Confira uma entrevista com Walcyr Carrasco e Luiz Henrique Rios.
Entre os moradores da fictícia Nova Primavera, onde a história é ambientada, está Aline (Barbara Reis), uma jovem professora de matemática, seu marido, Samuel (Ítalo Martins), e filho, João (Matheus Assis). Após um atentado em sua casa, ela se vê sozinha com o menino diante das terras deixadas pelo marido. É nesse momento crítico que Aline conhece Caio (Cauã Reymond), filho do poderoso fazendeiro da região, Antônio La Selva (Tony Ramos). Ele a acolhe e pede a ajuda de Cândida (Susana Vieira), uma antiga conhecida, dona do bar e bordel da cidade, para essa missão.
Não bastasse a tragédia, Aline logo descobre que Caio é filho de Antônio, o principal suspeito do crime que matou seu marido. Com o objetivo de recuperar suas terras, que hoje pertencem à Aline, o fazendeiro usa os filhos Caio e Daniel (Johnny Massaro) para convencê-la a vender sua propriedade. Mas para ela, a honra fala mais alto e seu único bem é inegociável. Sua atitude chama a atenção dos irmãos, que se surpreendem com a coragem da jovem ao enfrentar o poderoso Antônio La Selva. Ciente das dificuldades que vai enfrentar, Aline decide assumir o trabalho na terra com a ajuda do primo do marido, Jonatas (Paulo Lessa), que nutre por ela um amor platônico, e de sua mãe, Jussara (Tatiana Tiburcio). Aline quer deixar um legado para o filho e para o mundo.
Em meio à disputa pela terra, o amor entre os irmãos Caio e Daniel é colocado em xeque quando ambos – sem um desconfiar da relação do outro – se apaixonam por Aline e se descobrem rivais. Com sua beleza, seu jeito simples, cativante e sua força, ela divide o coração dos irmãos, que ao se verem envolvidos por ela, não imaginam que se trata da mesma mulher. Antes mesmo deste conflito, os dois já viviam um drama pela sucessão de Antônio. A herança dos negócios tem como principal incentivadora Irene (Gloria Pires), sua segunda esposa, mãe de Daniel e Petra (Debora Ozório), que não mede esforços para conseguir que um de seus filhos assuma o lugar do pai. Já Caio sofre desde pequeno com o desdém de Antônio, que o culpa pela morte da mãe Agatha (Bianca Bin) após o parto, e se vê sozinho nessa disputa. Ele não aceita ser colocado para escanteio, afinal, conhece bem os seus direitos e é o único que trabalha na plantação e na colheita da fazenda. A sucessão familiar movimenta a casa dos La Selva.
Embora tenha sentimentos conflituosos com a família, Caio é próximo e amoroso com o irmão Daniel e tenta ajudar a irmã Petra em suas questões emocionais, que envolvem o vício em remédios tarja preta. Ele e Luigi (Rainer Cadete), um italiano interesseiro, a ajudam na condução do problema. Daniel é puro de sentimento e será desafiado a lutar pelo amor de Aline ou se render às armações da noiva Graça (Agatha Moreira), que terá Irene como aliada. A ambição move a rotina dessa família e todos vão precisar externar seus desejos para seguir em frente.
Com os pais envolvidos em mentiras, intrigas e traições, Graça também busca o poder e uma vida confortável. Filha de um grande aliado do sogro, Tadeu (Cláudio Gabriel), o presidente da cooperativa da cidade, é dona da butique da região e faz do local o palco para suas aventuras secretas. Esse comportamento se justifica quando o pai, uma de suas referências na vida, se revela em um casamento aparentemente tradicional com Gladys (Leona Cavalli), sua mãe. Por trás da postura conservadora, se mostra um homem repleto de desejos e fantasias. Durante seu expediente, gosta de entrar em sites adultos, onde conhece Anely (Tata Werneck), sem saber que ela mora na mesma cidade. Enquanto isso acontece, sua esposa Gladys, diretora da escola local, mantém um relacionamento às escondidas com Luigi, o mesmo italiano que se envolve com Petra. Ambas o conhecem pela internet e não imaginam que ele é um trambiqueiro. Gladys sonha em sair do casamento para viver essa paixão, mas os valores familiares falam mais alto e assim ela vive em conflito com a situação.
