Em cenas previstas para irem ao ar a partir do dia 28 em ‘Terra e Paixão’, Luigi (Rainer Cadete), enfim, consegue casar com Petra (Debora Ozório). Apesar de fazer uso dos medicamentos tarja preta antes da celebração, a jovem não terá problemas para aceitar a união na presença dos ilustres convidados. E entre eles, uma figura importante surge: “Roma” (Grace Gianoukas), a “mãe” de Luigi. Depois da pressão de Irene (Gloria Pires) para levar alguém da família à cerimônia, com a ajuda de Anely (Tata Werneck), Luigi encontra uma atriz disposta a se passar por sua mãe. Momentos divertidos prometem dividir a atenção do espectador, com a confusão envolvendo Berenice (Thati Lopes) e Ramiro (Amaury Lorenzo) nos bastidores do grande evento, e um celebrante inusitado.
Para ganhar algum dinheiro em cima do novo representante da Família La Selva, Kelvin (Diego Martins) conta as intenções de Berenice com o casamento a Luigi e sugere que Ramiro desapareça com ela do local, afinal, a dona do Bar queria vingança e seu objetivo era destruir a festa. Ela pede ao responsável pelo buffet contratado para entrar na casa de Antônio como funcionária da equipe. No entanto, suas expectativas são frustradas e ela vai parar no Rio de Janeiro. Já a briga pelo buquê da noiva é entre Kelvin e Anely, resta saber quem ganhará a disputa.
Figurinista responsável pela novela, Paula Carneiro comenta sobre alguns looks do evento, que além de confusão, terá muito glamour entre os anfitriões e convidados da Fazenda La Selva. “Para o vestido de Petra, optamos por um com mais cara de princesa, já que ela ia casar com uma tiara, teoricamente de uma nobre, comprada de um receptador pelo noivo, e usaria com o colar de diamantes dado pelo pai. Fizemos uma parceria com a Casamarela. Eles foram superlegais e nos enviaram o modelo. Já a roupa de Irene é de uma loja do Rio. Um vestido todo bordado, superpesado de tanto brilho que tem. É a apoteose dela como mãe da noiva, momento para brilhar muito num casamento durante o dia, em um jeito bem Irene de ser. E o Luigi coloquei com um terno branco para ficar bem príncipe, um príncipe da realeza”, conta.
Abaixo, confira a entrevista de Grace Gianoukas:
Como você define a sua personagem?
A minha personagem é uma atriz que já estrelou algumas produções e que, inclusive, chegou a se apresentar em grandes centros, grandes polos de teatro como São Paulo, mas nesse momento ela vive em uma cidade vizinha de onde se passa a novela e faz teatro infantil. Ela continua sobrevivendo de teatro, vive em um mundo de lembranças das coisas que ela viveu e de arte. Está ali tentando sobreviver.
Em quem se inspirou para fazê-la? Como se preparou?
Tem um filme que eu gosto muito que chama Callas Forever que a Fanny Ardant faz a Maria Callas depois que ela se aposentou, depois que ela se retirou dos palcos, quando a voz dela já não era a mesma e, então, começa com ela dentro de sua casa com aquelas lembranças, um pouco perdida e, de repente, um amigo chega, um produtor, e começa a tentar tirá-la do buraco e arranja algumas produções para ela fazer. Ela volta com uma alegria para fazer. Peguei esse momento do filme como referência, quando a Maria Callas volta à vida artística.
O que ela traz de novo e de mais desafiador para você?
Eu acho que o que ela traz de novo, para mim, é eu ter a oportunidade de interpretar a respeito do universo da personagem, que eu conheço muito, o teatro. E o meu maior desafio foi o da personagem, dela ser uma atriz brasileira e ter que se fazer de italiana, sem falar italiano, e fingir que ela não estava entendendo nada sobre o casamento, apesar de estar entendendo tudo, isso foi um toque até da Joana Clark, uma das diretoras, que as pessoas estão falando e eu tenho que me fazer de desentendida o tempo inteiro, isso foi um supergancho que ela me deu na direção, perfeito, exato e que me trouxe um desafio muito grande. Adorei.
Quais são as principais questões que ela vai enfrentar na trama?
Acho que é segurar a onda de ser uma italiana sem falar italiano. Ela vai se virando com os recursos que tem, um pouco de interpretação de teatro adulto, de teatro infantil, um pouco da referência de princesa, um pouco dos clássicos de Shakespeare e dos clássicos do imaginário infantil, dos contos de fadas europeus para crianças.
E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco, o que você destaca que está sendo mais interessante nessa participação?
Primeiro, o reencontro de cena, eu e a Tata (Werneck), que é uma pessoa que amo, uma atriz que sou profundamente admiradora, contracenar com o Rainer que acho um ótimo ator, cheio de recursos, fazendo uma personagem incrível, aliás, os dois. Fui tão bem recebida por todo o elenco, todos foram tão gentis comigo, colegas, parceiros, nos divertimos muito mesmo contracenando pouco, mas foi de uma intensidade, poder estar com a Gloria, o Tony, o Ângelo Antônio, a Débora Falabella, que são atores com quem eu ainda não tinha trabalhado, a própria Agatha, minha amiga, a Leona Cavalli com quem fiz um espetáculo durante um ano e meio. Foi tão maravilhoso trocar com essas pessoas, tendo essa experiência de poder estar juntos novamente, vivendo outros papeis, outras personagens, já sacando um pouco do estilo de cada ator e admirá-los nas suas novas personagens, e também poder contracenar com o Tony, com a Gloria, que são atores que eu respeito muito e com quem a gente sempre tem o que aprender.
