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Além da Ilusão: Heloísa e Olívia, enfim, se descobrem mãe e filha

A autora Alessandra Poggi e o diretor artístico Luiz Henrique Rios comentam um dos momentos mais esperados da trama.

por Redação, em 28/06/2022

Além da Ilusão: Heloísa e Olívia, enfim, se descobrem mãe e filha

Em sequência prevista para ir ao ar a partir de quinta-feira, dia 30, em ‘Além da Ilusão’, os espectadores que acompanham a novela irão se emocionar com a entrega das atrizes Paloma Duarte, Patricia Pinho e Debora Ozório em cena. A revelação sobre a verdadeira mãe de Olívia (Debora Ozório) se dá a partir da busca incessante de Leônidas (Eriberto Leão) pelo paradeiro da menina, que ele sempre acreditou estar viva. No entanto, mesmo tentando convencer a amada Heloísa (Paloma Duarte) de que encontraria a jovem em breve, as esperanças dela eram nulas e o sofrimento aparente, impedindo até mesmo que o amor deles fosse vivido intensamente. 

Mas os dias nublados estão prestes a acabar. Após descobrir que o sangue de Olívia era diferente do tipo sanguíneo dos pais que a criaram, e ver a menina com o outro par de sapato que sua mãe biológica guarda há anos, Leônidas conclui que Olívia é sim a filha perdida de Heloísa. A pressa de promover o encontro urge, mas ele sabe a importância da conversa acontecer de mãe para mãe e sugere que Fátima (Patricia Pinho) faça isso o quanto antes, ou ele mesmo será o responsável por dar a notícia. A dona do armazém da Vila fica arrasada com a possibilidade da filha deixar de amá-la, mas como mãe, consegue se aproximar um pouco da dor de Heloísa ao longo dos 24 anos longe da menina, e decide contar toda a verdade para ela, levando consigo o sapatinho. O encontro é revelador e emocionante. 

Veja as entrevistas abaixo:

Entrevista com Luiz Henrique Rios

A novela está na reta final, mas parece que começou agora, de tantos acontecimentos novos surgindo, participações especiais, etc. O público tem gostado muito da trama. Como você acompanha essa repercussão e a que credita esse sucesso, além da sua direção, claro?

‘Além da Ilusão’ é uma novela muito especial. Ela trata de muitos temas, e consegue fazer isso dentro de um lugar de muita humanidade. A gente construiu uma história em que a emoção é o fio condutor. A Alessandra [Poggi], ao escrever ‘Além da Ilusão’, trabalhou com um conjunto muito grande de arquétipos. E esses personagens e situações são sempre muito surpreendentes, apesar de parecer que a gente já viu isso o tempo todo. É engraçado fazer uma novela tão clássica e tão moderna. Acho que o sucesso da novela está na possibilidade que tivemos de construir uma narrativa muito simples para uma história muito sofisticada, causando no público uma sensação de identificação e de proximidade muito grande. Como os personagens são muito ricos e os atores são muito especiais, está funcionando bem.  

A descoberta de Heloísa e Olivia sobre a mãe verdadeira da jovem é um momento muito esperado pelo público que acompanha a trama. Foi um momento de muita emoção no set. Como você se preparou para gravar a sequência?  

Eu acho que tanto os atores quanto um diretor sabem que terão que enfrentar um grande desafio, que é descobrir algo que já se sabe. As duas atrizes estavam muito ansiosas para se encontrarem e poder trocar entre elas um lugar de muita verdade. A Heloísa, por estar ali na frente da Fátima, descobrindo que sempre esteve ao lado da filha e percebendo naquela mulher não uma inimiga, mas uma companheira. E a Fátima, pelo constrangimento de ter vivido tanto tempo ao lado da mãe verdadeira da filha adotiva sem saber de nada. Esse lugar da surpresa era o que me interessava que acontecesse na cena, então, me preparei primeiro para ouvir muito o que elas estavam sentindo; permiti uma marca que as deixasse o mais livres possível para poder sentir; e provocando nelas um estado de alteração positivo, ou seja, um lugar em que essa descoberta pudesse se dar naquele momento, para que uma pudesse olhar para a outra e viver seus constrangimentos, suas aflições, alegrias e dores ali, de maneira intensa, não como duas atrizes, mas como duas personagens. Acho que conseguimos isso de uma maneira bem bacana. Elas ficaram muito felizes, e eu saí esse dia muito feliz.

