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Veja sete motivos para amar "A Indomada" 25 anos após a estreia

Novela reunia realismo fantástico, cultura nordestina, hábitos internacionais e críticas à sociedade brasileira da época.

por Redação, em 17/07/2022

Veja sete motivos para amar "A Indomada" 25 anos após a estreia

Realismo fantástico, cultura nordestina e hábitos ingleses. Com essa mistura, Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares fizeram um retrato bem-humorado do Brasil em 'A Indomada'. Há exatos 25 anos, no dia 17 de fevereiro de 1997, a novela estreava na faixa das 20h. Foram 203 capítulos e muito sucesso entre os telespectadores.

Relembre a trama

A Indomada’ se passa na fictícia Greenville, cidade do litoral do Nordeste, que fora ocupada por ingleses, e que, por isso, une costumes nordestinos e ingleses. A trama se dá em torno do retorno de Lúcia Helena (Adriana Esteves) para tomar posse da fortuna da família Mendonça e Albuquerque. Mas ela tem que enfrentar as armações de sua tia, a ambiciosa Altiva (Eva Wilma), que tem no deputado corrupto Pitágoras (Ary Fontoura) um aliado. Altiva persegue Zenilda (Renata Sorrah) e as meninas da Casa de Campo, o bordel da cidade, em nome da moral e dos bons costumes. Teobaldo Faruk (José Mayer) se apaixona por Helena, pela semelhança dela com a mãe.

Sotaque único

Os personagens da novela tinham um sotaque único. A mistura do sotaque nordestino com termos em inglês, devido à colonização britânica de Greenville, davam graça e leveza à trama. Altiva, por exemplo, vivida por Eva Wilma, consagrou expressões como “Well”, “Oxente, my God” e “Tudo all right”, que eram repetidas pelas pessoas nas ruas.

Crítica à sociedade brasileira

O personagem de Ary Fontoura, Pitágoras, fazia uma clara crítica à política brasileira. Político à moda antiga, que detém e ama poder, ele manda em Greenville. Tem dinheiro por ser corrupto. É adúltero e cobiça a mulher de um amigo próximo. Não respeita a esposa e nem as filhas.

 Selton Mello como Emanoel
O personagem Emanoel, vivido por Selton Mello, era um dos destaques da novela. Emanoel era um jovem excepcional, inocente, que tinha crises repentinas por não entender o que se passava à sua volta. Era apaixonado por Grampola (Karla Muga). No fim da novela, vira anjo e sobrevoa Greenville.

O Cadeirudo

A cidade de Greenville era assombrada pelo Cadeirudo, uma figura misteriosa, com um andar peculiar, que atacava as mulheres nas noites de lua cheia. No fim da trama, depois de muito suspense, descobriu-se a verdadeira identidade do Cadeirudo. Era Lurdes Maria (Sônia de Paula), umas das beatas da cidade, que, ao lado de Altiva (Eva Wilma), se dedicava a infernizar a vida de Zenilda (Renata Sorrah) e das meninas da Casa de Campo.

Outros tempos...

No início da novela, Zenilda (Renata Sorrah), mulher forte e dona do bordel Casa de Campo, tinha um caso com a contadora Vieira (Catarina Abdala). Mas a história não foi bem recebida pelo público. Isso há 25 anos, o que fez com que os autores investissem no romance de Zenilda com Pedro Afonso (Cláudio Marzo).

Trilha sonora

Como era costume nos anos 90, eram lançados discos (depois CDs) com a trilha sonora das novelas. ‘A Indomada’ teve sua trilha dividida em dois volumes. No primeiro, com Adriana Esteves, a Lúcia Helena, na capa, havia nomes consagrados como Elba Ramalho, Fábio Jr., Sandra de Sá, Djavan, Geraldo Azevedo, Maria Bethânica, Fafá de Belém, Alceu Valença, entre outros. O volume 2 estampava o rosto de Carla Marins, Dinorah, e trazia músicas de Gilberto Gil, Paulo Ricardo, Zé Ramalho, José Augusto, Maurício Mattar e Jorge Vercilo.


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