José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, faz duras críticas à evolução da televisão, especialmente ao Big Brother Brasil

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, fez duras críticas sobre a evolução da televisão, especialmente em relação ao Big Brother Brasil e à forma como a TV Globo tem se comportado nos últimos anos. Em uma entrevista para o programa Achismos, conduzido por Mauricio Meirelles, Boni falou sobre sua relação com o filho Boninho, destacando que embora ambos sejam profissionais competentes, têm visões diferentes sobre a televisão e, por isso, evitam discutir o assunto.

Críticas ao Big Brother Brasil

Boni fez críticas à nova dinâmica do programa, onde os participantes estão competindo em duplas. Ele afirmou que essa mudança não deu certo, ressaltando que, embora o programa seja um enorme sucesso no Brasil e no mundo, ele preferiria um tipo de entretenimento diferente. Para Boni, o novo formato do BBB, com suas provocações e discussões muitas vezes incentivadas pelo consumo de álcool, não lhe agrada e não traz algo de mais valor para o público, contrastando com o que ele considera mais significativo, como textos de autores como Dias Gomes.

Visão sobre a TV atual

Boni também expressou sua preocupação com o que considera uma perda de qualidade na televisão, especialmente na programação voltada para a Geração Z. Segundo ele, a TV perdeu a responsabilidade de oferecer conteúdo de qualidade e se distanciou de estilos musicais mais sofisticados, como o jazz e a MPB, em favor de um entretenimento mais "popular". Ele considera que a televisão tem a obrigação de ser uma prestadora de serviço, mas não está cumprindo esse papel, e isso reflete negativamente na sociedade.

Economia na Globo e o remake de Pantanal

Boni também comentou sobre a falta de investimentos nas produções da Globo, citando o exemplo do remake de Pantanal. Ele mencionou que o remake não teve o mesmo sucesso da versão original devido à falta de recursos, como a decisão de não gravar em locações na Bahia, o que prejudicou a autenticidade da produção.

Politicamente correto e o fim do humor

Finalmente, Boni criticou o avanço do politicamente correto, afirmando que isso tem inibido a criatividade e o humor na televisão brasileira. Para ele, o medo de ofender e a censura que se instalou no meio impedem que o humor seja explorado de outras formas, o que, segundo ele, prejudica a qualidade do entretenimento.

Essas declarações de Boni mostram uma visão crítica sobre a direção que a televisão tem tomado, especialmente em relação ao conteúdo e à forma de produção dos programas. Ele sugere que a TV, em busca de popularidade e audiência, tem deixado de lado a qualidade e a responsabilidade, o que poderia impactar negativamente o público.