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Gabriela Loran, a Luana de "Cara e Coragem", quer fazer papéis sem estigma na dramaturgia

Gabriela Loran quer papeis sem estigma na dramaturgia: 'Não quero ficar limitada a personagens trans'

por Micael Constantino, em 27/01/2023

Gabriela Loran, a Luana de "Cara e Coragem", quer fazer papéis sem estigma na dramaturgia

Janeiro é o mês da Visibilidade Trans. A data, celebrada no dia 29/1, debate o direito das pessoas trans e travestis. Para Gabriela Loran, que acaba de dar vida a Luana de Cara e Coragem e escolheu as Artes Cênicas como profissão, o importante é mostrar que, enquanto atriz, ela quer fazer todos os personagens possíveis que a carreira oferece

Gabriela sonha com papeis marcantes e que não a estigmatizem como trans, assim como foi Luana, um presente, segundo ela.

“Ser trans é minha condição de vida. Eu nasci e vou morrer assim. Enquanto atriz posso viver todos os personagens possíveis. Não quero ficar limitada só a personagens trans, que não sabe se pode ir ao banheiro, se vai contar que era trans... Não!"

"Quero problemáticas como as da Luana, que estava ao lado de uma personagem gigantesca (a Clarice, vivida por Taís Araujo). Auxiliando, sendo cúmplice dela, com uma participação decisiva na novela.”

“Quando assisto Juliana Paes em Pantanal... Aquela cena da morte da Maria Marruá é muito potente! Me pergunto: será que algum dia vou poder fazer uma cena tão forte quanto essa? Porque é para isso que estudei. Sou formada em Artes Cênicas, quero viver essas personagens. Não quero viver no raso. Quero profundidade", contou.

Primeira atriz trans de "Malhação - Vidas Brasileiras" na temporada de 2018, Gabriela se diz grata as suas conquistas e também a tudo que lhe é ofertado. Só que ela quer mais. “A gente não pode se satisfazer com pouco. Senão, o pouco que a gente tem é retirado da gente. Tivemos quatro pessoas trans eleitas (as deputadas federais Erika Hilton (PSOL -SP) e Duda Salabert (PDT-MG), e as deputadas estaduais Linda Brasil (PSOL), e Dani Balbi (PCdoB) e isso é muito grandioso na política. Porque é isso: medidas públicas para pessoas trans só vão efetivamente acontecer quando tivermos representatividade dentro do Planalto”.


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