Apesar dos baixos índices de audiência, a Band surpreendeu ao recusar a proposta de rescisão contratual da Liberty Media.
Na madrugada deste domingo (20), a transmissão da Sprint Race do GP dos EUA pela Band teve um desempenho modesto na audiência da Grande São Paulo, ficando em quinto lugar com 0,6 ponto de média. A corrida ficou atrás do jogo da Bundesliga entre Bayern de Munique e Stuttgart, exibido pela RedeTV!, que obteve 0,7 ponto de média e chegou a alcançar o dobro da audiência da Fórmula 1 em determinado momento. A RedeTV! marcou 1 ponto às 15h22, enquanto a Band registrava 0,5 ponto.
Apesar de semanas sinalizando que a Fórmula 1 era financeiramente inviável e não geraria lucro, a Band surpreendeu ao recusar a proposta de rescisão contratual da Liberty Media, a proprietária dos direitos da categoria. A emissora decidiu manter o contrato vigente até o fim de 2025, mesmo após alegações de altos custos com as transmissões. Essa postura sugere que a Band busca evitar penalidades financeiras associadas ao distrato, o que tornaria mais vantajoso continuar com as transmissões.
Essa decisão também interrompeu as negociações entre a Liberty Media e a Globo, que visava recuperar os direitos da Fórmula 1 a partir de 2025. A Globo, inclusive, fez referência à categoria em seu Upfront 2025, sugerindo a possibilidade de seu retorno à emissora.
A crise entre a Band e a Liberty Media teve início em 2023, quando a Band passou a assumir os custos de transmissão diretamente, após um acordo com o SBT. Isso resultou em um desembolso de cerca de US$ 15 milhões por temporada, causando dificuldades financeiras, especialmente após um patrocinador não honrar uma cota de R$ 20 milhões.
Com esse cenário, a Band agora foca em maximizar os ganhos durante o Grande Prêmio do Brasil, enquanto a Liberty Media segue em negociações para a venda dos direitos de transmissão para 2025.