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Renascer: Marcos Palmeira diz não estar preocupado com comparações com Pantanal: "Vai ser inevitável"

Ator se prepara para interpretar o protagonista José Inocêncio na nova versão da novela que estreia dia 22.

por Redação, em 21/01/2024

Foto: TV Globo/Divulgação

Comparações são inevitáveis e Marcos Palmeira está de peito aberto para elas. Depois de brilhar em Pantanal como José Leôncio, ele agora se prepara para viver um outro José, o Inocêncio, na nova versão de Renascer, que estreia dia 22. Mais um homem da terra, mais um produtor rural, mais um pai com um filho enjeitado, mais um sotaque (desta vez do Nordeste e não do Brasil Central). E talvez as semelhanças parem por aí. Com a tranquilidade de quem traz na bagagem personagens marcantes dos mais diversos tipos, Palmeira está atento a estas diferenças, mas passa longe da paranoia.

“Eu estou muito atento a isso. Mas também não estou amarrado a isso. Estou no mergulho de contar esta história de melhor maneira possível. A comparação vai existir, mas eu não vejo o José Leôncio, de Pantanal, no José Inocêncio. Então, para mim, isso já me distancia bastante dos personagens. Um é do Nordeste, outro é do Brasil central, mas tem uma questão regional forte deles, tem o filho rejeitado – tanto Tadeu quanto João Pedro. Tem a coisa da mulher. Mas eu acho que o foco é mergulhar nesta história que está sendo contada, nessa realidade do cacau que é diferente.”

Para esta missão ele revela contar com as ajudas de Gustavo Fernandez, diretor artístico de Renascer, e Pedro Peregrino, diretor geral. “Conto muito com a mão deles para me ajudarem neste olhar, de não me deixarem cair numa repetição”.

Natural que esta preocupação passasse pela sua cabeça, afinal não fazem nem dois anos que ele cavalgava pela mata, falava “ara” bebendo um tererê. O desafio agora é desapegar e se reinventar (pelas chamadas já divulgadas, isso já tem sido feito. E muito bem!)

“É claro que tive esta preocupação, tipo: ‘Caramba, é tudo muito parecido’. Mas ao mesmo tempo é o que me apareceu, é o que eu tenho que fazer. Se eu ficar preso a isso, quanto mais preso eu tiver a isso, mais próximo eu vou ficar. É ao contrário, estou completamente livre, não estou mais com esta preocupação de diferenciar sotaque ou não. Um é sotaque pantaneiro, outro é a da Bahia.”

“Mas vai ser inevitável. Não tem como, vai ser o mesmo ator, dois anos depois de Pantanal, novelas parecidas, o mesmo autor. Não tem como fugir disso, mas eu não estou preocupado com isso, não”

Da primeira versão de Renascer, Marquinhos também pontua as diferenças entre o seu José Inocêncio e aquele vivido pelo Antonio Fagundes. “Eu acho que o Zé Inocêncio tem uma diferença muito grande, que ele foge do estereótipo do coronel, até do que foi feito há 30 anos brilhantemente pelo Antonio Fagundes. Este de hoje é um coronel que mete a mão na massa, um coronel que produz. Ele não é um coronel, na verdade, é um dono de fazenda que faz. Isso dá uma dinâmica para ele completamente diferente.”

“ Isso vem muito do espírito agroflorestal, um homem que enxerga a natureza desta forma, não pode se colocar neste lugar de ser simplesmente um patriarca, coronel que todo mundo tem que obedecer. Apesar de trazer alguns resquícios disso.”

E o clima é só alegria. Ele faz questão de deixar claro a felicidade que sente ao estar em mais uma novela de Benedito Ruy Barbosa, agora escrita por Bruno Luperi. “Se hoje estou aqui, devo muito ao Benedito, porque nas novelas dele as coisas aconteceram para mim. Tanto Pantanal, como Renascer, EsperançaVelho Chico.”

Tendo vivido João Pedro na primeira versão de Renascer, o filho caçula rejeitado pelo pai depois que a mãe morre devido ao parto, ele conta que não assistiu a novela de 1993.

“Eu não vi a primeira versão, porque já trago muito informação do meu João Pedro. As pessoas brincam que agora é a minha vingança em cima de mim mesmo. O pai se vingando do filho, porque ele é tão rejeitado e é tão gostoso contar esta história com o Juan (o ator Juan Paiva que interpreta João Pedro). São novas leituras mesmo, a gente não está apegado. É um novo Renascer.”

Poster de Renascer. Foto: Divulgação/TV Globo

“Eu estou muito feliz, o astral é maravilhoso. Estou feliz por contracenar com amigos queridos, fazendo novos amigos. O elenco jovem é incrível, todo mundo agarrado para fazer.” Mas às vezes o passado bate na porta. Como na vez em que, em cena com Jackson Antunes, que na versão atual é Deocleciano e na primeira era Damião, ele trocou os nomes.

“Contracenar com meu parceiro Jackson Antunes é incrível. Chamei, sem querer, ele de Damião na cena. Eu olhei para a cara dele e vi o Damião e pensei ‘será que eu estava vivendo o João Pedro?’ É muito amor envolvido”, diverte-se Marquinho.

“Estou muito feliz no dia a dia, de estar ali inteiro, contando aquela história sem ficar ‘Ai meu Deus, será que isso aqui está parecido?’. Dane-se. É uma nova história, o público tem que embarcar nesta viagem. E quem ficar preso demais a isso é porque realmente a história não está interessando muito. Mas eu acho que vai ter uma desconexão, estou torcendo para isso, investindo nisso.”

Que venha “seo” José Inocêncio!

Renascer é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernandez, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Alexandre Macedo, Walter Carvalho, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. A estreia é em 22 de janeiro de 2024.


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