A mãe de Bruno se redime na reta final.
Por muito tempo o preconceito e o rancor marcaram a relação entre Nádia (Eliane Giardini) e Raquel (Erika Januza). Desde os tempos em que a juíza era doméstica na casa da mulher de Gustavo (Luis Melo), a relação entre as duas nunca foi das melhores. Mas tudo indica que os tempos mudaram. Após insistência de Bruno (Caio Paduan), Nádia resolve atender ao pedido do filho para levantar a bandeira da paz. A juíza abre a porta surpresa e Nádia já vai entrando, meio tensa, e demonstra um certo desconforto: “Nunca pensei que ia pisar aqui...”, deixa escapar. Bruno repreende a mãe e avisa. “Raquel, a minha mãe quer falar com você”, diz. Nádia aproveita a oportunidade para observar o apartamento de Raquel: “Que sofá mais confortável. Aposto que no quilombo não tem sofá confortável assim”, implica.
É o suficiente para Raquel perder a paciência e mandar Nádia embora de sua casa. Nesse momento, a mãe de Bruno resolve se redimir verdadeiramente: “Perdão”, declara de forma espontânea. A magistrada ainda custa a acreditar e não entende a atitude da ex sogra. Mas Nádia, que sempre foi relutante a aceitar a relação do filho com a juíza, reconhece seus erros e confessa que não suporta mais ver Bruno triste pela ausência da amada. Em seguida, Nádia confessa que o nascimento do neto Marquinhos mudou sua forma de enxergar as pessoas. “Eu aprendi que a cor da pele não faz qualquer diferença, que o coração pode falar mais alto. Eu estou aqui me humilhando, disposta a fazer o que for preciso para me perdoar. Mas me perdoe por todas as vezes que maltratei você. Me perdoe, se não for por mim, que seja por amor a meu filho. Diga o que preciso fazer para você me perdoar”. Raquel se surpreende e, com compaixão, perdoa Nádia, pedindo apenas um abraço. Após esse gesto, as duas selam a paz e deixam as desavenças no passado.
A cena está prevista para ir ao ar na segunda-feira, dia 9. O Outro Lado do Paraíso é uma obra escrita por Walcyr Carrasco, com direção artística de Mauro Mendonça Filho e direção geral de André Felipe Binder.