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BBB20: O jogo intuitivo de Rafa Kalimann!

Uma entrevista com a segunda colocada do reality.

por Redação, em 30/04/2020

Foto: Artur Meninea/Globo

Para Rafa Kalimann, participar do ‘Big Brother Brasil’ era um sonho. A mineira, que completou 27 anos durante o confinamento, não só entrou noreality como foi finalista do BBB 2​0 e levou o segundo lugar no jogo, com 34,81% dos votos. Ela disputou a final com a médica Thelma (campeã da edição) e com a atriz e cantora Manu Gavassi (terceira colocada). A coerência de Rafa no jogo e sua sensibilidade no convívio com brothers sisters foram características marcantes na trajetória da influenciadora digital. Rafa demonstrou ter apego a sua fé e compartilhou dessa espiritualidade com os outros participantes. Seu lado sensitivo a impulsionou a acertar acontecimentos de dentro e de fora da casa ao longo do reality. Introspectiva no início da temporada, encontrou-se ao lado de Manu, com quem criou um forte laço de amizade. Depois de 98 dias no BBB 20, de enfrentar três paredões e ganhar três provas – duas do Líder e uma do Anjo–, ela conta como foi a experiência de participar doreality, avalia sua trajetória no programa e fala dos planos para o futuro. “A única coisa que eu me impus foi que eu seria completamente verdadeira comigo mesma. E deu certo, graças a Deus”, comemora. A seguir, o papo com a vice-campeã da edição.

Como você avalia sua trajetória no ‘Big Brother Brasil’?

Acho que foi, antes de mais nada, muito intensa. Muito intuitiva também, segui muito a minha verdade. Fui mais introspectiva no começo, fiquei observando mais para entender onde eu me encaixava no jogo, para no momento certo saber onde me posicionar. Fiz tudo dentro do que eu acreditava. Acho que minha trajetória no programa foi muito verdadeira e transparente, e o público conseguiu ver isso o tempo todo. Vivi tudo o que o BBB tinha para oferecer, do jeitinho que eu imaginava mesmo que seria. Eu queria, mais do que participar de umreality, estar entregue a ele de verdade e entender que eu estava num jogo. Mesmo não querendo entrar em manipulações, quis jogar: nas provas, votando da forma que eu achava a certa de fazer. Fui muito entregue o tempo todo.

Você chegou à final BBB 20. Esperava chegar até aí? Não ter saído campeã te trouxe alguma frustração?

Entrei com um objetivo claro, com o propósito de ganhar. Mas, no decorrer do jogo, em vários momentos, me bateram inseguranças. Algumas vezes eu achava que não estava fazendo nada, em outras eu achava que estava fazendo tudo errado. Várias neuras passavam pela cabeça. Quando chegamos à final, eu, Manu e Thelma, nós três estávamos muito sintonizadas e felizes com o fato de as três estarem ali juntas. Para nós era muito real o fato de que qualquer uma que vencesse nos faria feliz. Lógico que queríamos R$ 1,5 milhão, mas sempre torcemos muito uma pela outra. Agora, aqui fora, vendo o quanto a Thelminha representou, o quanto a vitória dela tem um peso lindo para todos nós, fez tudo valer a pena. Eu já estava feliz pela vitória dela, e vendo agora, do lado de fora, o que ela representa para o Brasil – a garra e a força dela – me fez ficar ainda mais feliz.

Foto: Artur Meninea/Globo

Desde o início da temporada, você foi considerada uma participante forte por muitos brothers e sisters. Você criou uma estratégia de jogo?

Não. Eu nem sabia que era considerada uma participante forte. Eu segui muito mesmo as minhas percepções, intuições. Sempre fui muito de observar, de tentar entender o que está acontecendo antes de tomar qualquer decisão. Mas quando eu tomo qualquer decisão, sou muito posicionada – isso é assim na minha vida. Por querer entrar tão inteira (como eu entrei) eu sabia que seria assim lá dentro também. Não foi uma estratégia em momento algum. A única coisa que eu me impus foi que eu seria completamente verdadeira comigo mesma. E deu certo, graças a Deus.

Você já conhecia alguns dos participantes antes do início do programa. Quando viu quem estava no grupo Camarote, imaginou que teria desavenças com alguém?

Não, de jeito nenhum. Fiquei muito feliz quando vi a Mari e a Gabi, que eram pessoas com quem eu tinha mais contato. Já conhecia a Bia também, mas não éramos próximas. Minha primeira reação foi pensar “estou em um ambiente familiar, com pessoas que conheço”. São pessoas que trabalham com a mesma coisa que eu, então isso nos conecta. Eu estava completamente aberta.

Seu lado sensitivo ficou evidente durante a competição e o público notou essa característica em você. Lá dentro, costumava seguir sua intuição?

O tempo todo! Tanto que em alguns momentos eu questionava se estava jogando errado, indo por um caminho que não era o correto. A Thelminha percebia muito isso junto comigo. A gente se olhava e sacava que estávamos percebendo as mesmas coisas. Ela também foi por esse lado da intuição. Tudo o que eu fiz dentro do jogo, errando ou acertando, correndo riscos ou não, foi seguindo a minha intuição.

E você sempre foi assim? Ou você descobriu esse lado lá dentro?

Sempre fui assim, mas no BBB isso aflorou muito. Lá a gente não tem informações do mundo, das pessoas. Lá dentro é você e você. Depois você vai criando vínculos, fazendo amizades, mas a gente silencia muito qualquer projeção. Acho que por isso durante o confinamento essa sensibilidade ficou mais forte em mim. Sonhei muito, aqui fora eu não sonho tanto. Mas sempre fui assim, desde novinha.

Você, Manu e Thelma formaram um trio muito unido na casa. Como ocorreu essa aproximação?

Foi tão natural. Com a Manu eu me conectei logo no início, no final da primeira semana, acho. A gente foi percebendo, entre um assunto e outro, que somos muito parecidas na forma de pensar. Com a Thelminha, de cara a gente se gostou bastante, mas ela era mais na dela, já tinha um trio de amizade formado com a Gizelly e a Marcela. Mas a gente sempre pensou muito parecido no jogo. Tanto que nossos votos foram muito similares, até nosso queridômetro era igual. Em um determinado momento no jogo, quando ela estava no monstro, eu a abracei, porque foi uma situação que me doeu muito. Me coloquei no lugar dela. Foi ali que a gente se aproximou mais e ela veio com a gente.

Quais são seus planos daqui para frente?

Ah, eu nem sei... (emocionada) Quero aproveitar muito tudo isso, sugar ao máximo esse carinho que estou recebendo. Estou completamente anestesiada, ainda sem acreditar. Quero aproveitar esse momento para relaxar um pouco. Venho trabalhando há tantos anos, e lá dentro da casa é tanta pressão. Acho que agora é o momentinho para eu poder usufruir. Não consigo ficar sem trabalhar, mas quero relaxar um pouco, curtir essa fase, aproveitar a minha família. Com a quarentena e tudo o que está acontecendo, não dá ainda para fazer muitos planos, a gente tem que ficar mais quietinho mesmo. Mas o que eu quero é isso: curtir o carinho das pessoas, curtir as pessoas que eu amo e montar vários projetos para os próximos meses.

O 'BBB20' teve direção geral de Rodrigo Dourado e apresentação de Tiago Leifert.

Comunicação Globo


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