A novela volta a ser exibido no dia 29 de março, no Vale a Pena Ver de Novo.
Protagonizar 'Ti Ti Ti' marcou a carreira de Murilo Benício e Alexandre Borges. Os atores acompanharam a versão original da novela, escrita por Cassiano Gabus Mendes e exibida em 1985, com Luis Gustavo e Reginaldo Faria nos papéis de Ariclenes/Victor Valentim e André/Jacques Leclair, e admiravam a atuação deles na época. Passados 25 anos, Murilo e Alexandre tiveram a oportunidade de interpretar os mesmos personagens na novela de Maria Adelaide Amaral e repetir o enorme sucesso. "Nesse trabalho tive a oportunidade de conhecer o Luis Gustavo, de quem sempre fui fã. Foi uma honra fazer o personagem que ele interpretou. Eu adorava a versão original, lembro de sair correndo do futebol de rua quando dava sete da noite, e sentava no chão para não sujar o sofá, suado, mas acompanhando cada capítulo com a minha mãe", relembra Murilo, que ganhou prêmios de melhor ator por sua atuação na pele do estilista Victor Valentim.
Alexandre Borges conta que vibrou quando foi convidado para protagonizar a novela justamente por ter na memória afetiva uma trama repleta de atores que admira e um enredo leve e descontraído. "Poder ter a oportunidade de participar da segunda versão dessa trama tão divertida foi incrível. Trabalhar com nomes como o meu grande parceiro Murilo Benício, Claudia Raia e Nicette Bruno, a nossa grande dama da dramaturgia, foi enriquecedor. A gente tinha uma troca muito legal com o Jorge Fernando, que foi essencial para a construção do Jacques Leclair", revela Alexandre.
Em entrevista, os atores contam um pouco mais sobre as lembranças da novela, que estará de volta no 'Vale a Pena Ver de Novo' a partir do próximo dia 29, dividindo a faixa com as emoções finais de 'Laços de Família'. Ti Ti Ti’ é escrita por Maria Adelaide Amaral, com direção de núcleo de Jorge Fernando e direção de Marcelo Zambelli, Maria de Médicis e Ary Coslov.
Entrevista com Murilo Benício
Como foi receber a notícia de que 'Ti Ti Ti' estará de volta no 'Vale a Pena Ver de Novo?' Era um desejo do público que a novela voltasse. Seu também?
Com certeza! Fico muito feliz por essa novela ser reprisada. Esse trabalho foi a minha terceira parceria com o Jorge Fernando, tive a oportunidade de trabalhar com o Alexandre Borges, que é um grande companheiro, e conhecer um dos meus ídolos, Luis Gustavo. Inesquecível, me marcou muito.
Qual foi o maior desafio ao interpretar o Ariclenes/Victor Valentim?
Tive muita dificuldade com o 'portunhol', já que o Victor Valentim fingia falar espanhol. Lembro que no meu primeiro dia de gravação tentando falar espanhol foi tão difícil que o Jorginho Fernando cancelou estúdio (risos).
Seu desempenho foi muito elogiado e você ganhou prêmios como melhor ator por esse trabalho. Como foi sentir o reconhecimento de crítica e público?
Para falar a verdade, eu me sinto premiado quando o personagem faz sucesso e a história também. Não imagino retorno melhor do que esse. Nenhum troféu traduz o carinho e o calor do público. Lembro muito do retorno das pessoas nesse trabalho e acho que tenho essa sorte na minha carreira.
Como foi trabalhar com o Alexandre Borges e construir a rivalidade dos personagens? E como era a relação com o restante do elenco com quem mais contracenava?
O Alexandre Borges é uma dessas pessoas que a gente tem vontade de ter em todo projeto, um amigo fiel e um profissional que torce por você, a essência que todo ator deveria ter. Foi uma parceria maravilhosa. O clima nos bastidores era de muita festa. O elenco inteiro entrosado e se divertindo do começo ao fim.
Qual a principal lembrança que ficou desse trabalho?
Lembro muito do Jorge Fernando. Um diretor engraçado, com seu humor escrachado e ao mesmo tempo carinhoso...Ele faz muita falta.
Você já se sobressaiu em muitos personagens cômicos. A comédia tem um lugar especial na sua carreira? Tem preferência por humor ou drama?
Não existe preferência, amo atuar, seja comédia ou drama. Mas o humor tem um lugar muito especial no meu coração. Faz parte da relação com a minha família.
Entrevista com Alexandre Borges
Como foi receber a notícia de que 'Ti Ti Ti' estará de volta no 'Vale a Pena Ver de Novo?' Era um desejo do público que a novela voltasse. Seu também?
Fiquei feliz demais. Com certeza o André/Jacques Leclair é um dos principais papéis da minha carreira. Até hoje sentir o carinho e atenção das pessoas ainda lembrando dele é demais. Vai ser maravilhoso reviver tudo isso.
Quais as principais recordações que traz desse trabalho?
Na época eu lembro que fiquei muito feliz com o convite da Maria Adelaide Amaral e do Jorge Fernando para viver o Jacques Leclair. Acompanhei a primeira versão da novela, com atores ícones no elenco, e poder ter a oportunidade de participar da nova versão dessa trama tão divertida, leve, foi incrível.
Como era a relação com o elenco com quem mais contracenava?
Poder trabalhar com nomes com o meu grande parceiro Murilo Benício, com a Claudia Raia e Nicette Bruno, a nossa grande dama da dramaturgia, foi enriquecedor. A gente tinha uma troca muito legal com o Jorge Fernando, que foi essencial para a construção do Jacques Leclair.
Você também está no ar em 'Laços de Família', no Vale a Pena Ver de Novo, com o Danilo, outro personagem muito marcante, e na edição especial de 'Haja Coração', que está chegando ao fim. Como é esse momento de rever trabalhos tão diferentes?
É muito interessante rever esses trabalhos. Danilo foi o meu primeiro personagem inteiramente cômico, aprendi muito com ele. E que elenco maravilhoso! Trabalhar com a Marieta Severo e fazer uma novela do Manoel Carlos, que é um mestre, um poeta do dia a dia, foi um privilégio. E pessoalmente foi um período muito feliz para mim, foi o ano do nascimento do meu filho Miguel. Só guardo lembranças especiais dessa época. Sobre 'Haja Coração', foi uma honra ter sido convidado para fazer o Aparício. Vou ser sempre grato ao Silvio de Abreu e ao Daniel Ortiz. Aparício é um personagem emblemático e que nos anos 1980 foi marcado pela interpretação maravilhosa de Paulo Autran em ‘Sassaricando’, de quem eu era fã incondicional.
Comunicação Globo