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Recuperado de um câncer, Jayme Monjardim comenta sobre "O Anjo de Hamburger"

A série dirigida por ele vai ao ar no streaming GloboPlay.

por Redação, em 13/06/2021

Jayme Monjardim. Foto: João Miguel Jr./Globo

Recuperado de um câncer de próstata, o diretor Jayme Monjardim faz uma análise das novelas do futuro: "Não tenho dúvidas de que o streaming é o futuro, mas também entendo que a televisão aberta só vai conseguir se manter se ela continuar com seu conteúdo fantástico. Conteúdo que muitas vezes nem o streaming consegue fazer. Se a TV aberta mantiver a qualidade do conteúdo, nós vamos sempre disputar como iguais para o streaming".

Após dirigir sucessos como Pantanal (1990), Terra Nostra (1999), O Clone (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), América (2005) e Páginas da Vida (2006), entre outros, ele terminou de gravar a série O Anjo de Hamburgo. É a primeira produção de língua inglesa do Globoplay, em uma parceria com a Sony --e o primeiro projeto dele para o streaming.

Sobre as novelas das concorrentes da Globo: "É impossível fazermos o que a gente faz sem assistir à concorrência. Eu assisto, e dou muito crédito porque é muito bem-feito. A concorrência sempre é muito bem-vinda. Eu acho um mérito da Record incrível de fazer novelas. Já fiz novelas na Band, assistia às novelas deles, assisto às novelas do SBT quando eu posso. Sou partidário de todo mundo fazer novela. Quanto mais concorrência, mais disputa e mais qualidade. Mais a gente vai brigar pela qualidade".

Comente um pouco sobre a série O Anjo de Hamburgo: "Há uns cinco anos, o filho da Aracy, Eduardo Tess (1929-2021), que eu descobri que, infelizmente, morreu na semana passada, me ligou dizendo que queria me contar uma história. É muito comum as pessoas me procurarem para me contar casos, então em um primeiro momento eu não respondi. Mas uma amiga em comum, dias depois, me procurou dizendo que a história era realmente boa e que eu precisava ouvir. Fiz uma reunião com ele, com a neta da e com a bisneta dela.

"Uma mulher inteligente, empática, batalhadora e que não cruzou os braços diante do que via ao seu redor. Uma verdadeira heroína que nunca quis publicidade para seus feitos. Aracy sempre foi uma pessoa extremamente discreta. Hoje, é nosso trabalho mostrar como, com coragem, determinação e um amor sem igual pelas pessoas, ela conseguiu mudar o destino de tanta gente”, explica Jayme Monjardim.

Com informações do jornalista Eduardo F. Filho, do site Noticías da TV (UOL).


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