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No Persona em Foco, Regina Duarte diz ser discípula de Walter Avancini

O programa conta com depoimentos de Tarciso Meira e Eva Wilma.

por Redação, em 16/05/2016

A atriz e diretora Regina Duarte é a convidada da próxima edição do Persona em Foco, programa da TV Cultura que será exibido nesta terça-feira (17/5), às 23h30, com apresentação de Atílio Bari.

Foto: Divulgação/Cultura

Com 60 anos dedicados à arte de representar, Regina Blois Duarte contabiliza mais de 80 trabalhos realizados na televisão, cinema e teatro, que marcaram a história da dramaturgia brasileira. Para entrevistá-la, as convidadas são as atrizes Najara Turetta e Amazyles de Almeida.

Nascida em Franca, interior de São Paulo, Regina conta que seus pais sempre a estimularam artisticamente. Segundo eles, a filha, aos três anos de idade, fugia de casa para recitar Batatinha Quando Nasce para os ferroviários da cidade. “Minha mãe sempre me levava nas festas da família para declamar”, lembra a atriz.

Outro fato que está vivo na memória é que ela, aos 10 anos, queria ser o chefe da turma e era campeã de brigas de pipas. “Eu gostava das brincadeiras dos meninos. Quando eu tinha 8 ou 9 anos, eu queria passar debaixo do arco-íris para ver seu eu virava menino. Dizia a lenda que se a gente passasse debaixo do arco-íris, mudava de sexo. Eu era louca para ser menino. Eu gostava da liberdade dos meninos”. 

E que foi em Campinas, aos 14 anos, que iniciou sua carreira amadora no grupo TEC (Teatro do Estudante de Campinas), na peça O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuana. E que na mesma época começou fazer campanhas publicitárias e logo foi chamada por Walter Avancini para participar da novela A Deusa Vencida, na TV Excelsior, em 1965. No mesmo ano, Antunes Filho a convidou para estrelar a montagem A Megera Domada, de William Shakespeare. “Antunes era muito rigoroso e o Avancini também. Eu entendia que eles eram geniais. E que só tinha que aprender suportando o gênio deles. E que mal gênio que ultrapassa o rigor. Eu sofri, mas me fez crescer e criar uma confiança que estava trabalhando e aprendendo o meu oficio com os melhores profissionais do teatro e da televisão. Se eu não cumpri á risca tudo que eles pediram no início, pelo menos eu tentei o tempo todo, para que eles pudessem se orgulhar de mim”.

Foto: Divulgação/Cultura

O aprendizado com os mestres e sua determinação resultou na construção de uma carreira pautada pelo sucesso na televisão, no teatro e no cinema. Na tevê trabalhou em mais de 47 novelas com personagens que marcaram a história de televisão brasileira, dentre eles, a Viúva Porcina em Roque Santeiro; Malu em Malu Mulher; Luana Camará/Priscilla Capricce, em Sétimo Sentido; Raquel Accioli em Vale Tudo; e Maria do Carmo em Rainha da Sucata. São personagens construídos que reafirmam o talento e a versatilidade da atriz, que rompe com o titulo de namoradinha do Brasil .

Devido ao seu trabalho na televisão, não pode se dedicar com a mesma intensidade ao teatro. Mas trabalhou em 15 montagens importantes, sob a batuta de diretores consagrados, incluindo Antunes Filho, Flávio Rangel, Paulo José e Gabriel Villela.

O programa conta com depoimentos de atores e amigos que trabalharam com a atriz, dentre eles, Tarciso Meira, Eva Wilma, Antunes Filho, Jô Soares, Mario Prata, Umberto Magnani, Lauro Cesar Muniz, Sônia Guedes, Gloria Menezes, Gabriel Vilella e Domingos Montagner.


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