Eu estive no set acompanhando o momento em que Heloísa descobre que Olívia é sua filha e me emocionei muito. O que o público pode esperar desse momento?

Algo surpreendente. Acho que quando você tem uma situação, uma história de muita expectativa, ou que de alguma maneira cria ideias pré-concebidas – ‘como será? Como vai acontecer?’ –, a gente tenta que aconteça algo surpreendente. E acho que foi isso o que aconteceu. Algo surpreendente.

A Fátima não sabia que o bebê era da Heloísa, e será a partir dela que Heloísa saberá de toda a verdade. A conversa de mãe para mãe deu um tom especial para a revelação, e as atrizes Patrícia Pinho e Paloma Duarte entregaram tudo em cena. Vi o seu cuidado na direção, levando as atrizes à emoção máxima no ‘gravando’ e temos visto a alegria da equipe e do elenco com o trabalho. Para você, como líder desse grupo, como tem sido a parceria com o elenco e o que você falaria sobre essas duas atrizes em especial, neste momento da trama?

Desde o início eu tentei construir nessa novela, nesse trabalho, um lugar em que eu, como diretor, fosse o mais próximo possível dos atores, mais acessível e, ao mesmo tempo, tivesse uma escuta muito grande; eu diria até que construí uma escuta privilegiada para com eles – tanto eu quanto os meus diretores. Acho que estamos levando muito a sério esse lugar de que a criação é um trabalho coletivo, de colaboração. 

Debora Ozório é uma jovem atriz que se destacou também na novela. Como tem sido o trabalho com ela? Que conselho daria para o futuro dela como atriz?

A Débora é uma pessoa incrível. É uma atriz de muita intuição, muita sabedoria, e uma jovem mulher descobrindo esse lugar de ver o mundo; e ela entrega essa magia de descoberta em todas as cenas. Tem sido um prazer vê-la. Eu já vinha acompanhando o trabalho dela desde o primeiro que ela fez aqui na televisão, e quando eu pude convidar e tê-la na minha equipe, fiquei muito satisfeito. Para uma atriz com esse nível de qualidade, eu só tenho duas coisas a dizer: estude muito e vivencie muito, porque eu acho que o ator precisa viver intensamente para poder representar esses tantos seres que habitam nele e que ele observa no mundo. 

E sobre a parceria com a Alessandra Poggi, que balanço você faz desse trabalho?

Acho que foi um encontro cármico. Nós não nos conhecíamos muito bem; já tínhamos nos visto algumas vezes, mas nunca trabalhamos juntos diretamente e não tínhamos intimidade. E, ao longo desses quase dois anos de trabalho, desenvolvemos um lugar de muita troca, muito respeito, um encontro muito bonito, em que eu a admiro muito, de verdade, acho que o que ela tem e entregou nessa novela, o que ela conseguiu inventar nesse universo, esses personagens, a maneira com que essa história foi desenvolvida, é algo muito lindo, bacana e bem urdido; por outro lado, eu acho que ela nutre por mim e pelo menu trabalho muita admiração e muito respeito. Acho que tem sido uma experiência absolutamente prazerosa, um encontro muito frutífero, e uma linda amizade que temos desenvolvido e cultivado.  

Entrevista com Alessandra Poggi

 A novela está na reta final, mas parece que começou agora de tanto acontecimento novo surgindo, com participações especiais e etc. O público tem gostado muito da novela. Como você acompanha essa repercussão? A que credita esse sucesso, além do seu texto, claro?

