Uma novela de Mario Teixeira baseada em argumento de Marcia Prates.
Após a morte de Tiradentes e de Antônia, Joaquina (Mel Maia) é resgatada por Raposo (Dalton Vigh), até então simpatizante pela luta dos inconfidentes. Ao ver a pequena testemunhar a morte do próprio pai, ele se compadece de seu sofrimento e assume sua criação. Juntos, eles embarcam para Portugal. Lá, a menina passa a se chamar Rosa, para despistar os que ainda perseguiam os inconfidentes e desprezavam seus descendentes. Em terras lusitanas, Raposo a cria como filha e ensina à Rosa tudo que sabe. Ele vê a menina se tornar sua imagem e semelhança: forte, decidida, imponente. Apenas com uma diferença: ela é sonhadora como o pai. Pode até se chamar Rosa, mas a alma é de Joaquina, mesmo sangue de Joaquim José da Silva Xavier. Apesar de um dia ter apoiado a luta dos inconfidentes, Raposo deve tudo que tem à coroa portuguesa. Tornou-se um importante fidalgo pelas riquezas que adquiriu ao longo dos anos junto à família real. Anos depois, quando os nobres vêm para terras brasileiras, ele se sente na obrigação de voltar ao país. É hora de voltar ao Brasil!
A chegada de Raposo ao Rio de Janeiro chama a atenção de todos, e não é só pelo seu porte robusto. Ele está acompanhado do filho André (Caio Blat), um belo jovem rapaz que desperta nas mães o desejo de casamento para suas filhas ainda solteiras; de Bertoleza (Sheron Menezes), negra alforriada criada como filha, e que, portanto, é uma fidalga; e de Joaquina. Eles seguem para Vila Rica ao encontro de Dionísia (Maitê Proença), irmã de Raposo. É ela a responsável pela preservação dos bens do irmão no Brasil enquanto ele residia em Portugal. A Senhora ama a família, mas teme que atrapalhem o cotidiano tão bem estabelecido da residência. Não sem razão, pois a chegada de Joaquina (Andreia Horta) desperta a curiosidade de amigos e inimigos. Primeiro pela beleza única. Segundo pelas opiniões fortes e a coragem de ajudar o próximo sem distinção de cor ou classe social. Ela ainda é aquela garotinha que há anos deixou seu país carregando no sangue o símbolo da luta pela liberdade.
Virgínia (Lília Cabral), dona do cabaré de Vila Rica, logo reconhece a menina que ajudou a salvar quando o pai foi condenado. A jovem Branca (Nathalia Dill) também sente a chegada de Joaquina na cidade. Ela passou seis anos esperando o noivo Xavier (Bruno Ferrari) voltar dos estudos na Europa para realizar o sonho de casar com o homem que ama desde criança. Porém, assim que o reencontra, testemunha os olhares atenciosos e curiosos do rapaz para a fidalga. Não sem retorno, pois Rosa se identifica com os ideais liberais e de justiça defendidos por Xavier. Já o salteador Mão de Luva (Marco Ricca) reconhece nela a criança que tentou no passado vender em troca de ouro. Agora mais velha, vale ainda mais ouro que antes! Para completar, Rubião (Mateus Solano), o intendente da cidade e defensor dos valores da família real portuguesa, se encanta com a elegância de Rosa, e a admiração é recíproca. Mas esse sentimento pode não ter futuro. Rosa descobre ser ele o responsável por seu infortúnio: foi Rubião que entregou a luta de Tiradentes para a coroa e que matou Antônia.
Rosa – ou Joaquina – desperta os sentimentos de muitos pela ousadia, bravura e beleza. É no Brasil que ela se confronta com sua história ao descobrir mais sobre o pai biológico, sobre os inconfidentes, sobre as diferenças sociais e as agressões aos menos afortunados ocorridas neste país, sobre as opiniões de Raposo em defesa da coroa. É em sua terra natal que ela também descobre sobre o amor, a luta e as consequências que as escolhas têm na vida de uma pessoa.
‘Liberdade, Liberdade’ é uma novela de Mario Teixeira baseada em argumento de Marcia Prates. A direção artística é de Vinicius Coimbra. A estreia é prevista para abril de 2016.