
A nova versão de "Vale Tudo", escrita por Manuela Dias, promete trazer atualizações relevantes à clássica novela, com novas tramas e personagens mais complexos. A produção substituirá "Mania de Você" no horário nobre da Globo, com estreia prevista para março de 2025, e será o carro-chefe das comemorações dos 60 anos da emissora.
De acordo com informações do jornal O Globo, uma das principais novidades será a inclusão do tema apostas online, que será abordado por meio do personagem Vasco, interpretado por Thiago Martins. Agora com papel ampliado, Vasco será um homem cômico e viciado em apostas digitais, o que afetará sua vida familiar, deixando de prover para o próprio filho.
Na versão original, o porteiro Vasco, vivido por Paulo Rezende, tinha uma função menor e não era envolvido com o tema das apostas. A trama moderniza a questão, refletindo a crescente relevância das apostas online na sociedade atual.
Além disso, a personagem Lucimar, interpretada originalmente por Maria Gladys, também será adaptada. Vivida por Ingrid Gaigher no remake, Lucimar será a mãe do filho de Vasco e terá uma relação de conflito com ele, adicionando mais camadas à narrativa.
Embora o tema das apostas seja uma novidade, jogos de azar já haviam sido explorados na versão original por meio de Lucimar, que era uma apostadora do jogo do bicho e chegou a ganhar uma quantia significativa. O remake promete manter a essência da obra original, mas com abordagens que dialoguem melhor com os dias de hoje.
"Vale Tudo" é a grande aposta da Globo para recuperar a audiência da faixa das 21h, que sofreu com o desempenho abaixo do esperado de "Mania de Você". A novela promete reviver o sucesso do clássico, com um elenco de peso liderado por:
- Taís Araújo como Raquel (a heroína);
- Bella Campos como Maria de Fátima (a vilã);
- Debora Bloch como Odete Roitman (uma das vilãs mais icônicas da história da TV brasileira).
O elenco também inclui nomes como:Renato Góes, Cauã Reymond, Paolla Oliveira, Alexandre Nero, Carolina Dieckmann, Humberto Carrão, Alice Wegmann, Malu Galli, Matheus Nachtergaele, Karine Teles, entre outros.
Sob a direção artística de Paulo Silvestrini, a trama de Manuela Dias busca honrar o legado deixado por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, responsáveis pela versão original de 1988, ao mesmo tempo que moderniza o conteúdo para cativar as novas gerações.
Comentários (2) Postar Comentário
Ah, então é isso que temos para o horário nobre agora? Mais uma novela que parece mais preocupada em ser "lacração pura" do que em contar uma boa história. Essa nova versão de "Vale Tudo" tem tudo para ser um festival de moralismos modernos, cheio de discursos didáticos que só reforçam essa obsessão por transformar qualquer produto cultural em uma cartilha politicamente correta.
O tema das apostas online, por exemplo. Claro, é um problema real, mas será que a novela precisava forçar tanto a barra com essa abordagem? Transformar o Vasco, que antes era um porteiro simples e bem construído na versão original, em um "alívio cômico" viciado em apostas, parece mais um artifício para empurrar uma agenda do que uma escolha narrativa genuína.
E a modernização da Lucimar? É óbvio que não poderia faltar o clichê da mulher forte e "empoderada", que provavelmente vai ser a heroína moral da trama enquanto enfrenta o "pai irresponsável". Porque, afinal, não pode faltar um bom homem para ser humilhado em nome da "evolução social", certo?
O elenco, claro, é de peso, mas dá até para prever o tom da novela: um desfile de discursos sobre desigualdade, vícios, preconceitos e sabe-se lá mais o quê. A Globo parece ter abandonado de vez a ideia de entreter com qualidade e aposta cada vez mais em pregações disfarçadas de ficção. Honrar o legado de Gilberto Braga? Difícil acreditar quando tudo indica que vão diluir o impacto original em uma salada de temas que só agradam quem vive no Twitter.
Se isso é o que chamam de "modernizar" uma obra clássica, então é melhor a gente se preparar para ver "Vale Tudo" virar um "vale nada" em termos de criatividade e profundidade. Mas claro, vai ter quem bata palmas para tudo isso, porque lacrar é mais importante do que conquistar o público com boas histórias.
Primeiramente, o desmanche do elenco iria trazer uma conta pra Globo, e ela chegou. A Glogo não escala mais pela qualidade, pela historia, pelo encaixe no personagem, mas por outras razoes. Outra coisa estranha, é a Paola Oliveira ser filha da Débora Bloch. Essas escalações são todas estranhas e esse Tiago Martins faz sempre o mesmo papel. Este elenco está bem abaixo do original. Não acredito no sucesso desta novela. E se a Globo não quiser voltar a ser a Globo de antes, vai perder mais audiência das novelas ainda. Sorte dela é que Record e SBT não produzem novela, apenas tramas bíblicas e infantis. O sucesso das novelas antigas e do viva mostra isso.