"Não quero voltar, mas nada na vida é definitivo", diz atriz.
Antes mesmo de estrear na TV, Vera Fischer já era uma estrela. Miss Brasil em 1969, começou a carreira de atriz no cinema, protagonizando clássicos da pornochanchada, como A Superfêmea, roteirizado por Lauro César Muniz, autor com quem fez sua primeira novela, Espelho Mágico (1977). A primeira de muitas protagonistas veio já no segundo trabalho, Sinal de Alerta (1978).
Desde o início a atriz sofreu com as críticas negativas ao seu desempenho. O reconhecimento oficial veio com o filme Amor Estranho Amor, que lhe rendeu o Troféu Candango de Melhor Atriz no Festival de Brasília, em 1982. De lá pra cá, inúmeros e marcantes trabalhos construíram o respeitável currículo de Vera.
Na última terça-feira, durante a festa do Prêmio Extra de Televisão, a atriz declarou à jornalista Ana Cora Lima (UOL): "Já fiz muitas novelas, minisséries. Tenho quase 40 anos de Globo, estou cansada". Com décadas de carreira, sentiu-se desprestigiada em Salve Jorge (2013): "Não foi muito legal. E também estou cansada da rotina. Não tenho nenhum convite e nem estou procurando. Não quero voltar, mas nada na vida é definitivo".
A resistência em retornar à TV não significa o abandono da carreira. Vera está captando recursos para sua próxima peça de teatro, "Como ser feliz depois dos 60". "Vamos começar a ensaiar no início do ano. Já temos no elenco a Carol Futuro e o Werner Schumann. As pessoas vão me ver com outros olhos depois dessa peça", garantiu.