Ator comparou o esquema de produção de A Grande Família e de uma novela.
De volta às novelas em um dos principais papéis de Êta Mundo Bom, Marco Nanini tem a possibilidade de viver inúmeros tipos, algo que já fez no teatro – com Irma Vap – e na TV – com Um Sonho a Mais. O Pancrácio, da trama de Walcyr Carrasco, usa disfarces - de freira à ex-militar - para pedir esmolas, já que não consegue sobreviver como professor de filosofia. “É uma criatura que tem um pé na loucura, isso é muito bom para a fantasia, dá uma licença poética muito bonitinha”, disse Nanini sobre o personagem, em entrevista ao UOL.
Longe do gênero desde Andando nas Nuvens (1999), o ator comentou as mudanças no esquema de produção. “Tive muita sorte, a série (A Grande Família) tinha um clima fabuloso de entrosamento, era pequenininho, a gente resolvia as coisas em petit comité. Aqui não, é enorme. Mas fui tão bem recebido, e o clima é tão bom... Gosto de sair de casa com alegria de vir trabalhar”, disse Nanini, que elogiou o autor de Êta Mundo Bom: “Caí numa novela das seis, horário pelo qual tenho um carinho especial. Walcyr é um autor de muito talento, tem uma imaginação que é uma loucura. E o estilo é um novelão, não tem nenhuma pretensão de ser outra coisa”.
Nanini também comentou a mensagem otimista que Êta Mundo Bom pretende transmitir. “Quando você abre o jornal e lê notícias que diariamente põem você para baixo, é necessária alguma ilusão, principalmente no horário das seis. Acho que veio a calhar um pouco, para chamar a atenção para o lado bom, embora a novela tenha vilões. Mas não tem arrastão na novela”, brincou o ator.