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Regina Duarte relembra carreira de sucesso no Ofício em Cena

Atriz lembra o tempo que as mocinhas tinham mais prestígio que as vilãs.

por Redação, em 02/04/2016

Foto: Divulgação/GloboNews

A atriz Regina Duarte se preparou para ser entrevistada por Bianca Ramoneda no programa Ofício em Cena, da GloboNews, da mesma maneira como se prepara para entrar em cena. Ao subir ao palco, nos Estúdios Globo, deitou no chão, se concentrou e fez os exercícios de respiração a que está acostumada antes de sentar e fazer a sua primeira confissão: “Se eu soubesse o sofrimento que é uma estreia, eu não teria sido atriz. É de matar, é horrível, insuportável. Ainda bem que é um dia só, dois, três, depois passa e você começa a se divertir. Mas estrear é horrível”. E é nesse clima de cumplicidade que a atriz assume as suas inseguranças e revela seus métodos diante de uma plateia lotada. Se diz exigente com a própria carreira e preocupada em manter o padrão de qualidade, depois de tantos personagens de sucesso. "Não posso ficar fazendo o que já fiz e nem menos do que já fiz. Isso é chato porque, como atriz, eu começo a ficar muito limitada”.

Na entrevista que vai ao ar na próxima terça-feira, dia 5, na GloboNews, Regina conta que, no seu tempo, mocinhas tinham mais prestígio que as vilãs, mas que desde o início da carreira tentou se descolar desse papel, preocupada em se reinventar e mostrar que tinha mais a oferecer. Mas o público sempre reclamava e lá estava ela de novo em papéis que lhe renderam o título de "namoradinha do Brasil" - até conquistar personagens que transformaram sua carreira, como a viúva Porcina, de ‘Roque Santeiro’.

Bianca Ramoneda entrevista Regina Duarte. Foto: Globo/João Cotta

Sobre seu processo de trabalho, conta que sempre começa com uma primeira  leitura livre do capítulo, apenas como telespectadora. Na segunda leitura começa a entender melhor o contexto do personagem, que a partir daí, toma conta dela. “Eu não consigo mais passar em nenhum lugar sem olhar e dizer “Essa é ela!”, “Essa não é ela”, “Olha, aquela roupa é dela”, “Gente, essa música é ela”. Tudo é ela, a minha vida se apaga e eu passo a viver em função da personagem”, revela. Ela também conta a Bianca Ramoneda que adora ser dirigida: “Acho que os diretores pensam que eu já sei... Eu não sei! Tudo o que eu sei está na prateleira”, desabafa.

E o que será que motiva uma atriz do seu porte, consagrada e premiada, considerada por muitos como uma das maiores do país? "O que move é sair da solidão, sair dessa coisa da mesmice, da modorrice, da minha vida sem graça, sem sal. Eu quero grandes emoções e não quero a responsabilidade de assumir as consequências dessas emoções. Tem coisa melhor do que ser ator?" 

A entrevista de Regina Duarte ao Ofício em Cena vai ao ar na próxima terça-feira, dia 5, às 23h30, na GloboNews.


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