Lucinda (Débora Falabella), gerente da cooperativa, tem uma vida dedicada ao trabalho e à família. Ela vive o drama de conviver com o sofrimento do filho, Cristian (Felipe Melquiades), por conta dos episódios de bullying recorrentes na escola, em função de ele ser uma criança com albinismo. Casada com Andrade (Ângelo Antônio), dono da pousada da cidade, Lucinda precisa lidar ainda com as agressões do marido, que se torna um homem violento quando bebe. Apesar de não aceitar a situação e se impor com frequência, ela tenta ajudar o marido a se livrar do vício, por amor à família. Lucinda cultiva uma relação de muita parceria e afeto com a irmã Anely (Tata Werneck), que também mora na pousada da família. Anely tem uma personalidade secreta: quando está sozinha, para ganhar dinheiro, faz strip-tease em um site adulto. Enquanto se dedica a essa atividade, a jovem finge estar envolvida com os estudos e engana não apenas a família, mas também o namorado Odilon (Jonathan Azevedo). Muito ciumento, ele não tem a menor ideia do que ela apronta. Lutador, é dono da academia de Krav Maga da cidade e sonha em se casar com Anely, com o apoio de Lucinda.
Além de administrar as questões familiares, em seu trabalho Lucinda faz o possível para ajudar Aline a conseguir se tornar uma produtora rural, principalmente quando ela defende Cristian de atitudes violentas dos amigos da escola. Depois de receber o incentivo de Jonatas e a ajuda de Caio com as primeiras sementes, Lucinda é a pessoa com quem Aline vai poder contar em sua trajetória.
Colecionador de sucessos e ganhador de um Emmy Internacional, Walcyr Carrasco iniciou a carreira profissional como jornalista e trabalhou nas redações de grandes jornais e revistas. Aos 28 anos, publicou seu primeiro livro, ‘Quando Meu Irmãozinho Nasceu’. Depois, escreveu ‘Vida de Droga’, ‘Em Busca de Um Sonho’, ‘Anjo de Quatro Patas’, ‘Juntos para Sempre’ e hoje tem mais de 60 títulos escritos. Como dramaturgo, assinou peças de sucesso como ‘Batom’ (1995) e ‘Êxtase’ (1997), pela qual recebeu o prêmio Shell de melhor autor. Em 2008, Walcyr ingressou na Academia Paulista de Letras e, em 2010, ganhou o prêmio da União Brasileira dos Escritores pela tradução e adaptação de ‘A Megera Domada’, de Shakespeare e recebeu o Prêmio Jabuti de 2017 pela tradução e adaptação de ‘Romeu e Julieta’. Para a TV, começou a escrever no final da década de 1980, com a novela ‘Cortina de Vidro’, produzida e exibida pelo SBT. Na Globo, já soma 16 produções que marcaram época. A primeira novela na Globo foi ‘O Cravo e a Rosa’ (2000), dirigida por Walter Avancini, com quem repetiu a parceria em ‘A Padroeira’ (2001). As novelas ‘Chocolate com Pimenta’ (2003), ‘Alma Gêmea’ (2005), e ‘Êta Mundo Bom!’ (2016), dirigidas por Jorge Fernando, consagraram o autor no horário das seis. A estreia na faixa das sete foi com a comédia romântica ‘Sete Pecados’ (2007). Depois, escreveu ‘Caras & Bocas’ (2009) e ‘Morde e Assopra’ (2011). A primeira novela das nove foi ‘Amor à Vida’ (2013), grande sucesso de crítica e público. Para a faixa das onze, Walcyr escreveu ‘Gabriela’ (2012) e ‘Verdades Secretas’ (2015), que conquistou o Emmy Internacional, além do Troféu APCA e do Prêmio Extra de Televisão como Melhor Novela. Voltou ao horário das nove com ‘O Outro Lado do Paraíso’ (2018), ‘A Dona do Pedaço’ (2019) e fez ‘Verdades Secretas 2’ (2021), exibida no Globoplay e, na TV Globo, em outubro de 2022. ]
Como você define 'Terra e Paixão'?
