As emoções do primeiro episódio da temporada.
Àqueles tristes com a 4ª temporada do The Voice Brasil, sorriam, pois o melhor reality musical brasileiro dos últimos anos está de volta, ainda que de maneira bastante irregular. Poucas foram as mudanças para o 3º ano do programa, mas a adição de Daniela Mercury (sim, aquela que quase eliminou Kita ano passado só pra causar) e o novo horário de exibição, agora no domingo à tarde, trouxeram um ar bastante diferente ao programa.
Um dos aspectos que sempre deixou, a meu ver, o Superstar à frente do seu irmão de emissora, é o fato de o programa sempre ter esse foco em trabalhos originais, próprios dos grupos que estão ali mostrando o seu trabalho, enquanto que o programa das cadeiras giratórias sempre pareceu mais focado em chamar a audiência do que realmente revelar talentos. Em minha humilde opinião, foi o excesso de covers, não tão bons, que fizeram o Superstar fazer a sua pior estreia de temporada até agora.
A adição de Daniela Mercury à bancada ainda não se mostrou um grande acerto para o programa, mas para nós, meros telespectadores, simplesmente já a amamos só por ela votar “não” por engano e por parecer mais perdida que cego em tiroteio durante essa primeira semana. Alguns comentários até foram bem dignos (cof cof colados de Sandy, cof cof), mas esperarei até mais algumas semanas para analisar melhor a situação, pois para quem já não lembra, nem mesmo Sandy me ganhou de primeira.
Já Paulo Ricardo continua aquele a toa que foi durante boa parte da temporada passada. Tenta soltar algumas frases de efeito, muitas delas fora de hora, vota aleatoriamente e sempre consegue me fazer achar seus motivos para votar em quem eu odiei justos. E aí, temos Sandy. Nem Scalene, nem Kita. A jurada foi a grande revelação da 2ª temporada do programa e o seu julgamento mais “morno” (para não dizer frio mesmo) foi um dos maiores indicativos de que a estreia poderia ser muito melhor.
Por fim, temos Fernanda Lima, mais linda e mais bem vestida do que nunca, que conseguiu o premio de ficar mais perdida no palco que Daniela Mercury na bancada em determinado momento. Fernando continua bem segura na sua posição e sendo uma indumentária de palco linda de ficar olhando quando Daniela e Paulo Ricardo falam as suas usuais bobagens. E claro, que ainda temos o meu objeto de bulling maior da temporada passada: RAFA BRITES, KDÊ TU, GURIA?
Não me entendam mal, Rafa Brites é uma fofa e bebe um pouco da mesma água de Fernanda Lima no que diz respeito à apresentação do programa. Sem mais delongas, vamos às bandas aprovadas da semana
7) As Katarinas - Medley Funk Melody (a.k.a pop brasileiro)
Não vou mentir. Em menor ou maior escala, adoro um pouco todos os artistas das musicas cantadas. Até mesmo a antipática da Anitta. Mas o problema de juntas tantas músicas em um curto espaço de tempo implica em uma salada mista na cabeça do público. Pelo menos foi o que aconteceu comigo. Quando eu começava a me acostumar com a versão delas de uma música, elas mudavam. E como se isso só não fosse suficiente, tivemos ainda uma performance vocal fraquíssima mascarada por uma presença de palco até decente. Estilisticamente, elas tem tudo pra ser favoritas, já que mesmo antes de o Brasil ser o “País do Futebol”, é o país do funk. Os 77% conquistados são prova disso.
PS: Mesmo não gostando, votei “sim” pois quero loucamente vê-las cantando Rouge nesse programa. Me julguem a vontade.
6) 161 - Quando a Chuva Passar (Ivete Sangalo)
Reinventar um arranjo é sempre difícil e quando é bem executado, deve ser exaltado. E aqui o farei. O arranjo mais puxado para o rock dessa clássico que 11 em cada 10 brasileiros já ouviram foi bem executado sim, mas vocalmente, essa performance foi de doer. A simplicidade (e ao mesmo tempo, a grandiosidade) dos vocais de Ivete Sangalo foram traduzidas aqui em uma gritaria que em algum nível pode até ter feito sentido para 79% do público votante, mas para mim não. Soou tudo muito desnecessário, tudo mal pensado e desconfortável para mim, como telespectador. Não torço contra pois a audição não foi de todo ruim, mas não foi das melhores primeiras impressões.
