Transformação, que marca nova fase da trama de ‘Quanto Mais Vida, Melhor’, é obra da Morte para ajudá-los a agir com mais empatia.
A vida de Neném (Vladimir Brichta) e Paula (Giovanna Antonelli), Guilherme (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage) não está fácil. Depois de encontrarem a Morte (A Maia) em um acidente aéreo e de terem suas vidas entrelaçadas desde então, os quatro vão passar por uma nova experiência insólita: uma troca de corpos. A mudança acontecerá quando a Morte (A Maia) mexer nas capas dos livros das vidas de cada um deles. Insatisfeita com o comportamento do quatro, que têm agora menos de um ano para mostrar que merecem permanecer vivos, ela decide fazer a transformação, que é executada durante uma noite. Ao acordar, a empresária de ramo de cosméticos começa a agir como se fosse o jogador de futebol e vice-versa, assim como o médico passa a se comportar como a dançarina de pole dance, e ela assume a personalidade dele. Sem entender o que se passa, eles descobrirão que estão em corpos trocados ao se olharem no espelho.
“Acho que a mudança serve para os quatro observarem suas vidas de fora. Por outro ângulo. E entender o que estão fazendo de errado. Essa foi a primeira ideia pra novela: uma troca de vidas. Mas só funcionaria depois que o público conhecesse bem os personagens”, revela o autor Mauro Wilson. Ele explica como fez para ajudar elenco e equipe a reconhecerem os personagens nos textos: “Criei um método pra ninguém se enrolar quando escrevia o capítulo: começava sempre com o nome do corpo do ator, e, depois, vinha o nome do personagem que estava vivendo dentro dele. Exemplo. Guilherme/Flávia.”
Allan Fiterman, diretor artístico da novela, diz que a mudança, apesar de trabalhosa, foi um recurso a mais para levar ao ar uma trama leve e divertida. “A mudança de corpos propicia muito a comédia! Tenho o privilégio de ter quatro protagonistas muito carismáticos. E a mudança de corpos foi um desafio. Nos demos as mãos e fomos juntos. No meio da novela, conseguimos nos organizar para poder gravar com mais calma esse momento crucial. Era muito importante que os atores conseguissem assistir ao trabalho do outro e pudessem, acima de tudo, se divertir”, conta ele.
Para gravar essa transformação, os atores ensaiaram a mudança de corpos durante a fase de preparação às gravações. “Os quatro protagonistas, além de criarem seus próprios personagens, tinham que estudar como seria interpretar o outro. Outro grande desafio foi conseguir gravar todas as cenas até o capítulo 84, para depois gravarmos a transformação, o que acreditamos que contribuiria para a interpretação do elenco”, relata o diretor.