É uma novela clássica, que mostra a força do amor e a superação. Com uma trama que se apresenta através de um grande drama amoroso e uma luta por herança, dentro de um ambiente agrícola, rural, uma parte do país ainda desconhecida por muitos, de uma maneira que não estamos acostumados a ver em novelas.
Qual foi sua principal inspiração para começar a escrever essa história?
Nasci no interior de São Paulo, em Bernardino de Campos, e fui criado em Marília, meus avós vieram da Espanha para trabalhar no campo. A agricultura me fascina e descobrir o nível de tecnologia a que se chegou nos dias atuais foi surpreendente. Meu tio foi missionário em Dourados (Mato Grosso do Sul), quando eu era criança, e lembro que fui visitá-lo com a minha mãe. Foi uma viagem inesquecível, que me marcou muito, onde conheci a famosa terra roxa, ou como também se diz, terra vermelha, uma terra muito fértil. Isso ficou em minha memória. Com isso, voltei ao Mato Grosso do Sul duas vezes, realmente fiquei fascinado pela tecnologia implantada na agricultura nos dias atuais. Subi em uma colheitadeira, que, só para chegar na cabine, tinha dois lances de escada ao entrar. Descobri um computador que monitorava todo o mecanismo da máquina, e seus resultados. Foi uma experiência única, que me impactou. Um Brasil que eu pouco conhecia e imaginei que seria um bom cenário para a trama dos personagens. Um país que, assim como eu, muitas pessoas não conhecem, porque poucas vezes foi mostrado dessa maneira na televisão.
'Terra e Paixão' vai trazer vários temas além dos contidos na história central. Delicados, como a trama da Petra (Debora Ozório), viciada em remédio tarja preta, até os relacionamentos em sites e aplicativos de conteúdo adulto. Por que tratar esses temas na novela?
Acho que é papel da novela trazer temas que são sensíveis e comuns a todos nós. Vejo conversas sobre drogas proibidas por lei, mas muito pouco das que são dadas com receita médica e que provocam vício também. A personagem da Debora mostra exatamente essa situação, é importante lembrar que todo agente químico tem reações e por mais que a princípio seja legalizado, pode viciar. Um drama muito real e atual. Já a Anely (Tata Werneck), eu conheci pessoas que ganham a vida através de sites eróticos, mostrando o corpo. É algo extremamente atual, uma discussão curiosa. Tata saberá fazer esse personagem com maestria, humor e, ao mesmo tempo, a seriedade que também precisa.
A violência doméstica será abordada na trama de Lucinda (Débora Falabella) e Andrade (Ângelo Antônio). Em outras obras suas, como ‘O Outro Lado do Paraíso’, esse tema também esteve presente. Acredita na força da novela para ajudar pessoas que passam pelo mesmo problema?
Infelizmente a violência doméstica é um tema sempre presente na nossa sociedade, muitas mulheres sofrem agressões dentro de casa. É uma forma de defender a mulher, de dizer que há alternativas, que essa dor pode ter cura.
Como foi o processo de escalação do elenco?
Participei de todo o processo de escalação do elenco, mas alguns atores já estavam na minha cabeça quando comecei a escrever a novela.
Como está sendo a parceria com o diretor artístico Luiz Henrique Rios, com quem está trabalhando pela primeira vez?
Luiz Henrique não é só um diretor maravilhoso, mas se tornou um amigo. Dividimos todos os assuntos, é um prazer trabalhar com ele.
Suas novelas são marcadas como grandes sucessos. A que credita o êxito das histórias?
Eu vivo intensamente cada personagem, choro e rio quando escrevo. Se minhas emoções são autênticas, acredito que o público saberá compartilhá-las. Sobre 'Terra e Paixão' ser um novo sucesso, a gente nunca sabe antes de estrear, mas prometo fazer o melhor. Sempre sinto um frio na barriga antes das estreias, ainda mais agora com um projeto tão importante, que mostrará aspectos lindos, mas também dramáticos da sociedade brasileira.
