"Não importa o sexo, o amor não conhece gênero", diz autor de Liberdade Liberdade.
Responsável por criar a cena de amor entre André (Caio Blat) e Tolentino (Ricardo Pereira), Mario Teixeira comentou o momento, que vai ao ar mais tarde em Liberdade Liberdade: "Esta cena, na verdade, já vinha sendo escrita há muito tempo. Pode parecer estranho o que vou falar agora, mas, para mim, ela foi uma cena como todas as outras. Ela é o desenvolvimento da trajetória destes dois personagens. Eu não tinha como fugir desta cena".
Em entrevista ao Gshow, o autor ressaltou as diferenças no tratamento dado aos homossexuais hoje e no século XIX. "Não importa o sexo, o amor não conhece gênero. O amor transcende tudo isso. E, principalmente, um amor que era tratado, não como preconceito, e sim como um crime. O conceito de homossexualidade não existia naquela época, então a definição de preconceito também não. Era pior, era crime. E pior do que um crime, era um pecado. Estas pessoas eram condenadas à morte por conta de quem elas eram, só por isso. Elas pagavam um preço muito alto", disse Teixeira - "É natural o que a gente está retratando neste momento. Cada um assiste como quer, é a sensibilidade de cada um que norteia, mas eu queria que as pessoas assistissem com o mesmo sentimento que tive quando a escrevi, que foi com a mais absoluta naturalidade".
O autor ainda elogiou o diretor da novela das onze: "As pessoas estão curiosas para ver e não vão se decepcionar, como eu não me decepcionei. A direção do Vinícius (Coimbra) foi muito sensível e brilhante".
Liberdade Liberdade começa logo após Mister Brau,