A meu ver, o sucesso da novela também se deve ao esforço coletivo de toda a equipe que trabalha para colocá-la no ar: elenco, diretores, produtores, caracterizadores, figurinistas, cenógrafos, editores, equipe técnica, e até mesmo o trabalho de divulgação. É uma engrenagem azeitada que funciona de maneira orgânica, em que todos os envolvidos estão felizes. Isso transborda da tela, o público de alguma forma sente o prazer que temos de realizar essa novela. E a partir de agora, todas as tramas começam a caminhar para um clímax, com as grandes revelações esperadas pelo público acontecendo, antes dos desfechos finais. O público pode esperar fortes emoções nas próximas semanas. 

A descoberta de Olívia e Heloísa sobre a mãe verdadeira da jovem é um momento muito esperado pelo público que acompanha a trama. Você, como mãe, se emocionou escrevendo o texto dessa sequência?

Com certeza. Tenho dois filhos, Deus me livre ter tido um deles arrancado dos meus braços recém-nascido. A dor de Heloísa é imensa, uma ferida que não cicatriza nunca. Foi muito emocionante escrever a cena em que Heloísa descobre a verdade, revelada pela própria Fátima. Uma mãe contando para outra. A dor de Fátima, que até pouco tempo não sabia da verdade, também é imensa, e ela também sofre com essa revelação. Aliás, é importante falarmos da dor de Fátima. É como se ela estivesse abrindo mão da própria filha. Escrevi com lágrimas nos olhos. E o encontro de Olívia e Heloísa, já sabendo que são mãe e filha, ficou lindo demais.

Chegou a assistir às cenas já gravadas? Estive no set acompanhando o momento que Heloísa descobre que Olívia é sua filha e me emocionei muito. O que o público pode esperar desse momento?

Não assisti às cenas gravadas. Vou assistir com o público. Mas podemos esperar fortes emoções, um misto de alívio e felicidade, choro e riso, tudo junto e misturado. 

Fátima não sabia que o bebê era de Heloísa e será a partir dela que Heloísa saberá toda a verdade. A conversa de mãe pra mãe foi pensada de uma maneira especial por vocês?

Sim. Quem descobre a verdade é Leônidas, mas ele entende que quem precisa contar para Heloísa é Fátima. Ele entende que essa é uma conversa de mãe para mãe. Então ele deixa esse momento para as duas. Fiz essa escolha porque, a meu ver, ficaria muito mais bonita e emocionante a cena -  uma mãe revelando pra outra que criou sua filha. A dor das duas – uma ganhando a filha de volta e a outra perdendo – mais comovente, mais dramático e mais forte. 

As atrizes Patricia Pinho e Paloma Duarte entregaram toda a emoção pra cena. Chegou a conversar com elas antes da gravação? Há esse contato com o elenco?

Alguns atores costumam conversar comigo antes de cenas mais impactantes. Nesse caso, não conversamos. Elas foram em cima do texto apenas, contando com o apoio da preparadora de elenco Maria Beta Perez e da direção do Luiz Henrique Rios. 

O diretor artístico Luiz Henrique Rios foi o responsável pela direção dos atores na cena da conversa entre Fátima e Heloísa. Como citei, foi muito emocionante. Vocês conversaram antes da gravação ou ele ficou livre pra fazer da maneira que entendeu o seu texto?

Nós dois sempre conversamos sobre a novela, sobre as intenções e os rumos dos personagens. No caso dessa cena, em específico, não conversamos antes. Ele foi inteiramente em cima do próprio entendimento do texto, o que aliás ele vem fazendo com muita primazia. Luiz Henrique, desde o primeiro capítulo, compreendeu o que eu pretendia com a novela e a realiza do jeitinho que imaginei.

O que você diria para as duas atrizes se pudesse declarar sua admiração pelo trabalho que elas têm apresentado?

Diria que elas estão maravilhosas. Patricia Pinho num papel dramático, depois de muitos trabalhos no humor, emociona como a mãe adotiva que nunca teve coragem de contar a verdade à filha com medo de perdê-la, mas que ao mesmo tempo vai entender a dor de Heloísa, quando descobrir que Olívia é a filha perdida da patroa. E Paloma Duarte com uma personagem tão forte, com tantas camadas, que vive a culpa de ter traído a irmã e engravidado do cunhado, que abriu mão da filha pra guardar aquele segredo, que não se permite ser feliz por conta disso. Está brilhando! As duas estão de parabéns.

