"Novela é muito impermanente. Você grava e joga no lixo", diz Cássia Kis

Distante do horário nobre desde Porto dos Milagres (2001), Cássia Kis voltou com uma personagem bem diferente da vilã escrita por Aguinaldo Silva. Sem vaidades e - aparentemente - honesta, Djanira se difere e muito da Adma. Em Morde & Assopra (2011), a atriz também se despiu da vaidade, mas com tintas fortes. Dessa vez empresta seu talento para uma mulher comum e não simplória, criada para A Regra do Jogo. Em entrevista à Daniel Castro (UOL), Cássia revelou ter se inspirado em Nelson Mandela para interpretar a mãe de Romero (Alexandre Nero): "Procuro um elemento para me aprofundar. Para contar a história de uma grande mulher, uso como instrumento essa história que é de um grande homem".

Os mais recentes papéis de Cássia foram em obras menores, como O Rebu (2014) e Felizes Para Sempre? (2015), e ela destacou a diferença desses formatos para um de maior duração. "Novela é muito impermanente. Você grava e joga no lixo", diz a atriz. Em Amores Roubados (2014), por exemplo, onde vivia uma mulher e moral contestável, Cássia revelou ter ficado quatro meses sem conversar com Cauã Reymond - que vivia o seu filho - como preparação para o reencontro deles: "Só que quando fizemos a cena mais importante, foi 'a cena'".