Qual mensagem pretende transmitir para o público?
A força do amor e a superação.
Formado em Ciências Sociais, com especialização em Antropologia, Luiz Henrique Rios é diretor na Globo desde os anos 1990, quando dirigiu ‘Quatro por Quatro’. Esteve à frente ainda de produções de destaque como ‘A Indomada’, ‘Belíssima’, ‘Da Cor do Pecado’, ‘Passione’, ‘Totalmente Demais’, ‘Pega Pega’, ‘Pais de Primeira’, 'Bom Sucesso', ‘Além da Ilusão’ e, agora, em parceria com Walcyr Carrasco estreia no horário nobre assinando a direção artística de ‘Terra e Paixão’.
Como você define ‘Terra e Paixão’?
'Terra e Paixão' é uma novela sobre o amor, mas não apenas o amor romântico, é também sobre superação, justiça, reparação. E não uma reparação como vingança, e sim uma construção de um ideal de futuro. A protagonista, Aline, é uma mulher que vai fazer acontecer uma vida nova a partir de uma tragédia e buscar a justiça. É uma novela sobre a superação dos seres humanos, sobre a possibilidade de cada um se reconstruir mesmo carregando dores profundas.
Quais são os desafios da direção na abordagem desse cenário onde a novela é ambientada?
'Terra e Paixão' é uma novela que se passa no interior moderno do Brasil. Estamos discutindo esse lugar mais profundo de cada um, então esse interior é real, moderno, atual, mas, ao mesmo tempo, temos personagens que vivem conflitos muito próximos de todos nós. Acho que a história vai tocar profundamente as pessoas e conseguir envolvê-las na vontade de assistir o caminho desses personagens, porque eles falam daquilo que é mais íntimo de cada um de nós, dos nossos medos, necessidades, desejos, fantasias. É uma novela sobre o profundamente humano.
Como está a parceria com Walcyr Carrasco?
Esse é o meu segundo trabalho com o Walcyr. No começo dos anos 2000 fiz parte da equipe de direção de ‘A Padroeira’ e lá nos conhecemos. Desde então, não tivemos a oportunidade de nos encontrar novamente e está sendo um prazer, uma parceria muito sincera, franca, positiva. Estou muito encantado com a troca que a gente está construindo. É uma grande honra porque o Walcyr não é só um autor, ele é um ícone, então para mim está sendo uma descoberta maravilhosa.
Como foi a preparação do elenco? De que forma esse processo contribui para o sucesso da novela?
O processo de preparação de uma novela é fundamental. A equipe cria uma identidade a partir da relação e sua visão estética. Estamos falando de gente, e na construção da entrada do elenco na obra, na possibilidade de criar esse espírito de trupe. A arte, principalmente essa arte do audiovisual, é muito coletiva e eu acho que é preciso fazer com que todas as pessoas entendam que estão todos ali para dar o seu melhor e que cada um está em busca do melhor para o outro, porque a troca é o caminho da cena e é isso o que vai para o ar. Tentamos ao longo desse início construir um ar de conforto, de acolhimento, para que o público possa se sentir acolhido com o que a gente faz. Precisamos de muita intimidade, e essa intimidade tem de ser um lugar de respeito, de acolhimento e de carinho.
No núcleo do Bar de Cândida (Susana Vieira) teremos shows de música sertaneja. Como foi a escolha da trilha sonora?
Junto do Walcyr, conceituamos que a novela teria uma grande base de música que podemos chamar de sertanejo. Sertanejo é uma quantidade de estilos muito grande, estamos tentando ter um pouco de tudo, mas não só, para também não ter o efeito de um único estilo. Estamos com um aspecto bem interessante de canções tanto no universo country internacional quanto no universo sertanejo, das canções mais antigas às modernas. Esse aspecto também se abre um pouco, os personagens respiram outros universos e a trilha no sentido de ambiência é um lugar bem interessante. Acho que o público vai perceber algo entre o tradicional e o moderno que fala muito do que eu percebi no Mato Grosso do Sul. Tem algumas músicas mais clássicas do sertanejo que estamos regravando com vozes atuais, é uma maneira de a gente atualizar um pouco alguns clássicos e renová-los para que eles circulem novamente.