Debora Ozório é uma jovem atriz que se destacou também na novela. O público pode esperar uma virada da personagem após a descoberta de que sua mãe é Heloísa?

Olívia é uma jovem amável que foi criada com muito amor pela família adotiva. Ela vai conseguir se colocar no lugar dos pais e vai tentar se equilibrar entre as duas famílias. Ela é muito doce e generosa.

E sobre Debora, o que diria? Que conselho daria para o futuro dela como atriz?

Débora é muito talentosa. Ela consegue dar à Olívia, ao mesmo tempo, uma doçura e uma força impressionantes. Meu conselho é que ela confie no imenso talento que tem e continue nos brindando com seu belo trabalho.

Benê escondeu o segredo da esposa e foi fiel ao patrão Afonso e a Matias, que sempre soube onde a filha estava, durante todos esses anos. A esposa e a mãe verdadeira de Olívia nunca desconfiaram do parentesco com a família do Engenho. Como surgiu essa história? Você se baseou em algum fato real? 

Quando imaginei que Heloísa teria uma filha tirada dos braços pelo próprio pai, pensei que essa menina já devia estar entre os moradores do engenho desde o início da novela. Imaginei também que o coronel, por mais raiva que tivesse, não iria entregar a neta pra qualquer pessoa. Iria querer acompanhar de perto sua criação. Portanto veio a ideia de que ele entregaria a menina ao capataz da fazenda, seu homem de confiança.

A sequência vai mostrar também a importância da adoção, pois Olívia foi muito amada pelos pais adotivos. E quando souber a verdade ela continuará amando essa família. Qual a importância da adoção pra você?

Acho a adoção um dos maiores atos de amor de um ser humano. Criar o filho de outra pessoa como sendo seu, dar uma família a uma criança, dar amor àquele que foi abandonado, preterido, é preciso ter um coração de ouro, é preciso ser muito generoso. Essa é minha homenagem a esses verdadeiros anjos da guarda.

Entrevista com Patricia Pinho

A novela está na reta final e o público tem gostado muito da novela. Como você acompanha essa repercussão? E como vê essa relação do público com a personagem? Você acompanha nas redes? Recebe o carinho das pessoas quando sai na rua?

É uma novela muito bonita, romântica e feminina. Amo a torcida por Euleta, os memes da Dorinha e estou surpresa com a repercussão do meu trabalho em cenas de maior emoção. A Fatima é uma supermãe. Rendeu muitos elogios e muito apoio de amigos da classe, de atores. Estou recebendo uma chuva de amor. 

Foto: TV Globo/Cadu Pilotto

A descoberta de Olívia e Heloísa sobre a mãe verdadeira da jovem é um momento muito esperado pelo público que acompanha a trama. Você, como mãe, se emocionou lendo o texto dessa sequência?

Imagine uma mãe que buscou a filha por 24 anos sem parar! Nem posso imaginar essa dor! Finalmente ela descobre que a menina esteve ao seu lado o tempo todo. Bem cuidada. Cercada de amor. De uma certa forma, também é um alívio. 

Estive no set acompanhando o momento em que Heloísa descobre que Olívia é sua filha e me emocionei muito. O que o público pode esperar dessa sequência?

Paloma é uma atriz muito visceral, generosa, e sua Heloisa é um encanto. Todos amamos e torcemos pela personagem. A Fatima por sua vez é uma mulher correta. Mesmo correndo o risco “de perder” sua filha, ela vai revelar a verdade para acabar com o sofrimento daquela outra mãe. Me lembra o Círculo de Giz Caucasiano - de Bertold Brecht. “A verdadeira mãe é aquela que não pode fazer a criança sofrer”. Nesse caso, as duas mães.  

Você e Paloma Duarte entregaram toda a emoção pra cena. Chegou a conversar com ela antes da gravação? Ou deixaram pra hora do gravando?

