse projeto é a proximidade com a realidade do sistema público de saúde. A personagem está sempre tentando criar maneiras de pular os obstáculos que surgem. Tem uma cena que emocionou a todo mundo que é quando o Evandro (Julio Andrade) pede uma incubadora e não tem no hospital. Então a Jaqueline volta com uma caixa de papelão."
Talita Castro, sobre Kelly, a técnica de enfermagem:
“Dentro da hierarquia, ela é uma pessoa circulante. Assim como a Jaqueline (Heloisa Jorge), ela pratica a enfermagem também. Eles têm uma equipe reduzida e uma situação bem precária. Por isso, trabalham do jeito que dá, com os recursos que têm. Ela é interessada no Amir (Orã Figueiredo) apronta algumas coisas pra conseguir a atenção do anestesista. Ela faz parte de um núcleo um pouco mais leve da série. A Kelly acredita que os médicos da série são heróis, justamente pela maneira 'salve-se quem puder' que vivem ali dentro. Eles se respeitam e se gostam muito."
Stepan Necerssian, sobre o Samuel, o diretor do hospital:
“'Sob Pressão' é uma série sobre saúde, doença, mas conta essas histórias pelo ponto de vista do médico. O Samuel é um médico que formou o Evandro (Julio Andrade) e também deu aula para a Carolina (Marjorie Estiano). No filme, ele foi operado no hospital e quase morreu, sem equipamento e sem estrutura. Ele é muito honesto e, ao mesmo tempo, enfrenta um sistema cercado de corrupção, e fica angustiado quando precisa se submeter a algumas coisas para manter o hospital funcionando. O local só está aberto por causa dele. Samuel é um médico que enfrenta tudo para atingir o principal objetivo da profissão, que é salvar vidas. A série mostra os dramas que esses profissionais vivem no Brasil. É uma emergência. As pessoas chegam no hospital pra viver ou morrer, e isso mexe fortemente com o emocional de todo mundo."
Com direção geral de Andrucha Waddington e direção de Mini Kerti, a série Sob Pressão é fruto do longa-metragem de Andrucha Waddington de mesmo nome, e é uma coprodução da Globo com a Conspiração, criada por Luiz Noronha, Claudio Torres e Renato Fagundes a partir de uma ideia original de Mini Kerti, livremente inspirada no livro "Sob Pressão – A rotina de guerra de um médico brasileiro”, escrito por Marcio Maranhão. Uma série de Jorge Furtado, que escreve os episódios com Lucas Paraizo, Antonio Prata e Márcio Alemão, e conta com a consultoria médica de Marcio Maranhão. Com estreia prevista em 25 de julho, na Globo, ‘Sob Pressão’ vai ao ar logo após A Força do Querer.
O primeiro episódio da série estará disponível no Globo Play, a partir do dia 18.