Grupo de discussão pediu mais ação e romance.
Em entrevista ao Portal UOL, Suzana Pires, coautora de Sol Nascente, explicou que a trama será ajustada. "A novela vinha num clima mais de estrogênio, de construção das relações. Tinha uma atmosfera mais suave, o que já estava planejado, mas a gente viu que estava na hora de dar a virada. Agora vai ser uma novela com ação, com testosterona", explicou ela, que escreve em parceria com Walther Negrão e Julio Fischer.
A decisão por ajustes veio depois do resultado do grupo de discussão, que identificou que 60% do público de Sol Nascente é feminino.
"Geralmente quando tem que fazer mudanças bruscas é porque alguma coisa foi rejeitada. A rejeição é a crise de uma novela, mas nós não tivemos rejeição. A gente teve uma pesquisa que apontou o que tínhamos que fazer: aperta isso, mexe aquilo e vamos seguir o bonde. Foi uma calibragem de pneus. Não teve o pânico até porque estamos bem de audiência", justificou.
Para agradar a audiência, Suzana avisa que Sol Nascente ganhará ritmo:
"Elas [donas de casa] falaram muito sobre o ritmo da novela, que podia acelerar, e nós concordamos. Mas elas identificaram uma coisa que era muito a nossa preocupação. Não é que tinha um ritmo lento, nós plantamos os personagens e as tramas para que quando apertássemos o ritmo, ninguém agisse sem ter um porquê muito sólido. Quando nós identificamos na pesquisa que os espectadores sabiam o porquê de cada personagem agir em detalhes, a gente falou: ‘Cara, a hora é essa’.", explicou.
A média de audiência de Sol Nascente, em São Paulo, é de aproximadamente 20 pontos. O índice é razoável, se comparado com outras novelas como Além do Tempo (20 pontos), Sete Vidas (19 pontos), Meu Pedacinho de Chão (18 pontos) e Boogie Oogie (17 pontos).