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"Vai na Fé": Autora aposta em personagens "gente como a gente" para conquistar o público

Rosane Svartman diz que quer levar mensagem de esperança e fé para as pessoas com a nova novela das 7

por Micael Constantino, em 16/01/2023

"Vai na Fé": Autora aposta em personagens "gente como a gente" para conquistar o público

Gente como a gente. Essa é a aposta de Rosane Svartman para “Vai na Fé”. É com personagens mais humanos e cheios de camadas que a autora pretende cativar a identificação do público na nova novela das 7. Perto da estreia, no dia 16 de janeiro, conversamos com a criadora de “Vai na Fé”, que revelou suas inspirações e pretensões com a trama que tem Sheron Menezzes como a protagonista Sol.

“Ainda em ‘Bom Sucesso’ vi que o público aceita personagens que são muitas vezes contraditórios, que erram, acertam, que são como a gente: querem ser uma pessoa melhor. Acho que essa novela surgiu através desses personagens que têm qualidades e defeitos, personagens como a gente, mais humanos. Os personagens não são uma coisa só nesses 70 anos de novelas. Acho que a gente pode trazer personagens com mais camadas mesmo”, explica.

E, para exemplificar, a autora de novelas como “Totalmente Demais” e “Bom Sucesso” detalhou alguns personagens de “Vai na Fé”:

“A Sol é uma mulher de fé, mãe de família, que vai se ver diante da oportunidade de subir no palco para ajudar a família. E ela vai ter que se perguntar quais são seus valores. A gente tem o Ben, que é um advogado que tem uma vida bacana, que começa a se perguntar se ele se tornou quem ele queria ser no passado. A gente tem o Lui, que fez muito sucesso muito cedo, um artista, mas que se pergunta se ele realmente é bom no que faz. Outro exemplo é a Lumiar, uma mulher supercontroladora que não vai se reconhecer nas suas atitudes quando o mundo dela começa a ruir. E finalmente o Theo, que é um cara que tinha jogo de cintura na juventude, que era o cara, mas essa régua moral e ética dele, que já estava esgarçada, agora, no mundo adulto, ganha outro peso.”

Outra preocupação de Rosane Svartman é abordar na trama temas contemporâneos e populares para que as discussões saiam da novela e continuem no dia a dia das pessoas.

“Uma novela que se passa na atualidade, naturalmente tem a vocação de abordar temas que estão latentes na sociedade, que, como autora, eu sinto que as pessoas querem discutir, dialogar sobre. Porque novela é um grande diálogo com a sociedade. Acredito que é uma novela que abre temas e diálogos contemporâneos que não se fecham na novela, pelo contrário, são temas que depois escorrem para o público, para o boca a boca, para o dia a dia.”

Outro ponto forte de uma boa novela é o romance, não é mesmo? E, em “Vai na Fé”, não vão faltar casais para o público torcer e também se apaixonar.

“Claro que o romance é um pilar da telenovela, mas acho que vamos ter torcidas por diferentes casais. E que comecem os jogos!”, brinca ela.

E será que autor tem personagem preferido? Rosane garante que não...

“Não tenho personagem preferido. O grande desafio que a gente tem é defender todos os personagens, tentar entrar na pele de todos os personagens, porque quando a gente escreve assim, acho que a novela acontece”, comenta.

Para fazer “Vai na Fé” acontecer, Rosane Svartman conta com a colaboração de um time de roteiristas: Mário Viana, Pedro Alvarenga, Renata Corrêa, Renata Sofia e Sabrina Rosa, além da pesquisadora Paula Teixeira. Juntos, eles escrevem a novela que promete encantar a todos nós.

“Acho que uma equipe de roteiro diversa, com trajetórias diferentes, experiências diferentes de vida, só agrega à história. Ela traz mais camadas para os personagens. Esses autores todos contribuem com suas histórias pessoais e seus talentos para a novela. Gosto dizer a gente está de mãos dadas contando essa história, lado a lado, querendo contar a melhor história que a gente puder para o Brasil.”

Rosane faz questão de destacar ainda o trabalho do diretor Paulo Silvestrini. A autora revelou que quando viu, pela primeira vez, sua novela ganhar vida, chegou a chorar de emoção.

“É um orgulho trabalhar com Paulo Silvestrini. Ele conseguiu juntar uma equipe muito talentosa, dedicada. A primeira vez que fui à ilha (de edição), chorei. Porque a gente imagina uma coisa, e é emocionante ver o quanto a direção trouxe para a cena, o quanto ela ficou ainda melhor do que a gente imaginava, e olha que a gente imagina bem alto.”

E com toda essa dedicação e empolgação, que mensagem a criadora de “Vai na Fé” pretende passar para o telespectador?

“A vocação da novela é entreter depois de um dia difícil, levantar diálogos, trazer um pouco de escapismo, fantasia, inspiração, reflexão. Espero que essa novela traga tudo isso para o público. Mas a mensagem de ‘Vai na Fé’ é uma mensagem de esperança. Desde a sementinha da novela, ela nasceu com essa ideia de esperança e de fé.”

“Vai na Fé” estreia dia 16 de janeiro na Globo. 


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