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Malhação - Toda Forma de Amar: Cor e criatividade no figurino

A nova temporada da novela estreia no próximo dia 16.

por Redação, em 05/04/2019

Madureira (Henri Castelli). Foto: Globo/Estevam Avellar

Colorido e alegria são as marcas do visual da maioria dos personagens de ‘Malhação: Toda Forma de Amar’ e suas tramas focadas no amor. Para criar os diferentes estilos da temporada, as equipes de figurino e caracterização mergulharam num intenso processo de pesquisa sobre comportamento e hábitos de consumo dos jovens da Baixada Fluminense e da zona sul do Rio, locais onde a trama é ambientada. “Essa geração é muito conectada e tem acesso ao que seus ídolos vestem, ao que se usa no mundo inteiro. Isso se reflete diretamente no visual. Muitos compram peças em brechó e reformam, usam várias referências misturadas. É interessante perceber que o jovem da periferia tem um estilo muito próprio. Ele acredita no seu comportamento e nas raízes, tem orgulho de pertencer àquela comunidade, e isso se reflete na forma de vestir. Tentei buscar isso ao máximo na composição dos looks”, conta a figurinista Renata Vasconcelos. 

Na trama, os personagens que interagem com o universo do funk e do rap – entre eles,¬ Cléber (Gabriel Santana) e Camelo (Ronald Sotto) – são os mais vaidosos e cheios de atitude na hora de vestir, escolhendo peças como calça legging com bermuda e pochete, tendência no momento. O estilo das meninas que vivem em Caxias também reflete sua autenticidade. O visual de Jaqueline (Gabz), por exemplo, mostra a revolta que sente por ter sido abandonada pelo pai e sua luta pelas causas sociais. Ela usa calça e shorts com rasgos e pinturas, e blusas com frases de efeito. Martinha (Beatriz Damini) e Meg (Giulia Bertolli), as jovens da trama que vivem em Ipanema, são criativas e apostam em cores, assim como a maioria das moças da Baixada. Já os meninos da Zona Sul - Filipe (Pedro Novaes), Guga (Pedro Alves) e Beto (John Buckley) - optam por um guarda-roupa casual e mais básico. “Eles não querem chamar atenção pelo visual e são despojados. Beto ainda tenta usar um pouco de estampa e jeans rasgado, já Filipe e Guga têm um estilo bem comum, o que diferencia um e outro são as texturas das peças e detalhes, como um bolso na camisa de malha, por exemplo”, explica a figurinista.

O figurino dos adultos é mais convencional. Lígia (Paloma Duarte) tem o perfil despojado e não abre mão de conforto e leveza, afinal, é mãe de uma bebê de um ano. As cores são sempre mais neutras, ao contrário da irmã Lara (Rosane Muholland), que aposta em tons como o vermelho vivo. Quase sempre atrás do balcão de sua lanchonete, Carla (Mariana Santos) precisa usar roupas práticas, como bermudas de stretch e camisetas caneladas. Quando precisa se arrumar mais, escolhe vestidos ou macacões. Marco Rodrigo (Julio Machado) estará quase sempre usando o uniforme de policial, mas fora do trabalho, é básico e um pouco fora de moda. Madureira (Henri Castelli) ostenta o típico estilo de lutador, com short próprio do muay thai e camiseta. Quando não está dando aula, o visual é simples, mas charmoso – usa bastante bermuda, calça de moletom e jaqueta jeans. O diferencial de Madureira está no corte de cabelo. “Ele usa uma listra raspada ao lado, uma referência que encontrei na luta e em pessoas de Caxias”, conta Marcelo Dias, responsável pela caracterização da trama.

O conceito da caracterização como um todo busca se aproximar o máximo possível da realidade e quase não usar maquiagem. Rita (Alanis Guillen) é a personagem que tem menos produção por ser muito simples. “É como uma pedra bruta. Nem na sobrancelha eu mexi. A maquiagem é praticamente zero, até para ressaltar a beleza e luminosidade dela. A Rita só pensa em encontrar a filha, ela nem se dá conta de que é bonita”, contextualiza. Em relação aos cortes de cabelo, Marcelo ousou apenas nos rapazes da Baixada e em Martinha, que usa os fios bem curtinhos e escuros, com a nuca geométrica. O supervisor de caracterização diz que, de uma forma geral, o visual está de acordo com o que combina melhor com ator e personagem. “Nas periferias, quase todo mundo gosta de ser diferente. Já, na Zona Sul, o melhor é passar despercebido. Apenas na Martinha eu fugi dessa concepção”, conta.


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