5) Os de Paula - Que Mina é Essa (Autoral)
Um dos poucos grupos que trouxe trabalho autoral essa semana foi um dos que mais me chamou a atenção e ao mesmo tempo, um dos que mais me decepcionou. Mesmo achando os primeiros 40 segundos dessa apresentação completamente fora de sintonia entre os próprios membros do grupo, a metade final dessa performance foi uma coisa deliciosa. Um pagode bom demais. Mas não fecharei meus olhos a eles que mostraram que apesar de saberem ser excelentes naquilo que se propõem a fazer, possuem vários defeitos internos a resolver.
4) GrooVI - I’m Still in Love (Sean Paul)
Talvez a escolha musical que menos gostei de todo o episódio. Tecnicamente, percebe-se que o grupo sabe exatamente quem é e o que busca mostrar ao público, o que sempre é um ponto positivo no programa. Mas tendo isso em mente, não consigo não pensar que se essa escolha musical reflete aquilo que o grupo almeja ser, não durará muito na competição (no que depender de mim). Ficou muito claro que a vocalista foi capaz de passear lindamente entre as (várias) regiões vocais que a música cobra do vocalista, mas espero muito mais deles daqui pra frente.
3) Preto Massa - Fumaça (Autoral)
Existe toda uma aura de “isso é experimentação” em torno de Preto Massa (que nome triste, por sinal, hein...). Nada do que vi me passou certeza de que o grupo continuará com aquele estilo até a eliminação, mas mesmo assim tenho que dizer que gostei do que vi. É rock, mas não é rock. E é som de rock, atitude de rock, mas uma intensidade vinda de outro lugar que ainda não consegui determinar. E por me deixar tão intrigado, os deixo em terceiro sabendo que serei apedrejado aí embaixo. Eu facilmente me lembrarei deles até semana que vem, o que não pode ser dito para os outros 4 acima.
2) Turne - Me Esqueça (Autoral)
E a sina de cantores flopados do The Voice Brasil que tentam a sorte no reality irmão continua. Seguindo Maquinho O Sócio (até hoje rio disso), temos agora Luana Camarah. Sim, aquela hiperestimada pela produção e por Lulu Santos que apesar uma audição bastante acima da média e uma batalha respeitável, não fez nada de mais na temporada. Certas coisas nunca mudam e os problemas vocais de Luana são um exemplo disso. A cantora continua tendo grandes problemas para se manter na região grave de sua voz, e uando chega na região aguda, sempre soa estridente e/ou sem refinamento, sem controle vocal. A música é excelente e me fez de fato ir procurar outros trabalhos da banda, mas essa audição em especial, ficou devendo.
1) Alphazimu - Beleza Pura (Caetano Veloso)
Agora sim, tivemos uma excelente audição. Vimos Alpazimu defender tudo aquilo que todos os outros grupos tentaram defender e falharam. Alphazimu conseguiu defender claramente a sua identidade, os vários gêneros musicais dos quais buscam influencias, originalidade e competência. A versão deles de Beleza Pura pode até soar estranha em um primeiro momento, mas ao dar o replay, você consegue entender toda a grandiosidade dessa versão que acabou sendo a minha favorita da semana.
Bem gente, a semana foi tão fria que nem rendeu muito assunto para a coluna, mas ainda tenho uns dois avisos a dar:
- Parece que esse ano, não teremos mais um TOP 24 de grupos, mas sim um Top 18. Por isso, apenas 4 grupos foram aprovados hoje e outros 3 foram para a repescagem (se ela continuar)
- Quanto aos eliminados: Sim, o grupo de forró que abriu a temporada merecia ser aprovado, o que mais uma vez só prova que Daniela abriu essa temporada levando o troféu framboesa de melhor pior jurado de todas. Que ela pelo menos faça a Glória e dê altos memes ao twitter. Até porque já sacamos que a utilidade dela não será muita aqui.
- Supertoy só não passou porque o vocalista era muito ruim, Muito! Se livrem dele que vocês vão longe, meninos!
- Rafa Brites guria... Não, ela não fez nada digno nessa estreia mesmo. Deixa quieto.
E vcs, o que acharam da estreia do Superstar e o que esperam para a temporada? Até semana que vem!