Em rara entrevista, Luiz Carlos Perez definiu a filha, assassinada aos 22 anos, como “meiga, carinhosa e amiga”!
Com a enorme repercussão da série documental ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez’ (HBO Max), muitas pessoas se perguntam quem era e o que aconteceu com o pai da atriz morta em dezembro de 1992 por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.
Gloria Ferrante conheceu o engenheiro Luiz Carlos Saupiquet Perez em 1968. No ano seguinte, se casaram. Tiveram três filhos: Daniella (nascida em 1970), Rodrigo (advogado, hoje com 50 anos) e Rafael (vítima de complicações de uma cirurgia, aos 25 anos, em 2002).
A união do casal durou até 1984, quando aconteceu a separação. Pai e filha eram bastante próximos. Na época do crime, Luiz evitou a imprensa, enquanto a ex-mulher recorreu à mídia em sua busca incansável por justiça.
Em uma entrevista à repórter Ilze Scamparini, o engenheiro falou a respeito de Daniella. “Meiga, carinhosa, amiga. Mas também esperta. Muito mimada. Primeira filha, primeira neta.”
Perez revelou o tipo de educação que deu a ela. “Sempre quis que fosse uma pessoa determinada. ‘Faça o que você quer’. Ela foi dançar.”
Em janeiro de 1993, o pai da atriz apareceu nas páginas da revista ‘Manchete’. Um comovente desabafo baseado em amor e também na dor.
“Minha filha era forte. Morreu porque foi atraiçoada... Uma menina na flor da idade... No Instituto Médico Legal, quando eu toquei no bracinho dela, estava frio. Eu pensei que ela ia ficar quente de novo e piscar para mim, mas ela não fez nada. Você fica na ilusão até a hora do enterro, mas, na hora em que o caixão desce, acaba tudo... Hoje, mais do que nunca, eu tenho certeza de que minha filha seria uma grande estrela.”
Em 1994, menos de 2 anos após o assassinato de Daniella, Luiz Carlos morreu de leucemia. Tinha 54 anos. “Ele não aguentou a dor da morte da Dany. Definhou”, afirmou Gloria Perez à revista ‘Trip’.
Informações do jornalista Jeff Benício, do Portal Terra.