"Me sentia superpoderosa no alto do caminhão!", revela a atriz em entrevista.
Aprender a guiar um caminhão foi um desafio do trabalho em 'A Favorita' que Claudia Ohana se orgulha bastante de ter realizado. Na pele de sua personagem, Cida, por muitas vezes ela gravou dirigindo e adorava esses momentos. "Me sentia superpoderosa no alto daquele caminhão! Eu gosto muito de dirigir e o ofício do ator tem essa vantagem, aprendemos várias coisas. Eu jamais aprenderia a dirigir um caminhão na vida, normalmente não teria a menor utilidade para mim; mas agora eu tiro uma onda (risos)".
O trabalho de composição da personagem também exigiu entender o universo das caminhoneiras e para isso Claudia mergulhou numa pesquisa. "Como era um universo desconhecido para mim eu fiz um laboratório, conversei com várias profissionais do meio para saber um pouco sobre esse mundo. As pessoas têm a impressão de que, só por ser uma profissão majoritariamente masculina, você precisa ser masculina também para fazer esse papel. E eu soube, através dessas caminhoneiras, que elas são muito femininas, usam esmalte, se enfeitam, se cuidam, como toda mulher, e eu quis fazer um personagem também feminino e de características muito fortes – é um personagem decidido, livre, feminista. A Cida foi embora da cidade em busca do seu sonho e volta para a sua família, mantendo a sua personalidade; as pessoas tinham que aceitá-la como era", relembra.
Em entrevista, Claudia Ohana comenta um pouco mais sobre o trabalho em 'A Favorita'.
No ar no 'Vale a Pena Ver de Novo', ‘A Favorita’ é escrita por João Emanuel Carneiro, com direção geral e de núcleo de Ricardo Waddington, direção de Paulo Silvestrini, Gustavo Fernandez, Roberto Vaz, Pedro Vasconcelos, Marco Rodrigo, Roberto Naar, Ary Coslov e Isabela Secchin.
ENTREVISTA COM CLAUDIA OHANA
O que mais te marcou neste trabalho e de que forma 'A Favorita' foi importante para sua carreira?
Acho que o que me marcou muito foi o personagem e a interpretação. O cuidado que se tinha na novela toda, desde o texto ser diferente, moderno, até o cenário, o mais realista possível. E a direção também buscava isso, uma naturalidade, não interpretar, e sim viver os personagens. Isso me marcou muito em termos de interpretação. Estar naquele núcleo de atores maravilhosos e aprender a dirigir caminhão foi o que me marcou bastante. Foi um trabalho bem legal.
Como foi o processo de composição para interpretar a Cida? Quais eram as características mais fortes dela?
Como o universo das caminhoneiras era desconhecido para mim, eu fiz um laboratório, conversei com várias profissionais do meio para saber um pouco sobre esse mundo. As pessoas têm a impressão de que, só por ser uma profissão majoritariamente masculina, você precisa ser masculina também para fazer esse papel. E eu soube, através dessas caminhoneiras, que elas são muito femininas, usam esmalte, se enfeitam, se cuidam, como toda mulher, e eu quis fazer um personagem também feminino e de características muito fortes – é um personagem decidido, livre, feminista. A Cida foi embora da cidade em busca do seu sonho e volta para a sua família, mantendo a sua personalidade; as pessoas tinham que aceitá-la como era. E para esse processo de composição eu também tive que aprender a dirigir caminhão, porque ela tinha várias cenas dirigindo, e eu adorei isso, me sentia superpoderosa no alto daquele caminhão! Eu gosto muito de dirigir e o ofício do ator tem essa vantagem, aprendemos várias coisas. Eu jamais aprenderia a dirigir um caminhão na vida, normalmente não teria a menor utilidade para mim; mas agora eu tiro uma onda (risos).
Quais as principais lembranças dos bastidores? Alguma curiosidade em especial?
A amizade das irmãs vividas pela Lilia Cabral, Gisele Fróes e eu nos fez ficar amigas na época. Saíamos para comer, ficamos muito unidas, o que era muito legal.
Qual cena ficou mais marcada na memória?
As cenas em que a Cida dirigia caminhão, as cenas na estrada, os momentos do romance dela com o Juca, interpretado pelo Bento Ribeiro, marcou muito o personagem, que já era moderno, feminista, feminino e, ainda por cima, namorava um rapaz mais jovem que ela. Eu me lembro dessas cenas, eram dentro do caminhão, eu as achava bem bonitas. E as cenas da família, com as três irmãs. Mas não guardei nenhuma cena específica.
Gosta de assistir trabalhos antigos? É muito autocrítica?
Eu não gosto de ficar revendo meus trabalhos passados. Não sou uma pessoa nostálgica, então não costumo rever uma novela toda, mas vejo algumas coisas para relembrar o personagem. É bom lembrarmos da nossa própria história, caminhada, nossos trabalhos, mas não sou nostálgica, não fico assistindo a coisas minhas.
Quais são seus projetos atuais?
Estou fazendo um filme que se chama ‘Apaixonada’, com direção da Natalia Warth e produção da Giovanna Antonelli. Tem também o filme musical ‘Nós Somos o Amanhã’, que está para ser lançado.
Comunicação Globo