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O Fogo da Paixão, versão hispânica de Amores Roubados, estreia no Globoplay

Confira uma entrevista com George Moura.

por Redação, em 27/10/2020

Adaptação hispânica da minissérie de sucesso da TV Globo, ‘Amores Roubados’, escrita por George Moura e com direção de José Luiz Villamarim, a série ‘O Fogo da Paixão’ estreia no Globoplay nesta terça-feira, dia 27. A série conta a história de Fabrizio (Jason Day), um sedutor sommelier de café, que atrai mulheres que o colocam em perigo. A chegada de Fabrizio a uma próspera zona cafeeira da Colômbia perturbará de maneira terrível e permanente a vida de famílias da região, após sua vida cruzar com a de Camila (Gaby Espino), Martina (Margarita Rosa de Francisco) e Andrea (Laura Perico).

“É uma clássica história de um Don Juan que, ao se envolver com três mulheres, termina por se embrenhar numa trama vertiginosa de paixão e morte. Acredito que a história envolve o espectador das mais diferentes latitudes. No original, ‘Amores Roubados’, o sertão e a produção de vinhos eram o pano de fundo. Na adaptação, o universo do café na Colômbia é o ambiente onde se passa a trama”, explica o autor George Moura, que fez uma livre adaptação do romance ‘A Emparedada da Rua Nova’ para ‘Amores Roubados’ e fez a supervisão de roteiro da versão hispânica produzido nos Estados Unidos, ‘O Fogo da Paixão’.

Fabrizio cresceu em um famoso bordel onde sua mãe, Carolina, trabalhava. Ele parte do México para a zona do café colombiano após receber uma oportunidade de emprego na fazenda de Jorge e Martina. Sua fraqueza por mulheres o faz admirar Martina, uma mulher sedenta por atenção. Fabrizio também se envolve com Camila, que é casada justamente com quem lhe ofereceu o trabalho, Peter (Tony Plana).

Martina e Camila são grandes amigas, mas nenhuma delas sabe sobre o relacionamento de Fabrizio uma com a outra. Jorge (Carlos Ponce) e Peter, os maridos das amantes de Fabrizio, são dois proprietários de terra acostumados ao controle da região, império deles. Descobrir sobre o relacionamento de Fabrizio com suas esposas pode desencadear terríveis consequências. A segurança de Fabrizio é ameaçada quando Andrea, filha de Martina e Jorge, chega na fazenda. Agora, será quase impossível impedir que a situação não fuja de controle.

Foto: Divulgação

Entrevista com George Moura

- O Fogo da Paixão é uma adaptação em espanhol da sua minissérie Amores Roubados . O que você acha que torna a obra universal?

A série Amores Roubados (2014), em 10 capítulos, é uma livre adaptação de um romance ‘A Emparedada da Rua Nova’ do escritor pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913), que originalmente foi publicado como folhetim semanal, num jornal do Recife, entre os anos de 1909 e 1912. Só depois, a obra virou um livro, na verdade um calhamaço. É uma clássica história de um Don Juan, que ao se envolver com três mulheres, termina por se embrenhar numa trama vertiginosa de paixão e morte. A ideia da adaptação foi deslocar a trama do século XIX para os dias atuais, preservando o tom do folhetim e usando o sertão do nordeste como espaço simbólico para falar dos conflitos entre o moderno e o arcaico. Desejo, amor e morte são temas universais desde os primórdios da dramaturgia, já com o teatro grego.

- Aliás, como é ver uma obra ter tamanha repercussão e atingir diversos públicos?

É uma felicidade pode ver a estreia desta versão hispânica do ‘Amores Roubados’ agora no Globoplay. Quando fomos a Miami para o lançamento da série, ficamos impressionados com a força da produção e comunicação da história no público americano. É bom para nós e para o país voltar a saber que o Brasil pode ser visível pela força da sua cultura e da sua arte e não apenas pelas chamas que destroem suas florestas.

- O que você achou da adaptação? Qual a principal diferença para Amores Roubados?

Jugar Con Fuego foi uma experiência inédita para todos nós. A supervisão do roteiro e a supervisão artística foi realizada por nós e tínhamos a palavra final sobre a série, junto a Tele Mundo. Revisei todos os capítulos com reuniões periódicas em Miami e também na Colômbia, onde fomos acompanhar parte das filmagens. 

- O que Amores Roubados, que também está no Globoplay, representa na sua carreira?

Foi um divisor de águas para todos nós que fizemos. Um desejo antigo, pois tinha lido o livro quando ainda morava no Recife nos anos 80. Quando esse sonho se realizou nos fez falar sobre o nordeste profundo e suas contradições tão brasileiras e atuais e também nos fez falar do Sertão, que é a geografia que tenho grande paixão. Afinal o sertão está dentro de nós, como dizia Guimarães Rosa.

Sobre o Globoplay

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