Conversamos que Fatima também era uma vítima daquela situação. E quando gravamos as cenas de Heloísa cuidando de Fatima com malária, foi surgindo uma “gratidão” por essa mulher que cuidou de sua filha com tanto amor. A partir disso, deixamos fluir a emoção, a escuta cênica e foi muito lindo. Um profissionalismo muito delicado. 

O diretor artístico Luiz Henrique Rios foi o responsável pela direção na cena da conversa entre Fátima e Heloísa. Vocês (você e Luiz) conversaram antes da gravação ou ele te deixou livre pra fazer da maneira que entendeu o texto?

Luiz Henrique quando me convidou para viver essa personagem foi de uma gentileza tamanha! Ele pediu que eu “entrasse com tudo, não pedisse licença para atuar, não me intimidasse”. Então eu disse a ele: “vou entrar nesse projeto com todo o meu coração”. E assim tem sido em todas as cenas.  Eu venho do teatro, eu manifesto a minha emoção, minha opinião e meus sentimentos. Vou para o set para jogar com meus colegas. 

Fátima não sabia que o bebê era de Heloísa e será a partir dela que Heloísa saberá toda a verdade. A conversa de mãe pra mãe foi pensada de uma maneira especial pela autora. Como foi gravar o momento da conversa entre Heloísa e Fátima?

Um prazer. Ator é um bicho doido né? Quando a gente sofre em cena e se emociona com o que está vindo da outra atriz e essa energia acontece, parece mágica. É um gozo! Eletrizante. 

O que você diria para Paloma Duarte e Debora Ozório se pudesse declarar sua admiração pelo trabalho que elas têm apresentado?

Paloma é gênia, talvez a melhor atriz da nossa geração hoje. Impecável a sua atuação. Debora é o futuro! Além de excepcional atriz, inteligente e crítica, é uma parceira adorável! Conversamos sobre trabalho e sobre nós. Nos apoiamos. Eu não teria conseguido atuar assim se não existisse essa troca e amor. Sou louca por ela. Nem quero pensar que vamos deixar de nos ver. 

Como tem sido a parceria com elas em cena? E a parceria com Claudio Jaborandhy? Alguma curiosidade de bastidor?

Duas grandes atrizes. Generosas e que gostam de jogar em cena. Do nosso ofício. Claudio tem muita força e é incrível. Mas preciso falar de Jayme Matarazzo! Amor da minha vida! Um lorde! Ele tem cabeça de diretor, bate cena com as colegas, troca muitas experiências, ouve, é carinhoso! Um luxo contracenar com ele. Por isso o Tenório tem essa alma tão nobre. 

O público pode esperar uma virada da personagem?

Com certeza. A Fatima submissa ao marido vai dar lugar para a dona da mercearia. Mulher trabalhadora, que faz questão de estar ao lado da filha nos momentos mais difíceis. Ela ganha essa força depois de enfrentar o Benê. 

A sequência vai mostrar também a importância da adoção, pois Olívia foi muito amada pelos pais adotivos. E quando souber a verdade ela continuará amando essa família. Qual a importância da adoção pra você?

Difícil julgar uma mãe que abre mão da própria filha porque muitas vezes foi tomada pelo desespero de querer que essa criança sobreviva, sem que ela tenha como cuidar. Muitas mulheres não têm apoio nenhum e não conseguem criar seus filhos. Outras mulheres simplesmente não querem ser mães.  E essas crianças também merecem ter amor, ter um futuro. Ter dignidade. A Carla Cristina - que faz a Felicidade - apoia um abrigo de crianças. Há muitas maneiras de ser mãe.

Entrevista com Paloma Duarte

A novela está na reta final e o público tem gostado muito da trama. Como você acompanha essa repercussão? E como vê essa relação do público com a personagem? Você acompanha nas redes? Recebe o carinho das pessoas quando sai na rua?

Acompanho nas redes e nas ruas. Tem sido incrível! A novela é sucesso e o público sempre diz uma frase que me emociona: Fazia tempo que não acompanhava uma novela inteira! 

