A filha testemunha a morte do próprio pai.
Uma experiência é determinante na vida de Joaquina (Mel Maia): testemunhar a morte de seu pai, Tiradentes (Thiago Lacerda). Podem passar anos e mais anos, mas ela nunca vai esquecer os momentos finais de seu grande herói. A procura pelo pai, o desespero ao entender que ele não teria escapatória, a forca. A marca dessa vivência permanece com ela.
A lembrança de estar junto da mãe, Antônia (Leticia Sabatella), de verem o português de farda levar Tiradentes (Thiago Lacerda) e Rubião (Mateus Solano) numa carroça, rodeados de soldados e tenentes fardados. O olhar de preocupação da mãe... Mais que isso, Joaquina sente na alma que o pai está em perigo. Escondida atrás da porta, escuta a mãe explicar os últimos acontecimentos para Diogo Farto (Genézio de Barros), escuta o homem dizer que a pena por traição é a morte. Um calafrio passa por ela. Sabe que precisa encontrá-lo.
Na manhã seguinte, foge sem ninguém ver. Esconde-se em uma carroça e segue até o Rio de Janeiro. Espremida entre a multidão que aguarda o enforcamento do traidor, vê seu pai. É tanta gente que quase a derrubam. Sente seus pés saírem do chão ao ser carregada por um gigante. O homem tenta protegê-la, chama-se Raposo (Dalton Vigh), um minerador simpatizante da causa dos inconfidentes. Mas nem ele nem ninguém pode evitar o inevitável: Joaquina testemunha a morte do próprio pai.
‘Liberdade, Liberdade’ é uma novela de Mario Teixeira baseada em argumento de Marcia Prates, livremente inspirada no livro ‘Joaquina, Filha do Tiradentes’, de Maria José de Queiroz. A direção artística é de Vinicius Coimbra.