“Armava meu sorriso no automático e saía para gravar”, diz colunista.
O Mariana Godoy Entrevista da última sexta-feira (7) recebeu o apresentador Amaury Jr. Na conversa com a jornalista Mariana Godoy, Amaury relembrou o início da carreira na televisão e detalhes de entrevistas que conduziu com grandes nomes do mundo artístico, destacando o desejo de receber a cantora Marisa Monte em seu programa. “Estou com 37 anos ininterruptos no ar, fazendo programas diários. Não entrevistei, por exemplo, Marisa Monte, de quem sou fã absoluto. Morro de vontade de entrevistá-la”, confessou ele, ressaltando o importante papel do convidado para um bom resultado na entrevista. “Já me senti entediado muitas vezes. Quando o entrevistado é ruim, você fica entrevistando. O sucesso do programa é muito mais o entrevistado do que nós. Eu rezo para ele brilhar e refletir bem, para ele me dar notícia, informação. Quando o cara é monossilábico, não rende”, afirmou.
O apresentador também recordou artistas que passaram por suas atrações antes de ficarem famosos, como Ana Maria Braga, que participou de um programa de gincanas que Amaury comandava na TV Rio Preto, em um desafio em que as equipes deveriam levar pessoas parecidas com Brigitte Bardot. “Ela não só ganhou o concurso, como despertou a plateia que costumava assistir a gincana, e eu falei 'traz essa menina para cá'. Ela acabou vindo para a televisão e virou minha assistente de palco. Tenho orgulho de ter sido o primeiro a colocar minha querida Ana Maria Braga na televisão”.
Colunista de TV mais conhecido do país, Amaury Jr. revelou o outro lado de seu cotidiano repleto de eventos glamurosos. “Tive depressão. Não é um trabalho tão prazeroso assim, é um trabalho como outro qualquer. Não vou na festa para me divertir, muito pelo contrário. Festa, para mim, é sinônimo de trabalho. A imagem passa isso, né? Gente bonita, boas comidas, boa bebida, música, ambiente festivo, mas estou lá trabalhando”, ponderou. “Fiquei um ano depressivo. Queria parar de trabalhar, não queria mais sair da minha casa. (…) Eu armava meu sorriso no automático e saía para gravar, porque não podia parar de trabalhar, de receber o meu dinheiro. É a pior coisa do mundo”.
Vaidoso assumido e reconhecido por sua elegância, ele negou seguir à risca as tendências do mundo fashion. “Não acompanho a moda, gosto de me ver bem no espelho. Se não estiver se sentindo bem com a roupa que escolheu, confortável, você acaba tendo um desempenho até prejudicado. A roupa faz muito isso, mas não sou escravo da etiqueta”, declarou.
Questionado por Mariana Godoy se gosta do rótulo de avô, ele ainda disparou: “Não. Peço para meus netos me chamarem de Amaury, fica expondo a idade da gente. Que vovô, estou fora!”.
O Mariana Godoy Entrevista vai ao ar toda sexta-feira, às 23h05, pela RedeTV!.