Foto: TV Globo/Cadu Pilotto

A descoberta de Olívia e Heloísa sobre a mãe verdadeira da jovem é um momento muito esperado pelo público que acompanha a trama. Você, como mãe, se emocionou lendo o texto dessa sequência?

Me emocionei muito sim, é uma sequência linda.

Chegou a assistir às cenas já gravadas? Estive no set acompanhando o momento em que Heloísa descobre que Olívia é sua filha e me emocionei muito. O que o público pode esperar dessa sequência?

Ainda não assisti, só verei no ar. O público pode esperar assistir aos atores totalmente entregues, entrelaçados.

Você e Patricia Pinho entregaram toda a emoção pra cena. Chegou a conversar com ela antes da gravação? Ou deixaram pra hora do gravando?

Só conversamos no set, em cena. Cada uma de nós estava totalmente carregada de suas emoções, seus medos, alegrias, dores. Qualquer assunto fora do set era desnecessário (risos) , quiçá até atrapalharia.

O diretor artístico Luiz Henrique Rios foi o responsável pela direção na cena da conversa entre Fátima e Heloísa. Vocês (você e Luiz) conversaram antes da gravação ou ele te deixou livre pra fazer da maneira que entendeu o texto?

Esse era um dia muito pesado de cenas pra mim, gravei falando da gravidez da Helô e as primeiras reações dela a isso que não eram simples, além da sequência com Fátima. Enfim, um dia de contradições orgânicas… Luiz sabia que estaria uma pilha (risos), e veio como maestro que é. Me conduziu com muito amor e delicadeza. Luiz é um diretor completamente apaixonado por seus atores, vive junto conosco nossas emoções. É muito especial.

Fátima não sabia que o bebê era de Heloísa e será a partir dela que Heloísa saberá toda a verdade. A conversa de mãe pra mãe foi pensada de uma maneira especial pela autora. Como foi gravar o momento da conversa entre Heloísa e Fátima?

Foi um misto de alívio , alegria, raiva, gratidão. Porque Heloísa passou 24 anos sem saber que a filha estava logo ali. Nada na Helô é fácil, a Alessandra me deu uma das mais complexas personagens da minha carreira.

O que você diria para Patricia Pinho e Debora Ozório se pudesse declarar sua admiração pelo trabalho que elas têm apresentado?

Obrigada! Muito obrigada!

Como tem sido a parceria com elas em cena? E a parceria com Malu Galli? Alguma curiosidade de bastidor?

Nada do que eu fale ou escreva será suficiente pra falar da Malu "Deusa" Galli. É uma potência de mulher e atriz. É para a vida toda. Nós nos chamamos de “irmã “ desde a preparação da novela - e somos. Depois da Heloisa, Malu foi o maior presente que esse trabalho me deu. Tem sido ótima, a vibe nesse elenco é muito boa. Gravo menos com Patricia, mas é sempre bom. Com Debora é uma caso de AMOR mesmo, temos um temperamento que casa muito. E acho incrível ver uma atriz na idade dela com tanto compromisso com a arte. Até caderno de continuidade emocional nós duas fazemos (risos), somos farinha de um mesmo saco.

O público pode esperar uma virada da personagem?

Sim. Helô vai escolher a alegria já já.

Entrevista com Debora Ozório

A novela está na reta final e o público tem gostado muito da novela. Como você acompanha essa repercussão? E como vê essa relação do público com a personagem? Você acompanha nas redes? Recebe o carinho das pessoas quando sai na rua?

 Acompanho através das mídias sociais o que acaba chegando em mim naturalmente. O público está bem envolvido, é muito especial a troca e adoro receber o carinho das pessoas que me encontram. E o objetivo é esse, sempre alcançar as pessoas com as histórias que contamos.

A descoberta de Olívia e Heloísa sobre a mãe verdadeira da jovem é um momento muito esperado pelo público que acompanha a trama. Você, como filha, se emocionou lendo o texto dessa sequência?

