Íris Abravanel avalia o sucesso de novelas de longa duração

Íris Abravanel, responsável pelo reaquecimento da teledramaturgia do SBT, está muito satisfeita com os sucessos de Carrossel, Chiquititas e Cúmplices de um Resgate. Após fracassar com o público adulto [Vende-se um Véu de Noiva (2009) e Corações Feridos (2012)], ela investiu no nicho infanto-juvenil e se deu bem. Há quatro anos, o SBT disputa a vice-liderança na faixa das 20h30, com índices de audiência de até 15 pontos.

Por conta do sucesso, as novelas infantis ficam no ar o máximo possível. Cúmplices de um Resgate, por exemplo, chegará ao fim com mais de 300 capítulos.

Íris considera um desafio escrever folhetins de longa duração: "É desafiador porque temos que criar novos núcleos, novas histórias e tem o perigo sempre da barriga [enrolação]. A gente precisa tomar muito cuidado. Mas eu e minha equipe gostamos de desafio. As ideias fluem e temos brain storms muito legais. Nossas discussões são muito saudáveis e sai [a história]. É criatividade, né?", diz ela em entrevista ao Portal UOL.

A autora não vê problema em novelas com enorme quantidade de capítulos. E garante: "Acho que as nossas novelas não têm tido barrigas".

A próxima novela de Íris Abravanel será uma livre adaptação do clássico "Pollyanna", da americana Eleanor H. Porter, obra publicada pela primeira vez em 1913.

"Foi um livro que quase inspirou a minha vida, de fazer o jogo do contente. De procurar ver o lado bom. Eu até hoje faço isso", conta. "Vai ser uma Pollyanna moderna", garante ela, que ainda procura pela atriz que viverá a orfã que vai morar com uma tia amarga que ensina o tal "jogo do contente", aprendido com o pai.