Como você acha que o público vai receber sua personagem?
Como eu sei que a minha personagem caiu em um núcleo cômico no meio da trama, dei o meu melhor e sempre que vou fazer algum trabalho na televisão tento investir muito na minha versatilidade como atriz, para que seja bem diferente de outras coisas que fiz na televisão. Eu dei o meu melhor entre o clássico e o infantil que essa personagem poderia trazer, para dar comicidade, então espero que o público curta. Foi bem bacana, todo mundo adorou e a minha personagem tem uma fala que no final do dia estava todo mundo repetindo e no dia seguinte também, todo mundo da técnica, o pessoal da logística, quem viu a gravação, pessoal da caracterização e os atores. Fiquei muito feliz.
Comente sobre a relação de Roma com Luigi e Anely.
Roma, que é o nome que o Luigi deu para ela, é contratada para se passar por mãe do Luigi a partir de uma sugestão da personagem Anely, então eles chegam na casa dela. O Luigi está todo encantado, está achando que vai dar certo porque ele tem uma fé incrível nos golpes que ele dá, para tudo ele tem uma desculpa, é um aventureiro, um malandro simpaticíssimo, e a Anely é mais ressabiada, está um pouco desconfiada, achando que não vai dar certo, mas mesmo assim é a única solução que eles têm, então, eles a contratam e ficam ali dando aquela monitorada para salvá-la. Anely o tempo inteiro fica tentando estar com ela para que não dê nenhuma gafe e o Luigi também. Quando podem, um ou outro estão sempre no lado dela. Roma chega não muito instruída de qual é a situação, ela só sabe que tem que se fazer de mãe, e a única coisa que precisa falar é “Grazie Mille”.
Quais foram seus últimos trabalhos
Eu tenho trabalhado muito nos últimos tempos, no ano passado fiz temporada e turnê nacional do meu espetáculo de 40 anos de carreira, “Grace em Revista”, que encerra um ciclo de muitas coisas que criei para o pessoal que é meu fã. Fiz uma revisão da minha carreira, ganhei prêmios, prêmio de humor (o prêmio do Porchat), o prêmio de Miguel Arcanjo, enfim, ganhei alguns prêmios com esse trabalho que foi maravilhoso e, no início de 2023, estreei um espetáculo, fenômeno de público e crítica, chamado “Nasci Para Ser Dercy”, uma comédia também emocionante, que conta um pouco da história que poucas pessoas conhecem da Dercy Gonçalves e, claro, a história conhecida também. É uma grande homenagem a Dercy Gonçalves na marca de 15 anos do seu falecimento. Nesse momento, estou em turnê pelo Brasil com ele. Fiz também esse ano e ainda estou fazendo de vez em quando um outro espetáculo dirigido pelo Jorge Farjalla, “O Que Faremos Com Walter”, texto do Juan José Campanella, argentino que ganhou um Oscar com o filme “O Segredo Dos Seus Olhos”. Fiz também o filme da Ana Muylaert, como uma das protagonistas, são 7 mulheres protagonistas, o “Clube das Mulheres de Negócios”. Já está com estreia marcada para o ano que vem na Europa, e fiz duas séries “O Dono do Lar”, do Multishow, que vai estrear a temporada e o “Auto Posto” na Paramount.
Como foi o convite para a participação na novela?
Foi uma alegria, foi uma surpresa que me deixou muito feliz, quando eu recebi a mensagem do Fábio Zambroni, produtor de elenco, dizendo que o Walcyr gostaria de me chamar para fazer uma participação especial na novela. Adoro o trabalho do Walcyr Carrasco, sempre sonhei em trabalhar com ele, em poder atuar em um texto seu, sei que o trabalho dele é incrível, tenho vários amigos que adoram trabalhar com ele e a gente vê o resultado disso pelo sucesso das novelas que faz. Fiquei extremamente honrada com o convite e fiz de tudo para conciliar minha agenda de turnês e compromissos com imprensa que tenho a cada viagem com o roteiro de gravação da novela, graças a Deus deu certo.
Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Ser convidada pelo Walcyr Carrasco para encenar uma personagem que ele criou é uma grande honra, eu me sinto muito grata por ele ter pensado em mim para fazer essa personagem e eu me esforcei ao máximo para fazer jus ao interesse dele pelo meu trabalho. Espero que ele tenha ficado satisfeito. E o Luiz, meu Deus, o Luiz é um gentleman e toda a equipe dele. Foi muito bom de trabalhar. Ele é objetivo, sabe o que quer, uma pessoa educadíssima, prática, firme, me ajudou bastante a localizar minha personagem dentro dessa festa que é uma loucura, gravações de casamento geralmente envolvem muitos personagens, muitas situações, um elenco enorme, além da figuração, então, achei tudo maravilhoso, ele é um superdiretor, e os dois diretores que trabalham com ele com quem eu pude trabalhar, que são a Joana e o Emer, são maravilhosos, adorei ser dirigida por eles.
‘Terra e Paixão’ é uma novela criada e escrita por Walcyr Carrasco. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.