Com certeza! A maternidade por si só já é emocionante. A trama dos personagens está muito bem desenvolvida e esse momento é muito esperado. 

Chegou a assistir às cenas já gravadas? Estive no set acompanhando o momento que Heloísa descobre que Olívia é sua filha e me emocionei muito. O que o público pode esperar dessa sequência?

Não! Ainda não assisti nada. Estou supercuriosa. É um momento muito marcante pra novela, fizemos com muito amor e entrega. Acredito que o resultado será lindo. 

Como foi gravar o momento do reencontro de Olívia com Heloísa, já como filha e mãe?

Paloma é uma atriz feroz e eu fui aberta para jogarmos juntas em um momento que esperamos muito para acontecer. Desde a preparação a gente se comunicava no olhar. É uma cena que envolve muito da trama e resolve um conflito importante para ambas as personagens. Foi emocionante! Nos jogamos sem pensar. Agora é aguardar para assistir. 

O diretor artístico Luiz Henrique Rios foi o responsável pela direção dos atores na cena da conversa entre Fátima e Heloísa. A sua cena com a Paloma foi com ele também? Vocês conversaram antes da gravação ou ele te deixou livre pra fazer da maneira que entendeu o texto?

O Luiz Henrique é um diretor que eu desejo ter muitos encontros. Dentro de mil coisas, ele lida com afeto e ainda tem um olhar especial para dramaturgia. Ser dirigida por ele é realmente diferente. A minha cena de reencontro com a Paloma foi dirigida pelo Jeferson D, que é um superprofissional e cuidadoso. Toda a equipe de direção é muito disponível para a troca, então conversamos bastante sempre, mas também temos liberdade para criar.  

O que você diria para Paloma Duarte e Patricia Pinho se pudesse declarar sua admiração pelo trabalho que elas têm apresentado?

Trabalhar com pessoas queridas sempre colabora para um resultado e execução positiva. Por um longo período meu núcleo familiar foi a Pati (Patricia) Pinho e o Jaborandhy (Claudio), e essa dupla tem todo meu amor, fizemos um trabalho de muita parceria juntos, muito unidos. Sempre recebi muito amor da Pati e demos risadas demais, fomos conhecendo uma a outra e usamos disso para nos ajudar cenicamente. Guardo a Patrícia com amor. A Paloma é um caso de admiração absurda e de uma troca marcante pra mim. Uma atriz grandiosa que tive o privilégio de trabalhar e ter cenas especiais. A Paloma é gigante e me deu realmente colo de mãe. Ela é um presentão! 

Como tem sido a parceria com elas em cena? E a parceria com Jayme Matarazzo e Claudio Jaborandhy? Alguma curiosidade de bastidor?

O Jayme Matarazzo é um parceiro muito generoso, sempre disponível, construímos um trabalho no detalhe com muita sensibilidade e cumplicidade. Um grande braço direito e amigo. Pra mim, Claudinho Jaborandhy é um ator imenso. A gente se ama muito, cuida um do outro e ele mora no meu coração. Tenho muito respeito pelos meus companheiros de cena. 

O público pode esperar uma virada da personagem após a descoberta de que a mãe verdadeira de Olívia é Heloísa?

Sem dúvidas é um conflito que mexe na estrutura da trama e que naturalmente pode trazer outros acontecimentos. A Olívia é muito fiel e convicta dos sentimentos e não seria diferente com esse encontro. 

A sequência vai mostrar também a importância da adoção, pois Olívia foi muito amada pelos pais adotivos. E quando souber a verdade ela continuará amando essa família. Qual a importância da adoção pra você?

Acredito que o amor tem muitas maneiras. A adoção é uma delas. Muito bom dar visibilidade e falar sobre algo que muda a vida de tanta gente. 

"Além da Ilusão" é criada e escrita por Alessandra Poggi, com direção artística de Luiz Henrique Rios. A obra é escrita com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber. A direção geral de Luís Felipe Sá e direção de Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark. A produção é de Mauricio Quaresma e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
       
Com informações da Comunicação Globo.


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