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Inconsequente, novo personagem agita "Malhação: Viva a Diferença"

"Uma série intrigante feita para maratonar', diz ator que atuará na suas produçãoes

por Redação, em 21/10/2020

Foto: Marília Cabral/TV Globo

A chegada de Dogão (Giovanni Gallo) ao Cora Coralina promete gerar muita confusão nos próximos capítulos de ‘Malhação: Viva a Diferença’. O rapaz começa a estudar na instituição da Vila Mariana quando sua escola, em um bairro vizinho, pega fogo. Inconsequente e revoltado com a situação, ele bate de frente com todos os estudantes e se expressa através da agressividade. Escondido, o novo aluno coloca uma bomba caseira no banheiro, que acaba atingindo Benê (Daphne Bozaski). Ela sai do local apavorada e sem ouvir bem as vozes das pessoas ao redor, que estão assustadas com o barulho e preocupadas com seu estado de saúde.

Para Giovanni Gallo, ator que deu vida ao novo personagem, Dogão não sabe como se comportar diante de suas emoções. “É um garoto que não aprendeu a lidar com seus sentimentos, por conta disso sempre usa um comportamento indisciplinado e, como válvula de escape, acaba aprontando, para, de certa forma, chamar a atenção”, avalia Giovanni, que esta semana, dia 22, estreia no drama sobrenatural ‘Desalma’, no Globoplay. “Desalma é uma série intrigante feita para maratonar, só sair do sofá para ir ao banheiro ou pegar algo para comer (risos). Brincadeiras à parte, o público vai se surpreender com a trama extremamente bem elaborada e assustadora. Arrisco dizer que é um material nunca visto no Brasil”, adianta.

‘Malhação: Viva a Diferença’ tem autoria de Cao Hamburger e direção artística de Paulo Silvestrini e vai ao ar logo após o ‘Vale a Pena Ver de Novo’.

Entrevista com Giovanni Gallo:

Foto: Victor Pollak/TV Globo

Como você descreve o Douglas?

É um garoto que não aprendeu a lidar com seus sentimentos, por conta disso sempre usa um comportamento indisciplinado e, como válvula de escape, acaba aprontando, para, de certa forma, chamar a atenção. Acho ele um personagem muito inteligente, que tem uma visão de mundo muito interessante para sua idade. No Cora Coralina ele encontra bons amigos, o que faz ele acabar mudando suas atitudes.

O que esse trabalho representa pra você?

Um grande aprendizado. Foi muito gratificante reencontrar parceiros e parceiras de trabalho, como Heslaine Vieira e Gabriel Calamari. Além disso, fiquei extremamente contente por estar trabalhando de novo em um projeto do Cao Hamburger, antes atuei em 'Pedro & Bianca'. Participar desta temporada de ‘Malhação’ foi de grande importância para minha carreira, pois conheci diretores como Paulo Silvestrini, Carlo Milani e Rafael Miranda.

Como foi ter feito parte de uma produção ganhadora do Emmy Internacional?

Fazer parte de uma produção ganhadora do Emmy internacional é uma sensação de felicidade indescritível, arrepiante e realização profissional incrível. Uma curiosidade é que esta foi a segunda produção em que tive a honra de participar e que ganhou o Emmy. Em 'Pedro & Bianca', onde eu e Heslaine Vieira trabalhamos juntos, também ganhamos o prêmio, o que fez o nosso reencontro em ‘Malhação’ ser ainda mais legal.

Qual sua expectativa de rever o personagem e sentir de novo a repercussão desse trabalho?

A expectativa é ótima e fico muito contente pela repercussão que o Dogão causou. Ele chegou do meio para o fim e já marcando sua presença. Foi muito gratificante ver as pessoas na rua me reconhecendo e alguns até sentiram raiva de mim por causa do personagem.

De onde surgiu a inspiração para dar vida a um personagem tão problemático?

O Dogão é um personagem que carrega uma grande mensagem, de que todas as pessoas merecem uma segunda chance. Busquei inspiração em alguns amigos, e alguns momentos da adolescência onde sofri bullying, tentei resgatar memórias do que era o clima escolar. Muitas vezes os valentões eram pessoas carentes que não conheciam a linguagem do amor e do respeito e a forma de se expressarem normalmente era uma forma agressiva e errada. O Dogão tem um final muito bonito onde ele assume os erros que cometeu, muda suas atitudes buscando estudar e trabalhar, dando um bom exemplo do que é uma segunda chance bem aproveitada.

Como foi a entrada no meio da trama de um produto que já fazia muito sucesso?

A minha entrada em ‘Malhação: Viva a Diferença’ foi muito eletrizante, não tem como negar que estava com um frio na barriga daqueles (risos). Afinal, o elenco era cheio de novos talentos e veteranos. Mas esse frio na barriga logo passou. Assim que cheguei, o elenco me recebeu muito bem, me dando abraços e querendo saber um pouco mais sobre mim. As primeiras cenas já foram cenas impactantes onde o Dogão confronta Keyla, o que foi um ótimo começo pois já senti o clima maravilhoso do set e entrei no embalo.

Como você avalia a trajetória do personagem na trama?

‘Malhação’ foi extremamente bem escrita, cheia de complexidade nos personagens e nuances, como é realmente a adolescência na vida real. Dogão chega no Cora Coralina pois sua escola pegou fogo e logo de cara já dá para perceber que ele é um adolescente revoltado, que tem uma história de vida difícil e que nunca teve muito carinho em casa. A trajetória do personagem é belíssima, pois ele muda no final conseguindo controlar suas emoções e aprendendo como se posicionar no mundo. Nunca considerei ele um personagem ruim, apenas um adolescente que precisava ser escutado e ter um segunda chance.

Qual a principal lembrança que você tem da época das gravações?

São muitas lembranças, mas o que acho interessante de comentar é que o clima era sempre muito alegre, leve e extremamente profissional. O camarim era uma alegria, vivíamos dando risada, realmente era um ambiente que deixou saudades. Era tudo muito alegre e tudo em sintonia.

SOBRE DESALMA

Em Desalma, você vive o Ivan, na década de 80. Como foi a preparação para o personagem?

Foi uma preparação intensa e detalhista. Tivemos que aprender sobre a cultura ucraniana, como um jovem descendente se portava em 1988, quais seus gostos musicais, quais suas crenças, suas dúvidas sobre o mundo, quanto mais nos aprofundávamos melhor. Tive acompanhamento com uma fonoaudióloga que me ajudou a tirar vícios na fala e também para neutralizar o sotaque. Tivemos aulas de dança para realizar uma dança típica ucraniana. Também tivemos aulas da língua, o que foi uma experiência única. Além disso tivemos muita preparação prática, onde ensaiávamos as cenas para chegar no tom exato da série.

Como foi integrar o elenco de uma série de drama Sobrenatural?

Foi uma experiência única, muito gratificante e de grande aprendizado. Foi de extrema importância para minha carreira, e uma grande oportunidade de trabalhar ao lado de pessoas tão talentosas, tanto da equipe de direção e produção, como elenco.

O que o público pode esperar de Desalma?

Uma série intrigante feita para maratonar, só sair do sofá para ir ao banheiro ou pegar algo para comer (risos). Brincadeiras à parte, o público vai se surpreender com a trama extremamente bem elaborada e assustadora. Arrisco dizer que é um material nunca visto no Brasil.


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