A emissora de Silvio Santos não pretende diminuir a duração das novelas infantis.
A saga de Poliana chegou ao fim no SBT após mais de 870 capítulos e cinco anos no ar. E sua substituta, "A Infância de Romeu e Julieta" tem previsão de mais de 300 capítulos.
"As Aventuras de Poliana" começou com 15 pontos de audiênica e "Poliana Moça" chegou ao fim com somente 6 pontos.
Apesar do desgaste do gênero e a fuga do público, Fernando Pelegio, vice-presidente do departamento artístico e diretor criativo do SBT, não pretende diminuir a duração das novelas infantis. E cita como exemplo a obras produzidas norte-americanas: “Deixa eu só corrigir um pouquinho: nós temos novelas que estão há 40 anos no ar. General Hospital [1963-] está há 60 anos no ar. Então nossas novelas, que tem 300, 350 capítulos, não são nada [perto das demais]... Não é um padrão mundial. Na Alemanha, tem uma novela que está cinco anos no ar. É porque no Brasil não se tem esse costume. A Globo não tem esse costume. Mas não quer dizer que a gente precise respeitar. Nós temos o sistema brasileiro de fazer telenovela.”
A parceria do SBT com a PrimeVideo não deve alterar a longevidade das novelas. António Forjaz, gerente comercial da Amazon no Brasil, admite que a enorme quantidade de horas de reprodução é benéfica para os resultados na plataforma. "Existem provas de que esse tipo de conteúdo funciona", afirma.
De certa forma, Forjaz tem razão. Carrossel (2012) e Chiquitas (2013) costumam figurar entre as obras mais vistas mundialmente na Netflix, mesmo estando disponiblizadas apenas no Brasil.