Paulo Ricardo, Frejat e João Barone cantam ao lado do Rei.
É hora do iê-iê-iê! O rock está bem representado no ‘RC 50’, especial de fim de ano de Roberto Carlos na TV Globo. No dia 20 de dezembro, depois de ‘Mania de Você’, o público acompanha Paulo Ricardo, Frejat e João Barone subirem ao palco ao lado do Rei em um megashow gravado no Allianz Parque.
O programa ainda tem outros convidados especialíssimos, afinal, a edição deste ano celebra as bodas de ouro da parceria com o Rei: são 50 anos de muitas emoções. Além do trio, Roberto também canta com Gilberto Gil, Zeca Pagodinho, Wanderléa, Chitãozinho & Xororó, Letícia Colin, Sophie Charlotte e Dira Paes. Confira, abaixo, a entrevista com Paulo Ricardo, Frejat e João Barone.
Como é participar da celebração dos 50 anos do ‘Especial Roberto Carlos’?
Paulo Ricardo: É um sonho, né? Porque nós crescemos ouvindo o Roberto, que, independentemente do imenso leque de gêneros musicais que ele domina com maestria, foi o cara que introduziu o rock e a jovem guarda para a minha geração. Todos os encontros com ele são mágicos, como se fossem com uma entidade. Participar de algo musicalmente com ele é uma honra, uma credencial de cavaleiro do rei.
Frejat: Para mim, é uma honra gigantesca. Eu era louco pela Jovem Guarda, as músicas do Roberto me marcaram muito. A primeira que me lembro é "O Calhambeque".
João Barone: Participar do Especial de 50 anos do Roberto Carlos é uma emoção sem tamanho. Ao longo desses anos todos, talvez o momento culminante da televisão brasileira seja o aguardado especial de fim de ano do Roberto Carlos. Essa época do ano ocupa um lugar muito emocional no coração das pessoas. É um momento muito aguardado, que simboliza o congraçamento e a reunião de todos ao redor do Natal. Esse momento sensível e emocionante encontra o lado sentimental de todo brasileiro.
Você tem alguma memória afetiva do especial?
Paulo Ricardo: Eu participei do Especial de 50 anos da Jovem Guarda. Cantar "A Namoradinha de um Amigo Meu" com o Roberto foi algo surreal. Olhando para aquelas fotos, é uma situação que eu nunca imaginei.
Frejat: Um momento muito especial foi quando participei do especial dele em 1994, onde estava o Erasmo e outros artistas. Estar ali, junto com eles, foi uma experiência inesquecível.
João Barone: Uma memória sentimental que tenho é da minha mãe. Ela sempre perguntava: "Meu filho, quando é que vocês vão aparecer no especial do Roberto Carlos? É a maior consagração que alguém pode ter”. Eu dizia: "Ah, mãe, uma hora dessas a gente vai, né?" Hoje, minha mãe, Dona Elisa, deve estar levando um papo com a Lady Laura lá no paraíso, feliz da vida que o filho está participando do especial do Roberto Carlos.
O que você acha da importância do Roberto Carlos para a sua geração?
Paulo Ricardo: Para a nossa geração, ele é como Elvis e Beatles juntos. Ele trouxe uma nova forma de fazer música, com filmes que misturavam ação e humor, e isso foi muito representativo.
Frejat: Roberto Carlos é uma das figuras mais importantes da música brasileira e da minha formação musical. Sempre lembro dos momentos dele com o Erasmo. Ele não chamava o Erasmo apenas para as baladas românticas, mas para as partes mais rock'n'roll, que sempre me pegavam.
Qual música do Roberto mais te marcou?
João Barone: "O Calhambeque". Eu tinha o compacto do Rei com "O Calhambeque", uma música muito simbólica da Jovem Guarda, um dos primeiros sucessos do Roberto. O Frejat me lembrou de um detalhe interessante: essa música representa o rock brasileiro daquele tempo e foi gravada com violão de nylon e sem bateria. Foi emocionante fazer uma versão dessa música no especial do Roberto, colocando bateria e guitarra elétrica do Frejat. O Paulo também participou, cantou e tocou baixo. Foi um desafio e tanto tocar "Calhambeque" e fazer nossa interpretação respeitando o original. Ficou muito bacana, e o mais feliz foi que o Roberto adorou.
Paulo Ricardo: “Eu Sou Terrível”. É a música que abre o filme e que regravei com o Erasmo. Para um garoto de cinco anos, a música fazia muito sentido (risos), eu ouvia muito na minha infância. Essa canção marcou minha entrada no rock e me conectou com outras bandas e a riqueza da música popular.
O ‘RC 50’ vai ao ar em 20 de dezembro na TV Globo, logo após ‘Mania de Você’, e tem produção de Maiana Timoner e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Boninho.