De que forma o universo do agronegócio será retratado na novela?
A novela não é sobre o agronegócio brasileiro, mas nesse cenário há uma família muito poderosa, dona de muitas terras, e uma mulher que resolve empreender e se transformar em uma produtora rural. A novela se passa em uma cidade fictícia do Mato Grosso do Sul, uma área que a gente pode chamar de um grande cinturão do agronegócio brasileiro e ali a gente conta um pouco, muito mais visualmente do que conceitualmente, desse universo. As pessoas vão se surpreender positivamente porque as imagens são muito grandiosas, muito bonitas, eu acho que mesmo quem vive nesse universo talvez não veja o tempo todo com esses olhos porque está ali produzindo, trabalhando.
Além do universo dos produtores e trabalhadores rurais, a novela apresenta temas como assédio sexual, relacionamento abusivo, violência doméstica, dependência química, albinismo, questões de gênero, entre outros assuntos. Como pretende abordá-los?
Em uma novela das nove, você acaba tocando em uma série de questões que são absolutamente reais dentro da sociedade brasileira. O que buscamos émostrar o quanto esses processos são ao mesmo tempo dolorosos e possíveis de serem superados. É um lugar de tentar colocar uma conversa inspiracional no caminho de busca de soluções. São personagens que vivem dentro dessas estruturas como vivem dezenas de milhares de pessoas, que sofrem de situações complexas. Estamos falando de gente, e essas pessoas vão viver isso. Buscamos o tempo todo o respeito e acolhimento.
Sobre a formação do elenco, temos muitos atores em seu primeiro trabalho em novelas ao lado de veteranos. Essa junção ajuda na direção do ator?
No início do projeto, ao ler a história, você começa a pensar rostos e eles são seres magníficos, os tais atores, muito especiais. Temos um monte de gente maravilhosa, pessoas que eu não conhecia, outras que já havia trabalhado, mas que estão me inspirando profundamente. Acho que vai ser fantástico para o público assistir a essas trocas de experiências entre o elenco. Quando você junta pessoas que têm uma experiência muito grande no veículo e pessoas que têm muito pouca ou nenhuma, isso resulta em troca. Isso gera um processo de energia que tem uma vibração diferente. Estou bastante feliz, espero que quando for ao ar as pessoas fiquem tão felizes quanto eu.
Como foi o teste de Barbara Reis para ser a protagonista dessa história? O que motivou a escolha da atriz?
Na busca por uma protagonista há um grande desafio,porque difere qual é a quantidade de histórias que essa atriz já percorreu, e a gente tinha uma missãoque era construir a Aline. Ela não é uma mulher qualquer, a Aline é uma grande lutadora, é uma mulher brasileira, é uma mulher passando por uma situação de profunda injustiça, que vai se reconstruir, ela é uma grande heroína e a gente queria que ela representasse a maioria do povo brasileiro. O representar o Brasil é um lugar importante e aí fomos buscar possibilidades. A Barbara ganhou esse papel pela capacidade de construir a Aline que a gente precisava. Essa não foi uma escolha simples, foi muito buscada, mas acho que as pessoas vão se surpreender com o lugar da simplicidade da representação da Barbara, porque ela tem essa força.
Você assinou a direção de muitos sucessos nos últimos anos. Agora em ‘Terra e Paixão’ é a sua estreia no horário das nove como diretor artístico. Estar à frente da direção desse projeto já te desafia de alguma forma?
A expectativa é que as pessoas gostem, se divirtam. Anovela é um lugar muito caro para os brasileiros e o desafio é conseguir de alguma maneira entrar na casa das pessoas, no lugar mais íntimo delas, e poder respeitosamente contar uma história.O que eu mais me interesso hoje, além de construir uma estética, uma narrativa, é o trabalho com os atores.
Criada e escrita por Walcyr Carrasco, a obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.