Nova abertura e mudanças na identidade visual do céu e inferno são novidades para a comemoração.
Com texto primoroso, direção inspirada e um elenco afiado, a série ‘O Auto da Compadecida’ estreou em 1999 com ares de clássico da teledramaturgia. Duas décadas depois, a intimidade do público com a obra, que também virou filme, a consagra como tal. Para celebrar as aventuras dos inesquecíveis Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele), a série dirigida por Guel Arraes, escrita por Guel Arraes, Adriana Falcão e João Falcão, a partir da peça teatral homônima de Ariano Suassuna, volta às telas da Globo pela primeira vez no dia 7 de janeiro, remasterizada, com nova abertura e com a identidade visual do céu e inferno repaginadas por computação gráfica. Os quatro episódios serão exibidos de terça-feira a sexta-feira, após ‘Amor de Mãe’.
“O Auto da Compadecida oferece para o público beleza, alegria e dramaticidade atemporais. Sempre é tempo de revisitar o povo brasileiro que é safo e sobrevive quase sem ajuda. Especialmente o nordestino, que apesar de todas as dificuldades, sabe se divertir e tem vocação para ser feliz. Um povo com o qual temos muito o que aprender”, diz Guel Arraes. Filmada em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, bem próximo de Taperoá, cenário da história, ‘O Auto da Compadecida’ conta a história de João Grilo, um nordestino que dribla com sagacidade as dificuldades para garantir o pão de cada dia. É ele quem atravessa os quatro episódios provocando muitas confusões e enganando ricos e poderosos, ao lado de Chicó, seu companheiro de estrada.
A dupla, com sua esperteza, confronta personagens como o padeiro sovina (Diogo Vilela), sua mulher infiel (Denise Fraga), o submisso padre João (Rogério Cardoso), o autoritário bispo (Lima Duarte), o cangaceiro Severino (Marco Nanini) e seu capanga (Enrique Diaz). Também fazem parte da trama o major Antonio Morais (Paulo Goulart) e sua filha Rosinha (Virgínia Cavendish), o cabo Setenta (Aramis Trindade) e o valentão Vicentão (Bruno Garcia), além de encarnações do diabo (Luís Melo), Jesus Cristo (Maurício Gonçalves) e Nossa Senhora, a Compadecida (Fernanda Montenegro). “A série transcende a comédia regional. Com humor e poesia, fala de temas universais brasileiros, como a relação com a religião, a exploração nas relações de trabalho e a fome”, destaca Guel Arraes.
‘O Auto da Compadecida’ estreia na Globo no dia 7 de janeiro, após ‘Amor de Mãe’ e estará disponível para assinantes do Globoplay a partir de 20 de dezembro.