Tudo sobre a primeira temporada do remake do humorístico.
“Há muito tempo, num planeta muito, muito distante, o Grande Mestre Trapalhão só queria curtir suas merecidas férias. Mal sabia ele que seus dias de paz estavam chegando”. A brincadeira, que faz parte do primeiro episódio de Os Trapalhões, que estreia no próximo domingo, dia 17, mostra bem o tom de homenagem e celebração do novo programa. “É uma grande homenagem para quem quer matar a saudade e uma divertida novidade para quem nunca viu”, afirma Mauro Wilson, supervisor de texto da atração. Péricles Barros, redator final, confirma que foi especial trabalhar em um projeto e poder reencontrar personagens que marcaram a sua infância. “Não só a minha infância, mas a história do humor brasileiro. É a oportunidade de trazer de volta personagens que na verdade nunca saíram da memória do público. Um desafio, mas um prazer imenso”. Diretor geral do programa, Fred Mayrink também fala do resgate desse espirito trapalhão. “Queremos mostrar, acima de tudo, um jeito trapalhão de ser. Nosso caminho é muito rico e cheio de possibilidades. Teremos vários esquetes, que fazem parte do humor clássico, mas, ao mesmo tempo, com uma cara mais moderna, que o tempo nos permite. É uma grande homenagem”, define.
No primeiro episódio da temporada, dois grandes mestres, Didi e Dedé conhecem os novatos no berçário. Os “bebês”, que já chegam com a carinha dos novos integrantes, são batizados pelo próprio Didi (Renato Aragão). Os nomes escolhidos são Didico (Lucas Veloso), Dedeco (Bruno Gissoni), Mussa (Mumuzinho) e Zaca (Gui Santanna). É a partir daí que começa toda história. Todos os atores estão radiantes com a estreia. “Foi uma emoção e uma alegria gravar com os meninos. Em certos momentos voltei no tempo. E me diverti muito”, diz Renato Aragão. ”Jamais imaginei que um dia voltaria a ser o Dedé. Foi uma emoção pura fazer esse projeto”, declara Dedé Santanna . Os quatro novos integrantes da turma reforçam que a diversão tomou conta das gravações. “Renato foi muito doce, ensinou a gente a ser um trapalhão. O Didico não é o Didi e nem sou eu. Ele foi criado como um discípulo do Didi”, diz Lucas Veloso. “Tive uma liberdade muito grande para criar o Dedeco, pois era um grande desafio ter ao meu lado o objeto da minha homenagem. Mas deu tudo certo e estou muito feliz”, afirma Bruno Gissoni.
Mumuzinho também conta que estudou muito para compor o Mussa. “Colocava uma gravação com a voz do Mussum e dormia ouvindo. O que eu mais queria era homenagear esse grande humorista. Não temos pretensão de nada. Só queremos honrar o que eles fizeram lá atrás e nos divertir”, afirma. Já Gui Santana afirma que a risadinha não poderia faltar na composição do Zaca. “Claro que, quando coloquei a peruca, me emocionei. Sempre me emociono. E me inspirei muito e bebi da fonte riquíssima que existe no personagem Zacarias. A voz e o gestual estão presentes, mas tivemos muita liberdade para criar. Porque logo percebi que ser trapalhão é mais do que saber fazer uma risada. É ser simples e espontâneo”, ensina.
No programa, mais uma esquete conta como esses dois professores, Didi (Renato Aragão) e Dedé (Dedé Santana), serão os mestres na arte da trapalhada. Didi será Mestre Yoda e terá ao lado seu fiel escudeiro Dedé (Dedé Santana) como “Fiuke Skywalker”. Os quatro cavaleiros Jedi, Didico, Dedeco, Mussa e Zaca, buscam neles a sabedoria e ensinamentos da vida. Mas logo percebem que nem todos ensinamentos são válidos e que os dois mais atrapalham que ajudam. “Ó Grande Mestre, nós queremos ingressar na Ordem dos Cavaleiros Trapalhões”, diz Dedeco. “Ih! Acho melhor vocês voltarem outro dia. Hoje o Grande Mestre está muito ocupado”, fala Dedé. E mestre Didi, retruca: “Podia ter mandado um whatsapp. Eu respondia na hora”.
Em outro esquete, Didi, Didico, Dedeco, Zaca e Mussa são mecânicos enrolados. Tentam consertar um carro e não conseguem. A dificuldade faz com que percebam algo: falta alguém na trupe. “A gente tá fazendo os Trapalhões e esqueceu do Tião! Não pode! Temos que arrumar um Tião novo!”, diz Didico. Os meninos decidem então fazer um teste para o novo Tião (Nego do Borel). Entre muitos candidatos, e frases de “Nojento... Tchan”, a escolha é feita quase que sem querer, em uma trapalhada característica da trupe que, como sempre, dá certo no final.