Hugo Germano, o Sargento Venâncio de "Mar do Sertão", faz trabalho voluntário em hospitais

Nascido e criado na comunidade do Cantagalo, na Zona Sul do Rio, Hugo Germano faz sua estreia nas novelas como o Sargento Venâncio, em “Mar do Sertão”. Paralelo ao personagem da novela das seis, que ao lado do delegado Floro Borromeu (Leandro Daniel) quer colocar ordem a todo custo em Canta Pedra, o ator desenvolve outro trabalho.

Hugo foi convidado para integrar o grupo Conexão do Bem, que leva música para os corredores dos hospitais, alegrando os doentes. A cada cortejo ele entrega um sopro de vida:

Acredito que minha arte só funciona se ela for passada adiante e se tiver algum propósito. A palavra certa seria entusiasmado, me sinto tocado por Deus. A cada sorriso que vejo, meu coração se enche de alegria.”

Projetos sociais sempre estiveram presentes na vida de Hugo. Ele já deu aula de teatro em comunidades mas levar música nos hospitais é uma experiência única. O que mais o encanta nesse trabalho é o fator surpresa. As pessoas nunca esperam o que estar por vir.

E não faltam histórias de incentivo para motiva-lo ainda mais:

“Um momento especial para mim, foi quando estávamos no corredor do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti, o Hemorio, e encontramos uma senhora sentada na cadeira, olhando o cortejo e esperando atendimento. Quando passamos, seu neto disse que ela estava há quatro anos sem falar. Quando voltamos pelo mesmo corredor, a senhora estava cantando com a gente e seu neto começou a chorar! Seguramos a emoção, olhamos nos olhos dela e continuamos o cortejo. Foi lindo”, lembra.

Além da novela das seis, Germano também está em cartaz no cinema com o filme “Os Suburbanos”, onde fez uma participação, e se prepara para estrear nos longas “Mussum, o Filmis” e “Desapega”.

Mas “Mar do Sertão” tem um gostinho especial para Hugo não apenas por ser sua primeira novela. Folhetins lhe remetem a um lugarzinho especial na infância:

“Quando chegava da escola, sentava no sofá e maratonava todas as novelas na companhia da minha avó. De uma forma lúdica, e com muita responsabilidade, entramos nas casas dos telespectadores trazendo temas que levam a reflexão e o questionamento. Está sendo uma experiência única. Venho do teatro e por ser a minha primeira novela estou me sentido livre para criar. Procuro sempre conciliar os dois de uma forma equilibrada, acredito que isso acontece por conta da representatividade no set. Em dias de filmagem me sinto no quintal de casa. A maior parte do elenco é do Nordeste. Temos diretores e roteiristas pretos, que olham para mim com irmandade e quando a coxia é o boa, o espetáculo é melhor ainda!”.