O beijo dos vilões Jerônimo (Rodrigo Santoro) e Matias (Reynaldo Gianecchini) é uma das preferidas do autor.
No segundo episódio da temporada final de "Bom Dia, Verônica", da Netflix, uma das cenas mais impactantes da série chama a atenção dos espectadores. A sequência brutal, ocorrida após um beijo entre os vilões Jerônimo (interpretado por Rodrigo Santoro) e Matias (interpretado por Reynaldo Gianecchini), se destaca como a favorita de Raphael Montes, o criador por trás dessa e de outras narrativas sombrias que têm conquistado espaço na literatura, no streaming e no cinema.
Montes explica que a ideia para a chocante cena surgiu da necessidade de explorar a história dos irmãos Jerônimo e Matias, revelando os traumas de sua infância. A escolha do beijo como elemento narrativo foi deliberada, buscando transmitir a complexidade da relação entre os personagens. O autor destaca a importância da cena, não apenas visualmente impactante, mas também como uma abordagem corajosa de temas ligados à sexualidade e à violência.
Ao discutir a decisão de ter apenas três episódios na terceira temporada, Montes revela que foi uma escolha influenciada por questões de produção trazidas pela Netflix, agendas de atores e timing. A proposta era criar episódios mais longos e intensos, suficientes para encerrar a trama de maneira satisfatória. Apesar do formato reduzido, o autor expressa sua satisfação com o resultado, afirmando que o tema complexo abordado na temporada final foi explorado de maneira eficaz. Montes até sugere que esse formato mais curto e intenso pode se tornar uma tendência no mercado audiovisual.
A série é uma adaptação do livro homônimo, dos autores Raphael Montes e Ilana Casoy, que conta a história de Verônica Torres, uma escrivã da Delegacia de Homicídios de São Paulo que, após presenciar um suicídio, passa a usar sua habilidade investigativa para ajudar mulheres desconhecidas.