Cristiane Cardoso assumiu a direção de dramaturgia da emissora.
Segundo informações do jornalista Gabriel Vaquer, do Notícias da TV (UOL), a Record TV está sendo acusada de preconceito religioso após uma série de demissões de autores consagrados que se recusaram a dedicar suas carreiras escrevendo exclusivamente novelas bíblicas.
Emílio Boechat, Camillo Pelegrini, Joaquim Assis, Cristiane Fridman e Paula Richard foram alguns dos rejeitados por não seguirem a religião do dono da emissora, Edir Macedo.
Desde 2021, Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, passou a comandar a produção de novelas da emissora. Anteriomente, ela já mexia livremente nas sinopses e mandava mudar diálogos para que estejam de acordo com a ideologia da Igreja Universal.
"O que esperar de uma emissora que entregou a dramaturgia nas mãos de amadores cujo compromisso é apenas divulgar os dogmas de uma igreja específica?", questionou Emílio Boechat nas redes sociais.
"A saída de todos esses profissionais --entre os quais, a reclamante--, ao que tudo indica, é fruto da intolerância religiosa da Sra. Cristiane Cardoso que, na tentativa de formação da sua 'nação cristã', retirou todos os roteiristas de outras denominações religiosas e segue substituindo outros profissionais da cadeia do audiovisual, com base em parâmetros idênticos.", afirma Paula Richard que processa a Record TV e pede cerca de R$ 5,6 milhões de indenização.
Após as demissões, as últimas novelas da Record TV passaram a ser escritas por Cristiane. Até o momento, o canal não tem nenhum autor reservado para desenvolver sinopses inéditas.
A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa.
Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação a acusação sofrida hoje.