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No ar em "Coração de Estudante", no Canal VIVA, Pedro Malta explica mudança de carreira

No podcast Papo de Novela, o ator relembra "Coração de Estudante", conta como tem sido trabalhar no mercado publicitário e revela situações inusitadas

por Micael Constantino, em 17/12/2022

No ar em "Coração de Estudante", no Canal VIVA, Pedro Malta explica mudança de carreira

Ele ainda era criança quando deixou o Recife e migrou para o Rio de Janeiro a fim de dar o pontapé inicial em sua carreira. Logo no primeiro papel, conheceu o sucesso. Como o pequeno Lipe, de "Coração de Estudante" (2002), Pedro Malta era apresentado a todo o Brasil e se firmava como ator. Mas, depois de atravessar a infância e a adolescência repleto de trabalhos em frente às câmeras, Pedro decidiu que havia chegado a hora de alçar novos voos: saiu de cena, voltou para Recife e, cheio de humildade, recomeçou. Hoje, aos 28 anos, trabalha no mercado publicitário, sonha fazer cinema, é casado, está prestes a ser pai e faz questão de guardar cada memória proporcionada pela atuação.

Parte delas, ele compartilha no podcast Papo de Novela, que celebra os 20 anos da obra de Emanuel Jacobina, atualmente em reexibição no Viva. Pedro Malta também detalha a mudança de profissão e explica por que decidiu voltar para Recife, além de compartilhar algumas situações divertidas que viveu ao procurar emprego.

A primeira novela

"Foi uma celebração imensa dentro da minha família, principalmente porque a gente está falando de uma realidade de 20 anos atrás. Eu gosto de falar e levanto com total orgulho essa bandeira: eu saí do Nordeste, sou recifense, e a gente sabe que o mercado era muito diferente. Dentro dessa área artística existia um fluxo muito maior ligado ao Sudeste. Para nós, pernambucanos, saber que houve esse espaço e que na época a Globo acreditou no meu talento foi muito bacana."

Volta às raízes

"Rolou um chamado inconsciente do retorno pras raízes. Existem alguns privilégios de ter uma infância assistida, e um deles é que as pessoas possam acompanhar seu crescimento. A outra parte não é necessariamente um malefício, mas é um sentimento de necessidade de preenchimento. Exemplo: as pessoas que me viram crescer tiveram acesso a uma parcela do que o Pedro é. Então você está tão acostumado a viver na frente das câmeras e a se portar de uma maneira sempre responsável e entender que você tem uma persona que, pra uma criança fazer essa transição e essa geração de uma identidade adulta e madura é preciso tirar um tempo e pensar: 'O que eu quero pra minha vida?'. E quando eu atingi a maioridade, eu pensei: 'Eu estou tão acostumado a ser Pedro Malta, a ser aquela pessoa que as pessoas conheceram como Lipe, que eu preciso tirar um tempo pra também pensar o que o Pedro quer'."

Mudança de carreira

"Eu entendi que, pelo menos naquele momento, eu já havia alcançado o que eu pretendia atingir enquanto ator. E enquanto eu fazia novelas e filmes, eu fui maturando um desejo que existia em mim de também ser diretor, cineasta, roteirista. Eu queria escrever, ficar nos bastidores, eu fui tomando gosto pelo backstage. Então eu pensei: 'Se eu não tirar um tempo pra mergulhar de cabeça nesse meu próximo passo, pra estudar como isso funciona, pra entender se é realmente isso que eu quero ou não, vou ficar pra sempre com esse desejo guardado e não vou realizá-lo'. Quando eu digo que houve um chamado pra Recife é porque eu tive essa vontade de fazer cinema aqui (...). Voltei pra cá com essa ideia, acabei fazendo Rádio e TV, mas com uma ótica muito mais na parte de desenvolver o produto do que de atuar no produto. Com isso, uma coisa foi puxando a outra, eu fui pro mercado publicitário e hoje vivo da minha escrita. Além de redator, atuo também como copywriter e ajudo também a criar conteúdo pra redes sociais de empresas, clientes, enfim. É como se eu tivesse a oportunidade de mudar de lado do balcão."

Currículo fake?

"Quando eu submetia algum currículo pra uma empresa, [a reação era]: 'Mas você é ator, você está vindo aqui ser redator por quê?'. [E eu respondia]: 'Ué, porque é minha profissão, porque eu estudei pra isso, quero trabalhar com Comunicação'. É como se existisse esse senso de que um artista está decrescendo de seu nível social por abraçar uma outra área que não seja a atuação. Em pleno século XXI, você achar que alguém é mais ou menos porque é ator ou atriz não cabe. Mas houve, sim, várias ocasiões nas quais o recrutador disse: 'Eu achava que você fosse fake' (risos)."


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