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Figurinista dos looks de Deborah Secco na Copa comenta repercussão das roupas

Responsável pelos looks de Deborah Secco no ‘Tá na Copa’, Carol Gama avalia repercussão das roupas na cobertura do Mundial

por Micael Constantino, em 19/12/2022

Figurinista dos looks de Deborah Secco na Copa comenta repercussão das roupas

Deborah Secco roubou a cena nas participações diárias no programa Tá na Copa, do canal por assinatura SporTV. A atriz, que foi escalada para comentar os jogos da Copa do Mundo de 2022, marcou a cobertura ao fugir dos tradicionais uniformes da emissora e apostar em criações fashionistas e exclusivas!

Para saber tudo sobre o processo de produção das peças, inspirações e avaliar a repercussão dos looks nas redes sociais, o gshow conversou com a figurinista dos programas esportivos da Globo, Carol Gama, responsável pelo visual da artista, ao lado do stylist Erick Maia.

Responsável pelos looks de Deborah Secco no ‘Tá na Copa’, Carol Gama avalia repercussão das roupas na cobertura do Mundial: ‘Não foi estratégico, mas elevou a discussão a outro patamar’

Movimentando as redes logo na estreia da atração, a figurinista conta como recebeu a repercussão do primeiro look idealizado - com direito à calça cargo e calcinha aparente!

"Começar com o 'pé na porta' não foi estratégico, mas elevou a discussão a outro patamar. O look gerou um debate sobre sexualização, machismo e cultura de gênero. O papel dá moda é esse. Hoje, quase um mês depois, a absorção do público já é outra, o que mostra que ele evoluiu e amadureceu."

O processo de criação

Mas de onde surgiu a ideia de diferenciar os uniformes da artista dos colegas do formato? Gama explica a principal diferenciação entre os guarda-roupas:

"Entendi que não fazia sentido a Deborah usar o mesmo uniforme que as outras jornalistas esportivas, exatamente por ela não ser uma. O uniforme tem um peso, dá credibilidade de análise técnica e esse, definitivamente, não era o lugar dela no programa. Ela estava ali pra entreter, resenhar, ser uma representante do torcedor comum, com um olhar de humor."

Carol ainda revela como funcionou a produção frenética dos visuais de Deborah.

"A Copa do Mundo dura quase um mês e o programa 'Tá na Copa' é diário. Então esse foi o maior desafio: criar 29 looks apenas com as peças 'base' do uniforme e, ainda assim, fazer de todos relevantes." — Carol Gama

"Como ela é uma pessoa muito ligada à moda, a ideia era customizar, incorporar elementos, tendências e truques de styling, ressignificando as peças do uniforme para o universo dela, que é o fashion."

Contando que Deborah participou ativamente do processo de criação das peças, a figurinista disse que ela e Erick Maia já começaram a temporada com algumas das produções prontinhas.

"No total, foram mais de dois meses de criação, desde a apresentação do conceito até o último dia de Copa, 18/12. Criamos os 15 primeiros e os outros foram sendo feitos dia a dia, de acordo com o que a gente julgava ser relevante. Se já tínhamos usado um estilo, buscávamos outro, no próximo."

Roupas como mensageiras

"A gente tem que se vestir com aquilo que a gente se identifica, independentemente do que os outros pensam. A Deborah não se identificava com o uniforme padrão do Esporte e, por isso, criamos algo para ela, adequado à função que estava exercendo no programa, que era de humor. Ela é artista, atriz, criativa. O uniforme usado por ela nunca poderia ser diferente disso", reflete Carol.

"Nós já eliminamos o terno e a gravata, há duas Copas, dos narradores e comentaristas, por exemplo. A gente entende que o figurino tem que comunicar o que o esporte é: energia, leveza e casualidade. [...] Criar é sempre bom, quebrar barreiras e descobrir novos caminhos é melhor ainda. É reflexo do avanço social", conclui.


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