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Mister Brau: Comédia também é coisa séria

O segundo episódio da série estrelada por Taís Araújo e Lázaro Ramos.

por Redação, em 27/04/2018

Foto: Globo/Marília Cabral

Racismo, empoderamento feminino, conflito de gerações, drama dos refugiados, corrupção. Autor de Mister Brau, Jorge Furtado não foge de polêmica para tocar em assuntos importantes e colocar em pauta na série o que rola na agenda do dia do brasileiro. Sempre de forma leve, ele dá pitadas pertinentes de drama à comédia da rotina de Brau (Lázaro Ramos) e Michele (Taís Araújo). Na próxima terça-feira, dia 01º de maio, a família vai encarar de frente o preconceito racial e a injustiça quando Egídio (Leonardo Lima Carvalho), filho do casal protagonista, é detido em um shopping center acusado de ter roubado um skate de uma loja. 

“A gente elenca os temas e, em cada episódio, pensamos qual é o assunto sério que vamos tratar. A comédia não é uma palhaçada, tem que partir do drama. Mister Brau tem um monte de piada, mas tem momentos emocionantes. Partimos de um afeto verdadeiro entre eles”, explica o autor Jorge Furtado. O posicionamento dos personagens não é para resolver só o lado deles. “Eles querem que o fato se torne público para que outras pessoas não sejam discriminadas também”, adianta ele, que enfatiza: “O Brasil é um dos países mais racistas do mundo, resultado de quatro séculos de escravidão, nunca inteiramente superados. Compare-se com os EUA, que tem 13% de população afro-descendente e uma intensa participação dos negros em todas as áreas. No Brasil, com 52% de negros, são raros os que alcançam posição de destaque em muitos segmentos. A dramaturgia e o humor, enquanto divertem, nos ensinam sobre nós e sobre o mundo. Todos temos preconceitos e nunca é tarde para superá-los”.

Daquelas mães que viram leoas quando mexem com seus filhos, Michele compra briga com o shopping. “Racismo não pode ficar sem resposta”, sentencia a cantora. Ela resolve processar o estabelecimento, que não tinha provas contra nenhum dos meninos, mas só considerou o único negro do grupo como suspeito. Em casa, o casal tenta apaziguar os filhos e lhes ensinar como lidar com o preconceito. “Ninguém nasce odiando a outra pessoa pela cor da sua pele, pela origem, pela religião. As pessoas aprendem a odiar. E, se as pessoas podem aprender a odiar, elas também podem ser ensinadas a amar”, ensina Brau, em citação a Nelson Mandela.

Mister Brau tem autoria de Jorge Furtado, direção geral de Patricia Pedrosa, Allan Fiterman e Flavia Lacerda e direção de Ricardo Spencer e Tila Teixeira. A série vai ao ar às terças-feiras, após O Outro Lado do Paraíso.


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