“Não recomendada para menores de 14 anos”.
O Ministério da Justiça (MJ), por meio da Coordenação de Política de Classificação Indicativa, revelou que fez uma nova avaliação e tomou uma decisão definitiva sobre a classificação indicativa de A Favorita, do Vale a Pena Ver de Novo. A pasta desconsiderou as “desculpas” da Globo.
Ficou acertado que a emissora deve manter a classificação indicativa atribuída à obra de João Emanuel Carneiro para “não recomendada para menores de 14 anos”, por conter cenas de violência, conteúdo sexual e de drogas ilícitas.
Há algumas semanas, a emissora carioca chegou a enviar um texto ao órgão do governo Bolsonaro destacando os motivos pelos quais o folhetim deveria ser classificada como “não recomendado para menores de 12 (doze) anos”.
Entre outras coisas, a Globo apontou A Favorita como uma produção que é uma “mistura de comédia, com certo suspense”.
"Não obstante ser uma obra de ficção sem nenhum compromisso com a realidade, aborda temas como amor, dinheiro, ética, mas sem deixar também de abordar assuntos relevantes como morte, violência, preconceito e demais questões do cotidiano”, ressaltou o texto do canal.
A Globo ainda afirmou que a versão no ar no Vale a Pena Ver de Novo não é a integral da obra, mas sim uma “versão editada dia após dia”: “Sofre naturalmente cortes em seu conteúdo, visando adequá-la ao espaço de tempo de duração do Vale a Pena Ver de Novo, além da adequação ao seu público-alvo”.
O discurso, porém, não convenceu o Ministério da Justiça.